Igreja Matriz de Barcelos
igreja de estilo gótico em Barcelos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
igreja de estilo gótico em Barcelos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Igreja Matriz de Santa Maria de Barcelos, também referida como Igreja Paroquial de Barcelos ou Colegiada de Barcelos, localiza-se na freguesia de Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha (São Martinho e São Pedro), cidade e município do mesmo nome, distrito de Braga, em Portugal.[1]
Igreja Matriz de Barcelos | |
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Fachada principal da igreja | |
Nomes alternativos | Igreja de Santa Maria; Igreja Paroquial de Barcelos |
Tipo | igreja, património cultural |
Estilo dominante | Gótico |
Início da construção | século XIV |
Restauro | século XX |
Função inicial | Igreja paroquial |
Proprietário(a) atual | Estado Português |
Função atual | Religiosa (igreja paroquial) |
Religião | Igreja Católica Romana |
Diocese | Arquidiocese de Braga |
Página oficial | http://www.paroquiadebarcelos.org/ |
Património de Portugal | |
Classificação | Monumento Nacional |
Ano | 1927 |
DGPC | 70556 |
SIPA | 5245 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Barcelos |
Coordenadas | 41° 31′ 43″ N, 8° 37′ 19″ O |
Localização em mapa dinâmico |
Construída no século XIV em estilo gótico, a igreja encontra-se no centro histórico da cidade, próximo do Paço dos Condes de Barcelos e do Pelourinho de Barcelos.
Foi classificada como Monumento Nacional em 1927.[2]
No século XIII já existia uma igreja paroquial em Barcelos no lugar da actual, um edifício em estilo românico de boa qualidade, como demonstrado por vestígios encontrados em restauros da igreja.[1] No século XIV, entre 1325 e 1350, o edifício foi profundamente remodelado em estilo gótico por iniciativa de D. Pedro Afonso, 3.º Conde de Barcelos. O edifício foi novamente reformulado por volta de 1460, quando era conde D. Afonso. Em 1464 foi instituída uma Colegiada na igreja por D. Fernando, 9.º conde de Barcelos.[1]
Em 1495, o rei D. João II designou como prior da Colegiada um sacerdote cristão-novo, Gil da Costa. No início do século XVI, a abside primitiva, de forma semi-circular, foi reconstruída e a capela-mor passou a ter uma planta retangular. A abóbada estrelada no interior possui um bocete com a data de 1504 e o nome do prior Gil da Costa, que provavelmente custeou as obras da nova capela-mor.[2][1]
Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, a igreja foi enriquecida com muitas capelas com retábulos em diversos estilos, além de monumentos funerários. Na primeira metade do século XVIII foi levantada a actual torre sineira, utilizando pedra extraída do vizinho Paço dos Condes de Barcelos, e a antiga rosácea gótica da fachada foi substituída por janelas rectangulares.[1] Grande parte do interior foi, também no início do século XVIII, revestido com painéis de azulejos brancos e azuis, encomendados a oficinas lisboetas.[2] Em 1727 foi instalado o órgão, construído por Frei Manuel de São Bento e com caixa de talha esculpida por Miguel Coelho.[1]
Em 1869, a Colegiada de Barcelos foi extinta. Na primeira metade do século XX a igreja passou por um grande restauro que tentou restituir parte da forma primitiva do edifício. As capelas da abside foram refeitas em estilo neogótico, o coro-alto foi suprimido e o órgão foi movido para o lugar de um antigo altar. Na fachada principal foi construída uma rosácea neogótica sobre o portal, eliminando-se as janelas do século XVIII.[1]
A Matriz de Barcelos é um edifício do século XIV de perfil arcaico, situado estilisticamente na transição entre o românico e o gótico. Em parte, isso se deve a que a igreja é o resultado de uma remodelação de um edifício anterior.[2][1] O caráter de transição é observado, por exemplo, nos pesados contrafortes de tipo românico que ladeiam o corpo avançado da fachada que, à maneira de um alfiz, enquadra o portal.[2] O portal não possui tímpano, uma característica gótica,[2] mas os capitéis mostram uma mescla de motivos historiados românicos (aves bebendo de um vaso, animais ferozes a devorar outros personagens) com motivos vegetalistas naturalistas, mais típicos do gótico.[1]
Sobre a portada situa-se a rosácea neogótica, instalada durante os restauros do século XX, e à direita da igreja levanta-se uma torre sineira do século XVIII.[1] Externamente a igreja apresenta uma série de volumes de diferentes épocas, que correspondem à sacristia e a diversas capelas dos séculos XVI, XVII e XVIII. As três capelas da cabeceira tem um aspecto exterior neogótico, resultado dos restauros do século XX. Um dos portais laterais com nicho é de feição maneirista, do século XVII.[1]
O interior é constituído por três naves, onde se destacam catorze painéis formados por diversos azulejos azuis e brancos setecentistas (século XVIII). Existiam mais painéis, mas foram retirados durante as remodelações efetuadas no início do século XX.
Entre as imagens referem-se as de:
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