Concerto é uma composição musical escrita para um ou mais instrumentos solistas, cujo acompanhamento pode ser feito por uma orquestra ou um piano.[carece de fontes?] Modernamente o termo tem sido empregado para qualquer espetáculo musical, nos mais diferentes formatos.[1][2]

 Nota: Para outros significados, veja Concerto (desambiguação).
Concerto no Metropolitan Opera House de Nova Iorque.
Wolfgang Amadeus Mozart - flute concerto in g major, k. 313.

Etimologia

A origem do termo concerto sempre suscitou discussão entre os musicólogos. Já no início do século XVI sua origem era atribuída a duas palavras latinas: a primeira, concertatum (do verbo concertare: "combater", "competir") - e a segunda, de consertum (do verbo conserere traduzido como "entrelaçar", "atar", mas também, em alguns contextos, como "argumentar"). Em 1619, Michael Praetorius apoiou a etimologia que dava a ideia de combate, o choque entre duas entidades instrumentais distintas tanto em número quanto em sonoridade.

Na era moderna, o compositor alemão Hugo Daffner (1882-1936) voltou a defender a primeira acepção do verbo conserere, destacando a natureza de diálogo, de enredo, que efetivamente caracteriza o estilo concertante, embora a primeira hipótese ainda seja considerada como a mais válida pela maioria dos estudiosos.

História

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Perspectiva

A forma musical concerto pode ser encontrada a partir do século XVI, entre os anos de 1520 e 1580, com a criação do Concerto para Cravo e em obras vocais de Andrea Gabrieli ou Ludovico da Viadana sem forma ou estrutura típica.[3]

Durante o barroco o estilo se desenvolveu para uma forma instrumental que alterna entre partes do tutti (ou ripieno em italiano ) e do solo (concertino), e como um rondó emprega no tutti sempre o mesmo tema. Ele passou a ter três movimentos (Rápido - lento - rapidíssimo), como em quase todos os exemplos de Antonio Vivaldi e Johann Sebastian Bach ou quatro (Lento - rápido - lento - rapidíssimo) como os "concerti grossi" de Georg Friedrich Handel. O Concerto grosso (italiano, plural: Concerti grossi) foi uma forma bastante usada no período barroco, que se constituía de um conjunto de três (ou mais) solistas com uma orquestra maior.

Com o advento do Classicismo, o concerto passou a se estabelecer de maneira mais ou menos estruturada como a sonata clássica: um primeiro movimento em forma-sonata, o segundo movimento lento (sob qualquer forma) e o último em rondó.[4]

No Romantismo, os concertos passaram a ter como propósito explorar o virtuosismo, explorando ao máximo a potencialidade dos solistas.[3]

Alguns concertos famosos:

Thumb
Partitura do Concerto de Piano Nº 2 de Mendelsshon (fragmento).

Características

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Perspectiva

As principais características do concerto na Era clássica, o qual é tomado como modelo até os dias atuais, são:

  • Três movimentos, dos quais o primeiro é rápido, na forma-sonata, o segundo é lento (sob qualquer forma) e o terceiro, novamente rápido, em rondó;[3]
  • Instrumental, ou seja, o grupo que faz o acompanhamento é geralmente uma orquestra completa, uma orquestra de cordas ou uma orquestra de câmara.[4]

No Romantismo, os concertos passaram a ter como propósito explorar o virtuosismo, ou seja, a potencialidade dos solistas. A partir daí, surgiram modificações no esquema clássico do concerto, como por exemplo:

  • Menor número de movimentos: O número de movimentos do concerto diminuiu. Surgiram concertos com dois movimentos (Concerto para violino nº 1, de Béla Bartók; Concerto para clarineta, de Aaron Copland) e até com um movimento (Concerto para piano nº 2, de Franz Liszt; Concerto para piano e orquestra, de Arnold Schönberg; Concerto para piano com a mão direita, de Maurice Ravel).
  • Utilização de instrumentos incomuns: O solista no concerto clássico era um instrumento da própria orquestra. Após o Romantismo, instrumentos de todos os tipos foram incorporados ao concerto. Um exemplo famoso é o Concierto de Aranjuez, de Joaquin Rodrigo, escrito para violão. Além desse, temos ainda o Concerto para gaita, de Heitor Villa-Lobos; Concerto para ondas martenot, de André Jolivet; o Concerto suíte para guitarra elétrica e orquestra, de Yngwie J. Malmsteen e o Concerto para balalaika e orquestra, de Eduard Tubin.

Extensão do termo

O ano de 1969 marcou a estreia do primeiro concerto para grupo e orquestra de Jon Lord. O álbum Concerto for Group and Orchestra foi gravado ao vivo no Royal Albert Hall.[5] Depois disso o termo concerto passou a ser usado com frequência para fins populares e nas mais diferentes formações.[2][6]

Referências

  1. Telecine Globo. «O Último Concerto De Rock». Consultado em 15 de agosto de 2012
  2. Maurício Gomes Angelo. «Waters revive grandes concertos de rock no RJ». Whiplash.net. Consultado em 15 de junho de 2012
  3. Enciclopédia Salvat de Os Grandes Temas da Música - Vol. 1 (1987). O Concerto. [S.l.]: Salvat. pp. 249–316
  4. Otto Maria Carpeaux (2001). O Livro de Ouro da História da Música. [S.l.]: Ediouro
  5. Whiplash.net. «Jon Lord: informações sobre Concerto For Group & Orchestra». Consultado em 15 de agosto de 2012
  6. Ípsilon. «Madonna: muito melhor do que se esperava». Consultado em 15 de agosto de 2012

Ver também

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