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espécie de ave Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O bico-de-lacre-comum[2] (nome científico: Estrilda astrild), também conhecido como bico-de-lacre-de-santa-helena, é uma pequena ave, pertencente à família Estrildidae.[3] É nativo da África subsaariana, mas com extensão de ocupação estimada de 10.000.000 km².[4]
Bico-de-lacre-comum | |
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Estado de conservação | |
Pouco preocupante [1] | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Estrilda astrild Linnaeus, 1758 | |
Distribuição geográfica | |
Esta espécie foi introduzida em Portugal, na década de 1970, e existe actualmente em grande quantidade. O primeiro foco de dispersão ocorreu já em 1968, quando a espécie foi inserida na lagoa de Óbidos.[5]
Presentemente, é uma espécie popular e de fácil adaptação em cativeiro.
Foi introduzida no Brasil pelos marinheiros dos navios mercantes portugueses da rota da Índia que atravessavam o Atlântico. Soltas, essas aves proliferaram abundantemente e hoje são encontradas em bandos nos capinzais do Sul, Sudeste, Norte, no Nordeste (nos meses de abril e maio) em maior quantidade, e no Centro-Oeste brasileiros.
É um pássaro pequeno que mede cerca de 11 a 13 centímetros de comprimento e 12 a 14 centímetros de envergadura. Tem um peso de 7 a 10 gramas. Apresenta uma cor acastanhada mais escura no dorso e é mais acinzentado na região do peito. Tem o bico vermelho-vivo e uma risca vermelha à volta dos olhos e no peito. Os machos e fêmeas são idênticos, mas os machos têm uma cor mais vermelha no peito, diferenciando-se pela cor preta na base inferior da cauda, que na fêmea é de tom acastanhado.
O bico-de-lacre convive com pássaros de outras espécies do mesmo porte. Podem ser encontrados em bandos. É uma ave calma e colonial.
São aves granívoras[5]. Têm uma alimentação variada, embora deva haver maior abundância de painço ou outros grãos quejandos. Não apreciam insectos, embora se alimentem de alguns ocasionalmente[5], em especial na época de reprodução, quando precisam de mais proteínas.
O casal constrói o ninho, oval ou esférico, geralmente com capim gordura, mas também com penas e algodões. A postura normal é de 3 a 5 ovos durante o ano, excluindo os meses mais frios. Os ovos são incubados em onze a treze dias, pelo casal. Os filhotes têm desenvolvimento lento, se comparados a outras espécies: permanecem no ninho cerca de vinte e um dias e somente em três semanas se alimentam sozinhos. Os jovens têm uma plumagem incompleta e o bico preto. Algumas semanas depois o bico vai ficando vermelho começando da região das penas perto dos olhos até a a ponta do bico.
O habitat desta espécies de pássaros é variado, podendo ir de paisagens abertas, campos, até áreas urbanas.
A introdução em Portugal obteve sucesso, sendo que existem povoações expressivas desta ave tanto a Norte como a Sul do país, mormente nas zonas costeiras, destacando-se mais concretamente as povoações dos estuários do Cávado, do Lima, do Tejo e do Sado; as das lagoas de Óbidos, de Quiaios, da Ervedeira, da Urgeiriça, de Albufeira e das Dunas Douradas e, ainda, as dos pauis do Boquilobo, da Barroca e de Lagos.[5]
Não há registro de extinção da espécie, cuja expansão se dá, também, pelo facto de ser introduzida.
Interessante notar, no Brasil, a íntima relação dessa ave com um capim africano, também introduzido, o chamado "capim gordura", "Melinis minutiflora" que serve de alimentação e também para a elaboração dos ninhos.
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