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condição no intestino caracterizada por dificuldade em defecar Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Obstipação ou constipação intestinal, popularmente denominada prisão de ventre, é uma condição caracterizada por defecações pouco frequentes ou de difícil passagem.[1] As fezes apresentam-se geralmente duras e secas.[2] Entre outros sintomas estão dores abdominais, sensação de ventre inchado e uma sensação semelhante a não ter defecado por completo.[3] As complicações mais comuns das obstipações são hemorroidas, fissura anal ou acumulação de fezes no intestino grosso.[2] A frequência normal de defecações em adultos é entre três por dia e três por semana.[2] Os bebés geralmente realizam três a quatro defecações por dia e as crianças duas a três.[4]
Obstipação | |
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Raio-x de obstipação numa criança. Os círculos assinalam os locais opacos de aglomeração de fezes. | |
Especialidade | gastrenterologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | K59.0 |
CID-9 | 564.0 |
CID-11 | 502284069 |
DiseasesDB | 3080 |
MedlinePlus | 003125 |
eMedicine | med/2833 |
MeSH | D003248 |
Leia o aviso médico |
A obstipação tem várias causas.[2] Entre as causas mais comuns estão a lentidão do movimento das fezes no cólon, síndrome do intestino irritável e distúrbios do soalho pélvico.[2] Entre as possíveis doenças subjacentes estão o hipotiroidismo, diabetes, doença de Parkinson, doença celíaca, sensibilidade ao glúten não celíaca, cancro do cólon, diverticulite e doença inflamatória intestinal.[2][5][6][7] Entre os medicamentos associados a obstipação estão os opioides, determinados antiácidos, bloqueadores dos canais de cálcio e anticolinérgicos.[2] Cerca de 99% das pessoas que se encontram a tomar opioides desenvolvem obstipação.[8] O organismo responde a estes fatores retendo as fezes por um período maior do que o normal. Em crianças a obstipação pode vir acompanhada de outros sintomas, como o escape fecal e encoprese, ou seja, o ato de sujar as roupas íntimas involuntariamente.[9]
O tratamento da obstipação depende da causa subjacente e de há quanto tempo está presente.[2] Entre as medidas que podem ajudar estão beber bastantes líquidos, ingerir fibras dietéticas (a Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão diária de 25 a 30g de fibra, quantidade facilmente alcançável com o consumo regular de frutas, vegetais, cereais integrais, grãos e sementes) e praticar exercício físico.[2] Quando estas medidas não são eficazes, podem ser prescritos laxantes formadores de volume, laxantes osmóticos, laxantes emolientes ou laxantes lubrificantes.[2] Os laxantes estimulantes são geralmente reservados para situações em que os outros tipos não são eficazes.[2] Entre outros possíveis tratamentos estão o biofeedback ou, em casos raros, cirurgia.[2] A obstipação é motivo de preocupação quando está associada a perda de peso ou anemia, quando existe sangue nas fezes, quando existem na família casos de cancro do cólon ou doença inflamatória ou quando aparece em idade avançada.[10]
Na população em geral, a incidência de obstipação é de 2 a 30%.[11] Entre idosos que vivem em lares, a incidência é de 50 a 75%.[8] Estatisticamente, a prisão de ventre afeta mais as mulheres do que os homens[12][13] devido a fatores hormonais e, no caso da gestação, pela compressão do útero sobre o intestino.[14]
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