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A Exposição Internacional de Artes e Técnicas Aplicadas à Vida Moderna (Exposition Internationale des Arts et Techniques dans la Vie Moderne) aconteceu de 25 de maio a 25 de novembro de 1937, em Paris, na França.
EXPO Paris 1937 | |
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Detalhes | |
Classe da BIE | Exposição universal |
Nome | Exposição Internacional de Artes e Técnicas Aplicadas à Vida Moderna |
Construção | Palais de Chaillot |
Área | 101 hectares |
Visitantes | 31 040 955 |
Organizado por | Joseph Van Neck |
Participante(s) | |
Local | |
Realizado em | França |
Cidade | Paris |
Local | Trocadéro, no Campo de Marte, nas Margens do Rio Sena |
Coordenadas | 48° 51′ 44″ N, 2° 17′ 17,7″ L |
Linha do tempo | |
Inauguração | 25 de maio de 1937 |
Encerramento | 25 de novembro de 1937 |
Exposições universais | |
Anterior | Exposição Universal de 1935 em Bruxelas, na Bélgica |
Próxima | Feira Mundial de Nova Iorque de 1939-40 em Nova Iorque, nos Estados Unidos |
Exposições especializadas | |
Anterior | ILIS 1936 em Estocolmo, na Suécia |
Próxima | Segunda Exibição Aeronáutica Internacional em Helsinki, na Finlândia |
Contou com a participação de 42 países e a presença de mais de 31 milhões de visitantes.
Tanto o Musée de l'Homme quanto o Palais de Tokyo, que abriga atualmente o Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, foram criados para esta exibição.
O preparo e construção da Exposição sofreu atrasos. No dia de abertura, somente os pavilhões alemão e soviético estavam prontos. Graças ao fato de ambos estarem um de frente para o outro, isso tornou a exposição uma competição entre os dois rivais ideológicos.
A organização da feira colocou os dois pavilhões da Alemanha Nazista e da União Soviética muito próximos, em direções opostas da Torre Eiffel.[1] Adolf Hitler queria desistir da exposição, mas seu arquiteto Albert Speer convenceu-o a participar, após mostrar seus planos do pavilhão. Speer depois revelou, em sua autobiografia, que tinha dado uma olhada clandestina nos planos do pavilhão soviético e desenhou o pavilhão alemão a fim de representar o anticomunismo.
O pavilhão de Speer possuía em seu cume, uma torre cheia com símbolos do estado nazista: uma águia e uma suástica. O pavilhão foi erigido como um monumento ao "orgulho e realizações alemãs". Foi transmitido ao mundo que uma nova e poderosa Alemanha tinha restaurado o senso de orgulho nacional. À noite, o pavilhão era todo iluminado. A escultura Camaradagem de Josef Thorak ficou fora do pavilhão, entre dois nus femininos enormes.[1]
O arquiteto do pavilhão soviético foi Boris Iofan. Vera Mukhina projetou a enorme escultura do pavilhão. A enorme construção tinha, em seu topo, um homem e mulher trabalhadores, de mãos dadas, portando um martelo e uma foice. A estátua simbolizava a união dos trabalhadores e dos camponeses.[1]
A "Casa do Brasil" foi inaugurada no dia 23 de julho de 1937. O projeto arquitetônico é do arquiteto francês Jacques Guilbert, que utilizou linhas modernistas para construir um pavilhão de dois pavimentos, em cuja fachada curva de 30 metros de altura figuravam o brasão de armas da República e a constelação do Cruzeiro do Sul em estrelas prateadas, com as bandeiras brasileiras hasteadas em cada lado. No topo, um grande letreiro ostentava o nome do país[2].
Internamente, o pavilhão continha um grande vitral ilustrando o cultivo do café, de autoria do pintor catarinense Gilberto Trompovsky[3], além de diversos painéis decorativos feitos pelo mesmo e por Fernando Valentim[4].
O Brasil foi premiado com uma medalha de ouro pela escultura em madeira A fuga para o Egyto, de autoria de Cassio M'boy[5].
A Grã-Bretanha não tinha as mesmas expectativas de competição e fez um pavilhão bem menor do que a Alemanha[6] Frank Pick, escolheu Oliver Hill como arquiteto mas orientou-o a evitar modernismos e focar em trabalhos mais tradicionais.[7] O principal elemento arquitetônico do pavilhão de Hill foi uma grande caixa branca, decorada com frisos, pintada por John Skeaping e, em seu interior, havia fotografias gigantes que incluíam Neville Chamberlain pescando.
O pavilhão canadense incluiu uma estátua de 28 pés de altura de um búfalo, feita por Joseph-Émile Brunet. Pinturas de Brunet, painéis na porção externa da estrutura e um show dentro do pavilhão mostraram aspectos da cultura canadense.
O Pavilhão Espanhol atraiu a atenção pois a exposição aconteceu ao mesmo tempo que a Guerra Civil Espanhola. O pavilhão foi construído pelo arquiteto espanhol Josep Lluis Sert,[8] e financiado pelo governo republicano e incluiu a famosa pintura Guernica, de Pablo Picasso,[9] uma mostra dos horrores da guerra, a escultura Fonte de Mercúrio, de Alexander Calder e a pintura Pastor Catalão em revolta, de Joan Miró.[10]
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