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A Dendrocygna viduata, popularmente irerê[2][3][4] ou bichichi, na Bolívia, é uma espécie de marreca encontrada na África tropical, nas Antilhas e na América do Sul. Tais aves medem cerca de 44 centímetros de comprimento e têm plumagem em máscara, calça e luva brancas, nuca e asas negras, flancos listrados, bicos e pés plúmbeos.[5]
Irerê | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
A ave, que comumente é chamada irerê, pertencente à ordem Anseriforme e família Anatidae, é também é conhecido como paturi, marrecão (Rio Grande do Sul) e siriri ou marreca-viúva (Paraíba). Na fauna nacional, podemos citar o D. viduata como um dos patos mais conhecidos, tanto por sua beleza ou pela sua característica de se aproximar muito das áreas urbanizadas, além do seu canto típico e incomparável.
Suas características físicas os deixam claramente reconhecíveis. A face apresenta uma máscara branca que contrasta com o pescoço negro e bico cor de chumbo. Sua penugem peitoral é em castanho, enquanto que o restante do corpo é estriado em branco e preto por listras finas. Em voo nota-se suas asas escuras na região ventral.
Com relação à alimentação, assim como os outros patos e marrecos, este também se alimenta basicamente de plantas aquáticas e gramíneas das margens de lagos, enriquecendo sua alimentação ocasionalmente com invertebrados aquáticos, pequenos peixes e girinos. Os hábitos do D. viduata o permitem viver em qualquer corpo d’água ao longo de toda sua distribuição geográfica, que vai da Argentina até a América Central. Curiosamente esta espécie pode ser avistada também na África Ocidental.
Em época reprodutiva, constrói o seu ninho no solo, pondo entre 8 a 14 ovos, e o macho pode em alguns momentos ajudar a chocá-los. Quando eclodidos, ambos cuidam dos filhotes.
Por ser uma ave que se aproxima sem medo das zonas urbanizadas, podem também ser encontradas em lagos poluídos. Sua atividade aumenta no período crepuscular e à noite, quando não é raro escutar o seu piado, principalmente quando estão sobrevoando em grandes bandos, durante a migração (podem formar um bando de várias dezenas de indivíduos, principalmente na migração sazonal).
Popularmente é conhecida Brasil afora com diversos nomes, como irerê, assobiadeira, chega-e-vira, marreca-apaí, apaí, marreca-do-pará, marreca-piadeira, piadeira, marreca-viúva, apaleí, arerei, assoviadeira, chega-vira-e-sobe, cuchacha, marreca-do-paraná, marreca-piadeirinha, marreca-viúva-de-são-pedro, pato-coral, paturia, paturi, piadeira-branca e viuvinha-do-leste.
O nome "irerê" é onomatopeico, ou seja, reproduz o som de seu piado.[5] O termo "apaí" originou-se do tupi apa'i.[5] Já "viuvinha" é uma referência a sua cor predominantemente negra, a qual motivou também seu nome científico, viduata, que significa "viúva", em latim.
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