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"Eu sou eu e minha circunstância" é a parte mais famosa da frase "Eu sou eu e minha circunstância, e se não a salvo a ela, não me salvo a mim", de autoria do filósofo espanhol José Ortega y Gasset e publicada originalmente no introito de sua obra inicial, Meditaciones del Quijote, de 1914.
A primeira parte dessa frase, "Eu sou eu e minha circunstância", encerra uma concepção do homem como um "eu-circunstância", indissociável do seu meio.[1] Dito de outro modo, o "eu" é distinto da realidade à sua volta, mas inseparável desta.[2] Já a segunda parte da frase, "se não salvo a ela, não me salvo a mim", exprime a ideia de que o homem que "quiser salvar-se deverá também salvar sua própria circunstância", isso é, a realidade à sua volta.[1] Implicitamente, ela subordina a melhoria da condição do homem à sua ação, em contraposição à ideia de melhoria por meio da omissão.[3]
Por vezes descrita como "a mais sensacional síntese filosófica que um pensador tenha conseguido" depois da máxima "Penso, logo existo", de René Descartes, é a mais famosa frase de Ortega y Gasset.[3] Embora possua uma ressonância cristã, no apelo à salvação, ela não possui qualquer cunho religioso; nela, a salvação possui "uma conotação metafísica e a pressuposição de que a transitoriedade da vida humana é aparente".[3]
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