Estado satélite é um dos nomes que se dá em política internacional a qualquer Estado, nominalmente independente e reconhecido por outros, que na prática se encontra sujeito ao domínio político ou ideológico de alguma potência.

O termo, em analogia aos corpos celestes que orbitam um maior, foi inicialmente utilizado pela imprensa ocidental para referir-se aos países da Europa Central e Oriental[1] do Pacto de Varsóvia e a Mongólia entre 1924 e 1990,[2] devido a estreita relação desses países com a União Soviética durante a Guerra Fria. Outros países na esfera de influência soviética, como a Coreia do Norte — particularmente nas décadas posteriores à Guerra da Coreia — ou Cuba — especialmente depois que integrar-se ao Comecon — também foram catalogados como satélites da União Soviética nesse contexto. Por sua vez, a imprensa dos estados socialistas costumava usar definições de similar calibre para referir-se a estados periféricos e aliados dos Estados Unidos e da OTAN.

Em tempos de guerra ou de tensão política, os estados satélite, por vezes servem como um tampão entre um país inimigo e a nação que a exercer controle sobre o satélite.[3]

Uso do termo pós-Guerra Fria

Alguns comentadores manifestaram preocupação de que as intervenções militares e diplomáticas dos Estados Unidos nos Balcãs e no Médio Oriente e noutros locais possam conduzir, ou talvez já tenham conduzido, à existência de Estados-satélites americanos.[4][5] William Pfaff advertiu que uma presença americana permanente no Iraque "transformaria o Iraque em um Estado satélite americano".[6] O termo também foi usado no passado para descrever a relação entre o Líbano e a Síria, já que a Síria foi acusada de intervir nos assuntos políticos libaneses.[7] Além disso, Eswatini e Lesoto foram descritos como estados satélites da África do Sul.[8] Na Europa, a Bielorrússia tem sido descrita como um Estado satélite da Federação Russa.[7]

Ver também

Referências

  1. Wood, Alan (2005) [1990]. Stalin and Stalinism. [S.l.]: Routledge. p. 62. ISBN 978-0-415-30732-1. Consultado em 10 de setembro de 2009
  2. Bailes, Jon; Aksan, Cihan (28 de novembro de 2008). «On Israel: An Interview with Norman Finkelstein». State of Nature: an Online Journal of Radical Ideas. Cópia arquivada em 28 de novembro de 2010

Fontes

  • Langley, Andrew (2006), The Collapse of the Soviet Union: The End of an Empire, ISBN 0-7565-2009-6, Compass Point Books
  • Merkl, Peter H. (2004), German Unification, ISBN 0-271-02566-2, Penn State Press
  • Olsen, Neil (2000), Albania, ISBN 0-85598-432-5, Oxfam
  • Rajagopal, Balakrishnan (2003), International law from below: development, social movements, and Third World resistance, ISBN 0-521-01671-1, Cambridge University Press,
  • Rao, B. V. (2006), History of Modern Europe Ad 1789-2002: A.D. 1789-2002, ISBN 1-932705-56-2, Sterling Publishers Pvt. Ltd
  • Wettig, Gerhard (2008), Stalin and the Cold War in Europe, ISBN 0-7425-5542-9, Rowman & Littlefield
  • Wood, Alan (2005), Stalin and Stalinism, ISBN 978-0-415-30732-1, Routledge

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