político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Dionilso Mateus Marcon (Ronda Alta, 21 de setembro de 1964), mais conhecido como Marcon, é um agricultor assentado da reforma agrária pelo MST e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente exerce seu terceiro mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul.[1] Até junho de 2021, Marcon divergiu do governo Bolsonaro em 79% das vezes nas votações da câmara.[2]
Marcon | |
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Marcon em 2024 | |
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul | |
No cargo | |
Período | 1º de fevereiro de 2011 até atualidade[1] |
Legislaturas | 54ª (2011 - 2015) 55ª (2015 - 2019) 56ª (2019 - 2023) |
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul | |
Período | 1º de fevereiro de 1999 até 1º de fevereiro de 2011 |
Legislaturas | 50ª (1999 - 2003) 51ª (2003 - 2007) 52ª (2007 - 2011) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Dionilso Mateus Marcon |
Nascimento | 21 de setembro de 1964 (60 anos) Ronda Alta, RS |
Nacionalidade | Brasileira |
Partido | PT (1995-presente) |
Religião | Catolicismo |
Profissão | Agricultor |
Website | deputadomarcon |
Dionilso Marcon nasceu no município gaúcho de Ronda Alta em 1964 e é filho de Antonio Marcon e Celia Marcon. Foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Ronda Alta entre 1987 e 1987, Coordenador da Pastoral da Juventude (PJ) de Passo Fundo entre 1988 e 1989, dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entre 1994 e 1998 e presidente da Cooperativa Central dos Assentados do Rio Grande do Sul (COCEARGS) entre 1996 e 1998. Elegeu-se deputado estadual em 1998, reelegendo-se mais duas vezes.[1]
Na eleição de 2010, o PT elegeu Tarso Genro como governador, enquanto Marcon se elegeu pela primeira vez deputado federal.[3] Nesse primeiro mandato na câmara, ele divergiu dos ruralistas nas votações sobre o Novo Código Florestal.[4][5] Foi contrário ao projeto que não previa a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação.[6] Em 2011 ele não se posicionou sobre a proposta de aumento do salário mínimo para R$ 600 (o governo Dilma havia proposto R$ 545).[7] Votou a favor da expropriação de imóveis onde houver trabalho escravo (destinando-os à reforma agrária ou a programas de habitação popular)[8] e contra a PEC do orçamento impositivo.[9]
Na eleição de 2014, o PT tentou a reeleição de Tarso ao governo do estado sem êxito, enquanto Marcon se reelegeu deputado federal.[3] Nesse segundo mandato, ele cronologicamente votou contra o PL 4330 da Terceirização;[10] contra o Impeachment de Dilma (PT);[11] a favor da cassação de Eduardo Cunha (PMDB);[11] contra desobrigar a Petrobras de participar de todos os blocos de exploração do pré-sal;[11] contra a PEC do Teto de Gastos;[11] contra a Reforma Trabalhista;[11] a favor de assegurar a prática da vaquejada como manifestação cultural (na 2º turno);[11] contra a rejeição das denúncias contra Michel Temer (PMDB);[11] contra a MP da reforma do FIES[11] e contra a intervenção federal na segurança do RJ.[11] Marcon esteve ausente nas votações sobre as Medidas Provisórias 664 e 665 (de ajuste fiscal propostas por Dilma Rousseff) relativas à pensão por morte e ao seguro desemprego respectivamente[12][11] e na votação da reforma do ensino médio.[11]
Na eleição estadual de 2018, o PT teve Miguel Rossetto como candidato ao governo do estado (não chegando ao segundo turno), enquanto Marcon se reelegeu deputado federal.[3] Em seu terceiro mandato na câmara, ele cronologicamente votou contra a MP 867 (que segundo ambientalistas alteraria o Código Florestal anistiando desmatadores);[13] a favor de criminalizar responsáveis por rompimento de barragens;[14] contra a PEC da Reforma da Previdência e a favor de excluir os professores nas regras da mesma;[14] contra a MP da Liberdade Econômica;[14] a favor de alteração no Fundo Eleitoral;[14] a favor de aumento do Fundo Partidário;[15] contra cobrança de bagagem por companhias aéreas;[14] contra o PL 3723 que regulamenta a prática de atiradores e caçadores;[14] a favor do "Pacote Anti-crime" de Sergio Moro;[14] contra o Novo Marco Legal do Saneamento;[14] a favor de redução do Fundo Eleitoral;[14] contra a suspensão do mandato do deputado Wilson Santiago (PTB/PB), acusado de corrupção;[14] a favor de ajuda financeira aos estados durante a pandemia de COVID-19;[14] contra a MP 910 (conhecida como MP da Grilagem);[16] contra a flexibilização de regras trabalhistas durante a pandemia;[14] contra o congelamento do salário dos servidores;[14] contra a anistia da dívida das igrejas;[17] a favor da convocação de uma Convenção Interamericana contra o Racismo;[14] duas vezes contra destinar verbas do novo FUNDEB para escolas ligadas às igrejas;[18][19] contra a autonomia do Banco Central;[14] a favor da manutenção da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL/RJ);[14] contra a validação da PEC da Imunidade Parlamentar;[20] contra a PEC Emergencial (que trata do retorno do auxílio emergencial por mais três meses e com valor mais baixo);[14] contra permitir que empresas possam comprar vacinas da COVID-19 sem terem que doar ao SUS;[14] contra classificar a educação como "serviço essencial" (possibilitando o retorno das aulas presenciais durante a pandemia);[21] contra acabar com o Licenciamento Ambiental para diversas atividades;[14] a favor da suspensão de despejos durante a pandemia;[14] contra a privatização da Eletrobras[14] e a favor de dificultar a punição por improbidade administrativa.[22] Marcon esteve ausente na votação do Contrato Verde e Amarelo.[14]
Ano | Eleição | Cargo | Partido | Coligação | Suplentes | Votos | Resultado[3] |
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1998 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PT | PT / PCdoB / PCB / PSB | Jussara Cony (PCdoB), José Gomes (PT) |
33.982 (0,77%) |
Eleito (25ª pessoa mais votada, 6ª na coligação) |
2002 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PT | PT / PCdoB / PCB / PMN | Miriam Marroni (PT), Roque Graziottin (PT) |
44.634 (0,83%) |
Reeleito (25ª pessoa mais votada, 8ª na coligação) |
2006 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PT | PT / PCdoB | Julio Quadros (PT), Luís Fernando Schmidt (PT) |
53.154 (0,98%) |
Reeleito (18ª pessoa mais votada, 5ª na coligação) |
2010 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PT | sem coligação proporcional | Paulo Ferreira (PT), Fabiano Pereira (PT) |
100.553 (1,76%) |
Eleito (17ª pessoa mais votada, 5ª no partido) |
2014 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PT | sem coligação proporcional | Ronaldo Zülke (PT), Ivar Pavan (PT) |
116.178 (2,11%) |
Reeleito (15ª pessoa mais votada, 5ª no partido) |
2018 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PT | sem coligação proporcional | Marco Maia (PT), Claudir Nespolo (PT) |
122.838 (2,24%) |
Reeleito (5ª pessoa mais votada, 2ª no partido) |
2022 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PT | PT / PCdoB / PV | Reginete Bispo (PT), Anacleto Zanella (PT) |
129.352 (2,10%) |
Reeleito (9ª pessoa mais votada, 4ª no partido) |
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