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A Conquista de Valência (em árabe بلنسية; Balansiya) foi o conjunto de manobras militares que levaram a anexação da Taifa de Valência à Coroa de Aragão.
Entre 1229 e 1245, apenas dezesseis anos, a Coroa de Aragão conseguiu a conquista de grande parte do que seria o Reino de Valência.
A partir do sucesso conseguido por umas campanhas militares empreendidas a nível particular por nobres aragoneses, Jaime I empreendeu a conquista das Taifa de Valência.
A reconquista do que posteriormente seria o reino de Valência começou em 1232, com a tomada de Morella. No ano seguinte, em Alcañiz, foi planeada a campanha, que consistiria de três etapas:
O reino de Múrcia foi conquistado também por Jaume I. Mas não seria até a época de Jaime II (sentença Arbitral de Torrellas, de 1304) que os territórios de Alicante e Orihuela foram anexados ao reino de Valência.
Em 1239, o Conquistador obteve um grande triunfo sobre a nobreza aragonesa ao converter as terras conquistadas de Valência num reino diferenciado, unido à Coroa de Aragão. Respeitou os seus usos e costumes e estabeleceu tribunais locais (els Furs, "os Foros"), já que esta cidade considerava os territórios vizinhos como um prolongamento dos seus senhorios. Isto provocou uma reação irada dos nobres, que viram-se assim impossibilitados de prolongar os seus domínios para as terras valencianas.
O Llibre del Repartiment fornece informação sobre muitos aspectos do povoamento e da maneira como se distribuiu o território conquistado. Os repovoadores procediam da Catalunha, Aragão e de outros países europeus.
A população muçulmana que não fugiu foi estabelecida nas terras montanhosas do interior, onde continuou sendo majoritária ao longo de toda a Idade Média.[1] Se bem que, outras fontes consideram que a população muçulmana, a cristã moçárabe e a judaica que vivia no reino de Valência e não se marchou com Zayyan, continuou vivendo e trabalhando no ambiente onde viviam, se bem que submetidos às novas hierarquias. Acredita-se que no Reino de Valência residiam 200 mil habitantes e as fontes mais ambiciosas calculam que uns 50 000 marcharam das suas terras, pois o pacto entre Jaime I e Zayyan estipulava na capitulação que os residentes poderiam seguir sem que ninguém os molestasse. A repovoação seria, segundo o professor Antonio Ubieto Arteta, de duas ou três mil pessoas, na sua maioria aragoneses, se bem que, ao ser uma cruzada, pudesse haver entre os repovoadores gentes de toda Europa.
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