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filme de 1972 dirigido por Costa-Gavras Da Wikipédia, a enciclopédia livre
État de siège (bra/prt: Estado de Sítio)[1][2] é um filme franco-teuto-italiano de 1972, dos gêneros drama histórico e suspense, dirigido por Costa-Gavras, com roteiro dele e de Franco Solinas e trilha sonora de Mikis Theodorakis.
Estado de Sítio | |
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'État de siège' | |
França, Itália, Alemanha Ocidental 1972 • cor • 120 min | |
Género | |
Direção | Costa-Gavras |
Roteiro | Costa-Gavras Franco Solinas |
Elenco | Yves Montand Renato Salvatori |
Idioma | francês |
A história se baseia em fatos reais: o sequestro no Uruguai do agente americano Dan Mitrione e do cônsul brasileiro Aloysio Gomide pelos Tupamaros, em 1970. O filme foi gravado no Chile, então governado por Salvador Allende.[3]
Em Montevidéu, Philip Michael Santore (Montand), um funcionário americano da entidade AID, é raptado por um grupo de guerrilha urbana de extrema-esquerda autodenominado Tupamaros. Mais duas autoridades são raptadas no mesmo dia, o cônsul Campos, do Brasil, e um outro, funcionário da embaixada dos Estados Unidos, sendo que esse consegue escapar. Durante o interrogatório pelos captores encapuzados, Santore se diz um simples técnico mas é confrontado com evidências de que sua missão real é instruir policiais de vários países sul-americanos, ensinando métodos questionáveis tais como tortura, intimidação e assassinatos sem julgamento, o que levaria a formação de "Esquadrões da Morte", acobertados pelas autoridades. Enquanto Santore é mantido cativo, os sequestradores negociam com o governo a troca dos reféns por prisioneiros políticos, causando uma grave crise institucional e a quase renúncia do presidente do país.
Estado de Sítio foi filmado no Chile, então governado por Salvador Allende. Na época com um governo socialista constitucional, o Chile se encontrava politicamente convulsionado, e representantes da Direita exigiam a proibição no país de A Confissão, filme anterior do mesmo Costa-Gravas contra o Totalitarismo. O diretor foi insultado nas ruas por direitistas durante as filmagens em Santiago, chamado de "comunista que devia deixar o país", o que obrigou a paralisação da produção e a ideia de se mudarem para Viña del Mar ou outro país para terminar as filmagens, o que acabou não sendo feito depois das garantias do próprio Allende de que Gavras poderia filmar o que quisesse no país.[3] No Brasil, o filme foi censurado por 8 anos devido às cenas com críticas e denúncias explícitas à Ditadura militar brasileira. Em 1981, no período de abertura democrática, a Censura Federal liberou o filme, embora com cortes. [4]
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