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canção de José de Carvalho, deu início ao 25 de Abril Da Wikipédia, a enciclopédia livre
E Depois do Adeus é uma canção com letra de José Niza e música de José Calvário, que foi escrita para ser interpretada por Paulo de Carvalho na 12.ª edição do Festival RTP da Canção, do qual sairia vencedora. [1] Nessa qualidade, representaria Portugal em Brighton, a 6 de abril, no Festival Eurovisão da Canção 1974, terminando em último lugar, com apenas 3 pontos, ex aequo com as canções da Alemanha, Suíça e Noruega. "E depois do Adeus" foi a canção que serviu de primeira senha à revolução de 25 de Abril de 1974.[2][3]
E Depois do Adeus | |
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País | |
Artista(s) | |
Língua | Português |
Compositor(es) | |
Letrista(s) | |
Maestro | |
Resultado da final | 14 |
Pontos da final | 3 |
Cronologia de aparecimentos | |
◄ "Tourada" (1973) | |
"Madrugada" (1975) ► |
Com a transmissão de "E Depois do Adeus" pelos Emissores Associados de Lisboa, às 22 horas e 55 minutos, do dia 24 de Abril de 1974, era dada a ordem para as tropas se prepararem e estarem a postos.[2] O efetivo sinal de saída dos quartéis, posterior a este, seria a emissão, pela Rádio Renascença, de "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso.[4]
A razão da escolha de "E Depois do Adeus" é clara: não tendo conteúdo político e sendo uma música em voga na altura, não levantaria suspeitas, podendo a revolução ser cancelada se os líderes do MFA concluíssem que não havia condições efetivas para a sua realização. A posterior radiodifusão, na emissora católica, de uma música claramente política de um autor proscrito daria a certeza aos revoltosos de que já não havia volta atrás, que a revolução era mesmo para arrancar. [2]
Embora o título, em retrospetiva, pareça remeter para o adeus ao regime do Estado Novo, a canção em si é uma balada sem conteúdo político (ao contrário da vencedora do ano anterior). [5]"E depois do Adeus" é uma típica canção de amor dos anos 70. É sobre um homem que se encontra perdido depois do fim de uma intensa relação amorosa, como ela é vivida na juventude, provavelmente um primeiro amor. No meio do seu vazio, ele conclui que o amor traz felicidade e sofrimento ("Amar é ganhar e perder"), ao ganhar um novo relacionamento segue-se o perdê-lo. Também como vinha sendo moda nos anos 70, a canção tem um atrevimento na sua letra, para a época. Tal como a "Desfolhada" de Simone de Oliveira continha o verso "Quem faz um filho fá-lo por gosto", esta canção do Paulo de Carvalho tem o verso "Tu vieste em flor, eu te desfolhei". [6][7]
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