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O EA-6B Prowler iniciou a actividade operacional em Julho de 1971 e foi a primeira aeronave verdadeiramente especializada em guerra electrónica da Marinha Norte-Americana.[1] Derivada directamente da versão com a mesma função do avião de ataque EA-6A Intruder, é no entanto uma aeronave bem mais capaz e exclusivamente dedicada à interferência e defesa electrónica.[2]
EA-6B Prowler | |
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Descrição | |
Tipo / Missão | Aeronave de ataque/Guerra eletrônica |
País de origem | Estados Unidos |
Fabricante | Grumman / Northrop Grumman |
Período de produção | 1971 |
Quantidade produzida | 170 |
Custo unitário | US$52 milhões (1998) |
Desenvolvido de | Grumman A-6 Intruder |
Primeiro voo em | 25 de maio de 1968 (56 anos) |
Introduzido em | julho de 1971 |
Aposentado em | 2015 |
Tripulação | 4 |
Notas | |
Dados: Ver seção "Especificações" |
A produção terminou em 1991 e os planos para diminuição da sua existência foram abandonados, quando a USAF retirou definitivamente a sua plataforma de guerra eletrónica o EF-111 Raven, partilhando desde então o uso do EA-6B Prowler com a Marinha e os Fuzileiros. Encontra-se em fase de substituição lenta e gradual na Marinha Norte-Americana pelo EA-18G Growler, no entanto os Marines não preveem a sua substituição até pelo menos 2020.[3]
Durante a Segunda Guerra Mundial, com o aparecimento dos primeiros radares, surgiram também as primeiras interferências electrónicas, efectuadas de modo rudimentar mas altamente eficaz: um operador sintonizava a frequência do radar com um receptor de rádio e neutralizava-o emitindo na mesma frequência um ruído forte.[4]
Na guerra da Coreia foram introduzidos os primeiros radares orientadores de artilharia Antiaérea (AAA) e de alerta antecipado. Os Estados Unidos sentiram a necessidade de incluir contra medidas electrónicas (ECM) para protecção das suas aeronaves.
A força aérea equipou alguns bombardeiros B-25 Mitchell com equipamento de interferência os quais foram designados TB-25J Mitchell, também a maioria dos bombardeiros estratégicos foram equipados com equipamento de interferência , que na época se limitava a criar uma barragem de ruído electrónico nas mesmas frequências dos radares inimigos. No entanto a US Navy teve uma abordagem diferente e considerou necessário que os seus aviões de ataque precisavam de sistemas auto-protecção, liderando o desenvolvimento de uma família de sistemas de decepção e inibição electrónica AN/ALQ-19, em 1954.[4]
Nos anos posteriores à guerra da Coreia assiste-se a um incremento do desenvolvimento e uso de armas teleguiadas e em pleno conflito na Indochina, quando o campo de batalha está plenamente recheado da componente electrónica e o Vietname do Norte integralmente coberto por uma rede de detecção e intercepção (GCI) e amplamente defendido pelo míssil superfície-ar
S-75 Dvina/SA-2 Guideline. Os Estados Unidos são confrontados com uma enorme lacuna, não possuem plataformas adequadas de guerra electrónica (EW) nem de recolha de informação electrónica (ELINT), para enfrentar esta nova ameaça.
Os Marines, são os primeiros a compreender a importância da resposta adequada e reagem em 1966, promovendo juntamente com a Marinha o rápido desenvolvimento de uma variante de combate electrónico do avião de ataque A-6A Intruder designada EA-6A e precursora do EA-6B Prowler.[4]
Após o desenvolvimento de uma versão de contra medidas electrónicas do Grumman A-6 Intruder para uso dos esquadrões da Marinha dos EUA e do Corpo de fuzileiros designada EA-6A Intruder, a US Navy deu início no Outono de 1966, ao desenvolvimento de uma nova versão,[5] que em muitos aspectos é um avião totalmente diferente com um desempenho operacional consideravelmente ampliado, ao nível das contra medidas e capacidades de detecção bem como do tratamento da informação, pela adição de mais dois elementos à tripulação.[6] Para acomodar os dois novos elementos da tripulação, sentados também eles lado a lado em assentos ejectáveis, imediatamente atrás do piloto e do primeiro operador de contra-medidas, a fuselagem cresceu mais 1,37 m em comprimento em relação à variante EA-6A, o trem de aterragem foi reforçado bem como as asas e a canopy possui uma ligeira cobertura em ouro destinada a proteger a tripulação das poderosas emissões rádio magnéticas, emitidas pelo próprio avião quando em operação.[3][7]
O contrato com a Grumman, especificava que a nova plataforma teria que ser capaz de lidar com todas as ameaças conhecidas e antecipar futuros radares e sistemas de controlo, que a ex União Soviética pudesse apresentar. Teria ainda que ser amplamente automático e capaz de lidar com vários desafios simultâneamente, deveria também ser modular, permitindo assim no futuro a incorporação de novas tecnologias, bastando para tal trocar de módulos.[8]
O primeiro EA-6B, foi o décimo quinto A-6A produzido pela Grumman (BuNo 149481), voou pela primeira vez em 25 de Maio de 1968, servindo inicialmente como avião de demonstração e posteriormente como banco de ensaio para testes aerodinâmicos, os restantes dois protótipos resultam também de conversões de células A-6A, seguiram-se cinco exemplares de pré-produção integralmente novos (BuNo 156478 a 156482), entre Abril de 1968 e Março de 1970[9]
A todo o conjunto de componentes foi dado o nome TJS (Tactical Jamming System - sistema táctico de interferência electrónica. O TJS é composto pelas antenas, computador de processamento de dados e os interferidores, os quais ao longo do tempo têm sido melhorados, tanto ao nível do software como do hardware, para o que foram implantados vários programas de actualização.[10]
Dados retirados de: Joseph Baugher Website[12]
EA-6A Intruder | EA-6B Prowler | |
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Performance (condições de combate) | ||
Velocidade máxima ao nível do mar | 1,015 Km/h | 1,060 Km/h |
Velocidade máxima a 11,500 m | 943 Km/h | |
Taxa inicial de subida ao nível do mar | 2,103 m/min | 3,460 m/min |
Tecto de serviço | 11,520 m | 13,135 m |
Raio de combate | 2,260 Km | 1,325 Km |
Alcance de travessia | 4,525 Km | 3,255 Km |
Dimensões | ||
Envergadura | 15,9 m | 15,9 m |
Área das asas | 49.1 m² | 49.1 m² |
comprimento | 16,2 m | 17,7 m |
Altura | 4,75 m | 4,9 m |
Pesos | ||
Peso máx. à descolagem | 27,492 kg | 27,900 kg |
Peso vazio | 14,588 kg | 15,130 kg |
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