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escultura, obra artística Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Uma estátua é uma obra de escultura criada para representar uma entidade real ou imaginária. No Catolicismo, na Igreja Ortodoxa e na Igreja Anglicana, quando uma estátua representa uma divindade, um santo, ou um anjo, é ritualmente abençoada e recebe a denominação de imagem.
As estátuas típicas são em tamanho natural ou perto do tamanho natural; uma escultura que represente pessoas ou animais na figura completa, mas que seja pequena o suficiente para erguer e carregar é uma estatueta, enquanto uma mais que duas vezes o seu tamanho natural é uma estátua colossal.
As estátuas têm sido produzidas em muitas culturas desde a Pré-história até ao presente; a mais antiga estátua conhecida data de há cerca de 30 000 anos. Estátuas podem representar pessoas e animais diferentes, reais e míticos. Muitas estátuas são colocadas em lugares públicos como arte pública. A estátua mais alta do mundo, Estátua da Unidade, mede 182 metros de altura e está localizada perto da represa Narmada, em Guzerate, na Índia.
Com o passar do tempo as estátuas antigas passam a mostrar a superfície nua do material de que são feitas. Por exemplo, muitas pessoas associam a arte clássica grega à escultura em mármore branco, mas há evidências de que muitas estátuas eram coloridas.[1][2] A maior parte da cor esmaece ao longo do tempo; pequenos remanescentes são removidos durante a limpeza; em alguns casos, restam pequenos vestígios que podem ser identificados.[1] Uma exposição itinerante de 20 réplicas coloridas de obras gregas e romanas, juntamente com 35 estátuas e relevos originais, foi realizada na Europa e nos Estados Unidos em 2008: Deuses Coloridos: Escultura Pintada da Antiguidade Clássica.[3] Detalhes de como a tinta era aplicada em uma ou mais camadas, quão finamente os pigmentos eram triturados, ou exatamente qual meio de ligação teria sido usado em cada caso - todos os elementos que afetariam a aparência de uma peça acabada - não são conhecidos. Richter chega a dizer da escultura grega clássica: "Todas as esculturas em pedra, seja de calcário ou mármore, eram pintadas, total ou parcialmente."
Estátuas medievais também eram geralmente pintadas, com algumas ainda retendo seus pigmentos originais. O colorido das estátuas cessou durante o Renascimento, pois as esculturas clássicas escavadas, que haviam perdido sua coloração, passaram a ser consideradas os melhores modelos.
A estatueta do homem-leão dos Alpes Suábios, na Alemanha, é a mais antiga estátua conhecida no mundo e data de 30 000 a 40 000 anos atrás.[4][5][6] Ao longo da história, estátuas foram associadas a imagens de culto em muitas tradições religiosas, desde o Antigo Egito, a Índia Antiga, a Grécia Antiga e a Roma Antiga até o presente.
Estátuas egípcias mostrando reis como esfinges existem desde o Antigo Império, sendo a mais antiga para Djedefre (c. 2 500 a.C.).[7] A estátua mais antiga de um faraó data do reinado de Sesóstris I (c. 1950 a.C) e está no Museu Egípcio, no Cairo. O Império Médio do Egito (começando por volta de 2000 a.C.) testemunhou o crescimento de estátuas de blocos que se tornaram a forma mais popular até o período ptolomaico (c. 300 a.C.).[8]
A mais antiga estátua de uma divindade em Roma era a estátua de bronze de Ceres em 485 a.C.[9][10]A estátua mais antiga de Roma é agora a estátua de Diana no Aventino.[11]
As Sete Maravilhas do Mundo Antigo incluem várias estátuas da Antiguidade, nomeadamente o Colosso de Rodes e a Estátua de Zeus em Olímpia.
Enquanto a arte bizantina florescia de várias formas, a escultura testemunhava um declínio geral; embora estátuas de imperadores continuassem a aparecer.[12] Um exemplo foi a estátua de Justiniano (século VI) que ficava na praça em frente à Hagia Sophia até a queda de Constantinopla no século XV.[12] Parte do declínio na produção de estátuas no período bizantino pode ser atribuída à desconfiança que a Igreja depositou na forma de arte, visto que ela via a escultura em geral como um método para fazer e adorar ídolos. Justiniano foi um dos últimos imperadores a ter uma estátua em tamanho natural, e estátuas seculares de qualquer tamanho tornaram-se praticamente inexistentes após o iconoclasma; e a habilidade artística para fazer estátuas foi perdida no processo.
Começando com o trabalho de Maillol por volta de 1900, as figuras humanas incorporadas nas estátuas começaram a se afastar das várias escolas de realismo que foram seguidas por milhares de anos. As escolas futuristas e cubistas levaram esse metamorfismo ainda mais longe, até que as estátuas, muitas vezes ainda representando nominalmente os humanos, perderam tudo, menos a relação mais rudimentar com a forma humana. Nas décadas de 1920 e 1930, as estátuas começaram a aparecer em um design e execução completamente abstratas.[13]
A noção de que a posição das patas dos cavalos nas estátuas equestres indica a causa da morte do cavaleiro foi refutada. Como por exemplo, quando o cavalo está com as quatro patas no chão pode significar que a pessoa morreu de causas naturais; Com apenas uma pata levantada, a morte não foi de causa natural; etc.[14][15][16]
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