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O Exército do Chile é o órgão responsável pela defesa militar do Chile, o qual contribui mantendo a integridade territorial e a soberania nacional. Seu lema é Sempre vencedor, jamais vencido e seu comandante-em-chefe é o general-de-exército Javier Iturriaga del campo.
Exército do Chile | |
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Insígnia do Exército Chileno | |
País | Chile |
Força | Forças Armadas Chilenas |
Efetivo | 45.000 |
Patrono | Nossa Senhora do Carmo |
Lema | jamás vencido Sempre vencedor, jamais vencido |
Hino | Himno de Yungay |
Batalhas | Ao lado |
Website | Ejército de Chile |
Nos últimos anos e após vários programas de modernização, o exército chileno tornou-se um dos mais e avançados tecnologicamente e profissionais da América[1].
Ao exército do Chile cabe a defesa do território nacional diante de qualquer ameaça proveniente do exterior. Participa também, segundo a constituição da República do Chile, na manutenção da ordem pública em estados de exceções constitucionais e em eleições.
No âmbito internacional, participa ativamente sob as determinações das Nações Unidas, de acordo com a política externa e de defesa do Chile. É membro da Junta Interamericana de Defesa[2], está representado no Colégio Interamericano de Defesa e cumpre um papel ativo na Conferência dos Exércitos Americanos.
Os militares do quadro permanente são formado na Escola de Suboficiais e seus oficiais na Escola Militar do Libertador Bernardo O'Higgins.
Das seis guerras ou conflitos bélicos em que participou, sem jamais ser derrotado provém o lema "sempre vencedor, jamais vencido". Fato questionado por alguns historiadores, já que na Guerra Civil de 1891, o exército se manteve leal ao presidente José Manuel Balmaceda, e sua formação principal foi derrotada pela armada chilena sob as ordens do congresso contra o poder executivo.
O período pré-hispânico do Chile está marcado pela presença do povo Mapuche no centro e no centro-sul do país. Este povo de caráter guerreiro foi um dos poucos que se mantiveram firmes diante do Império Inca e posteriormente dos conquistadores espanhóis. Entre seus líderes e chefes militares destacou-se Lautaro, estrategista militar que projetou várias táticas guerrilha, fortificações e armas, que acabaram por impedir o avanço dos conquistadores espanhóis no sul do rio Biobío. Posteriormente esta fronteira tática foi o limite reconhecido pelo reino espanhol, admitindo os direitos do povo mapuche sobre aquela área.
Principalmente devido a Guerra do Arauco e por sugestão do governador Alonso de Ribera, capitão-general que havia lutado na Guerra dos Oitenta Anos, foi criado um exército permanente no Chile mediante uma ordem real em janeiro de 1603, fazendo dele o primeiro exército permanente da América Hispânica[3].
Durante seu governo, Alonso de Ribera aumentou a capacidade profissional e combativa das tropas além de fundar indústrias básicas para o abastecimento do pessoal militar.
Foi criado por ordem da Primeira Junta Nacional de Governo do Chile o primeiro exército nacional em 2 de dezembro de 1810, tendo como base o exército do Reino do Chile, e participou de forma ativa na guerra de independência. Nesse período destacam-se José Miguel Carrera, seu primeiro comandante-em-chefe e Bernardo O'Higgins, primeiro governante do Chile independente.
Durante o período de organização da república foi reorganizada a Academia Militar, fundada por O'Higgins em 1817, e em 1839 o jovem exército enfrentaria um novo desafio, o conflito com a Confederação Peru-Boliviana, comandada pelo marechal boliviano Andrés de Santa Cruz, derrotado pelo general chileno Manuel Bulnes na Batalha de Yungay.
Por seu sucesso militar durante as guerras napoleônicas até 1812 ou por alguma outra razão, o exército do Chile, assim como muitos dos exércitos do ocidente, seguiu a organização, tradição e uniformes franceses do período de Napoleão III. Nota-se a semelhança dos uniformes dos exércitos chilenos, peruanos e bolivianos durante a Guerra do Pacífico. A derrota da França na Guerra franco-prussiana pôs fim a essa influência.
A derrota francesa (1870) fez mudar o padrão do exército chileno que passou a seguir o modelo prussiano, o que explica seus uniformes, disciplina, marcha e semelhanças com a cultura militar prussiana. A decisão de adotar tal modelo foi do presidente Domingo Santa Maria contratando Emilio Körner, dada a sua experiência como docente na Escola de engenharia e artilharia de Charlottenburg, deixando-o como responsável pelo treinamento do exército. Durante esse período de modernização, denominado prussianização, foi profissionalizada a formação de oficiais com a criação da Academia de Guerra e a modernização dos planos de estudos da escola militar. Nesse período também foi instaurado o serviço militar obrigatório. Em 1899 foi iniciada a utilização do capacete prussiano com ponta e desde 1905 foi adotado o uniforme baseado no modelo alemão.
Em seu processo de modernização, o exército do Chile criou cinco grande unidades de blindados com uma força principal de tanques Leopard 2 A4[4].
A marcha Los viejos estandartes foi inspirada no retorno do general Manuel Baquedano à cidade de Valparaíso em 1881. A letra foi composta por Jorge Inostroza e a música por Willy Bascuñán. Junto com este hino, em cerimônias oficiais, foi utilizado durante décadas o Hino Yungay.
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