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bióloga, pesquisadora-docente universitária e política angolana Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Esperança Maria Eduardo Francisco da Costa (Luanda, 3 de maio de 1961) é uma bióloga, pesquisadora-docente universitária e política angolana.[1]
Esperança Maria Eduardo Francisco da Costa | |
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Esperança Maria Eduardo Francisco da Costa | |
4.ª Vice-presidente de Angola | |
No cargo | |
Período | 15 de setembro de 2022 a atualidade |
Presidente | João Lourenço |
Antecessor(a) | Bornito de Sousa |
Dados pessoais | |
Nascimento | 3 de maio de 1961 (63 anos) Luanda |
Partido | MPLA |
Profissão | Política e bióloga |
Foi vice-cabeça de lista do partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) para as eleições gerais de Angola de 2022.[2] Com a vitória do partido,[3] tornou-se vice-presidente de Angola em 15 de setembro de 2022.[4]
Esperança da Costa nasceu em 3 de maio de 1961, na zona ainda conhecida como "Bairro Indígena", actualmente bairro de Nelito Soares, na cidade de Luanda.[5] Seu pai Eduardo Francisco, natural de Nezeto, foi técnico de máquinas da Textang, e sua mãe, Maria Ventura, natural de Luanda, foi costureira da camisaria da Textang.[6] Esperança da Costa advém, portanto, de uma família de operários da indústria que vivia na periferia de Luanda.[6] É a quatra de seis filhos do casal Eduardo e Maria.[6]
Em 1967 ingressou na Escola Primária nº 227, localizada no referido bairro, onde estudou até à 4ª classe.[5] Ingressou, em 1970, na Escola Secundária General Geraldo António Victor, em Vila Alice, concluíndo o período em 1972.[5] Em 1977 concluiu o ensino liceal no Liceu Feminino D. Guiomar de Lencastre (actual Liceu Ginga Ambande), em Luanda.[5]
Matriculou-se no Centro Pré-Universitário que funcionou no ano lectivo 1978 na Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, seu primeiro contato científico com as ciências biológicas.[5]
Na juventude, durante o processo de descolonização do país, integrou os quadros da Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola (JMPLA) e da Organização da Mulher Angolana (OMA).[7] Foi, inclusive, militando na JMPLA do Cubaza-Luanda que conheceu António "Tony" José da Costa Júnior, que posteriormente tornou-se seu esposo.[6] Integrou, ainda, como membra do JMPLA e da célula do MPLA da Faculdade de Ciências, o Comité Comunal do Rangel do MPLA,[6] de onde passaria a membro do Comité Municipal de Luanda do MPLA[8] e, seguidamente, para membro do Comité Provincial de Luanda do MPLA.[6]
Estudou biologia na Universidade Agostinho Neto (UAN) a partir de 1979, graduando-se em 1985.[5] Entre 1983-1984 especializou-se no Centro de Botânica do Instituto de Investigação Científica Tropical em Lisboa, Portugal,[1] com uma bolsa de estudos conjunta da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE).[5] Em seu período universitário teve forte influência do professor Carlos Alvarez e da professora Maria Adélia Diniz Martins.[5] Enquanto em Portugal, esteve envolvida no associativismo político juvenil e estudantil.[6]
De volta à Luanda, foi reintegrada à OMA[6] e nomeada, em seguida, assistente de biologia vegetal na Universidade Agostinho Neto, tornando-se chefe do departamento de biologia em 1986.[8] Entre 1986 e 1990, ela foi a responsável pelo desenvolvimento do Herbário de Luanda.[1]
Em 1990, ela iniciou o mestrado em produtividade vegetal na Universidade Técnica de Lisboa, seguindo, em 1992, para o doutorado em fitoecologia[7] pela mesma universidade, concluído em 1997.[1]
Em 1992 é eleita Presidente da Comissão Executiva dos Biólogos, órgão que em 2022 viria se tornar a Ordem dos Biólogos de Angola, da qual, também, é membra-fundadora.[8]
Ao regressar para Angola, foi readmitida como professora da Universidade Agostinho Neto, tornando-se directora do Herbário de Luanda e professora assistente de biologia vegetal.[9]
Tornou-se, em seguida, vice-directora de Assuntos Científicos e, a partir de 2002, vice-reitora para a Expansão Universitária da UAN (cargo ocupado até 2007).[8] Entre 2007 e 2010 torna-se directora Nacional da Expansão do Ensino Superior do Ministério do Ensino Superior, período em que Angola expande fortemente a oferta de ensino, com a construção de campi e novas instituições de ensino superior por todo o território nacional.[8] Torna-se diretora do Centro de Botânica da UAN entre 2010 e 2020.[7]
Já membra suplente,[6] ascende à membra efetiva do Comité Central do MPLA em 2019, sendo nomeada pelo presidente João Lourenço como Secretária de Estado para as Pescas em 2020.[7] Em seguida passou a fazer parte do Bureau Político do partido.[8][6]
Disputou e venceu como vice-cabeça de lista do MPLA as eleições gerais de Angola de 2022.[3] Tomou posse como Vice-Presidente de Angola em 15 de setembro de 2022.[4]
É casada com Tony José da Costa desde 1992,[10] com quem tem os filhos Yuri Danilo Costa e "Neli" Costa.[11] Mantém como passatempos o hábito de realizar caminhadas, de cozinhar, de ouvir música,[5] de ler[6] e de cultivar plantas,[6] tomando tempo também pela militância pela preservação ambiental.[6]
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