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Conselho do Comando Revolucionário da Líbia foi um órgão de doze pessoas que governou a República Árabe da Líbia de 1969 a 1977. Seu presidente foi Muammar Gaddafi, que detinha um nível significativo de controle.
Em 1977, Gaddafi aboliu a república e proclamou a Jamahiriya. Como parte disto, o Conselho do Comando Revolucionário foi oficialmente abolido e substituído pelo secretariado-geral do Congresso Geral do Povo.
Os outros membros iniciais (1970) eram os seguintes:
A criação de um novo governo, o comitê central de 12 membros dos Oficiais Livres Unionistas converteu-se em um Conselho de Comando Revolucionário, que exercia controle sobre a recém-proclamada República Árabe da Líbia. [1] Abaixo deles foram formados um conselho de ministros, liderados por Mahmud Sulayman al-Maghribio para supervisionar a implementação da política do Conselho de Comando Revolucionário.[2]
O Capitão Gaddafi promoveu-se ao posto de coronel e foi reconhecido tanto como presidente do Conselho de Comando Revolucionário, bem como comandante-em-chefe das forças armadas, tornando-se de facto o chefe de Estado.[3] De 1970 a 1972, também atuou como primeiro-ministro.
Embora o Conselho do Comando Revolucionário fosse teoricamente um órgão colegiado que operava através da discussão e construção de consenso, desde o início, foi dominado pelas opiniões e decisões de Gaddafi,[4] embora alguns dos outros tentarem restringir o que acreditavam como seus excessos. [5]
Gaddafi continuou a ser a imagem pública do governo, com as identidades dos outros membros do Conselho de Comando Revolucionário sendo unicamente reveladas ao público no Diário Oficial em 10 de janeiro de 1970. [6] Todos eram homens jovens, de origens operárias (tipicamente rural) e da classe média, e nenhum deles possuíam diploma universitário; desta forma eram todos distintos dos ricos conservadores altamente instruídos que tinham governado o país anteriormente. [7] Concluído o golpe de Estado, o Conselho do Comando Revolucionário prosseguiu com suas intenções de consolidar o governo revolucionário e a modernização do país.[4]
Como resultado, passaram a expurgar monarquistas e membros do clã Senussi de Idris do mundo político e das forças armadas da Líbia; Gaddafi acreditava que essa elite se opunha à vontade do povo líbio e deveria ser eliminadas. [8] Muitas personalidades do antigo regime foram presas, embora nenhuma delas fosse executada.[9] Mantiveram a proibição do governo anterior sobre os partidos políticos e governaram por decreto.[10] Outras restrições foram colocadas sobre a liberdade de imprensa e, em maio de 1970, todos os sindicatos foram proibidos.[11]
Após a Líbia ser convertida na "(Grande) Jamahiriya Árabe Popular Socialista" em 1977, os membros sobreviventes do Conselho do Comando Revolucionário formaram o ápice do "setor revolucionário" que supervisionaria o governo. Eles não estiveram sujeitos a eleição, uma vez que ocupavam cargos em virtude de terem liderado o golpe de 1969 - oficialmente descrito como "Revolução". Como consequência, embora Gaddafi não tivesse nenhum cargo governamental formal após 1980, ele continuou a exercer controle absoluto no país até sua derrubada e execução na Guerra Civil Líbia de 2011.
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