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Chacretes eram as assistentes de palco dos programas do Chacrinha (Discoteca, a Buzina ou o Cassino).[1] Entre as mais de 500 moças que ocuparam a vaga ao longo dos vários anos dos programas[1][2][3][4], Rita Cadillac figura entre as mais conhecidas.
A presença das Chacretes nas gravações do programa, que na virada dos anos 70 para os 80 ocorriam em São Paulo, causava furor na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio.[5]
Após a morte de Chacrinha, elas entraram em decadência e desapareceram da TV.[6]
Após o fim do programa, a vida das ex-Chacretes já foi retratada tanto em documentários quanto na ficção, citando-se como exemplo as telenovelas Beleza Pura e Avenida Brasil e o documentário Alô, Alô, Terezinha!, dirigido por Nelson Hoineff.[7] Contudo, neste último caso, a obra acabou resultando na abertura de um processo contra a produtora Comalt, responsável pelo filme, uma vez que as ex-dançarinas se sentiram rotuladas como prostitutas.[8] O diretor Nelson Hoineff, posteriormente, produziu ainda um minidocumentário intitulado "Chacretes", focando-se no cotidiano das dançarinas.[9]
Elizabeth Barbosa da Cruz Alves ganhou o apelido porque usava um boné pra prender os cabelos.[1][13] Seguiu os passos do marido e virou pastora e os dois celebram cultos evangélicos em casa.[1][3][6][13] Sofreu de uma doença na perna e acredita que foi curada por Jesus.[3][6]
No auge da fama, namorou famosos como Ronnie Von, Jerry Adriani, Tarcísio Meira.[13] Depois foi para os Estados Unidos, onde morou por 10 anos. Seus filhos continuam por lá, um advogado e o outro técnico de futebol.[1] De volta ao Brasil, trabalhou na Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.[1][13]
Também foi dançarina do Clube do Bolinha (1974-1994), mas não se adaptou. Teve todas as suas fotos e memórias dos tempos de Chacrinha queimadas por um ex-noivo. Teve um filho e, sem perspectivas de carreira na TV, passou a trabalhar como faxineira, cuidadora de animais e cozinheira.[1][3][6]
Maria Aparecida Alves Fernandes era conhecida por Fernanda Terremoto (Rio de Janeiro, 1961 — 2003). Trabalhou no filme Furacão Acorrentado, em 1984. Deixou o programa para se dedicar à carreira de cantora. Em 85, foi eleita pela crítica como a melhor cantora revelação do ano, mas abandonou a carreira apenas dois anos depois.[1] Morreu em 2003, vítima de AIDS.[14]
Foi Chacrete por 18 anos e, após o fim do programa, seguiu sua paixão pelos animais, trabalhando em um pet shop no Rio de Janeiro e vive sozinha com seus dez cachorros.[3][6]
Maria das Graças sempre quis ser Chacrete, mas trabalhou antes com o Sargentelli.[1][13] Também trabalhou para o produtor musical e pianista João Roberto Kelly.[13] Ganhou o apelido por ser integrante de comunidade da escola de samba Portela.[13] Fez curso de artes dramáticas e até ganhou um papel na novela Hipertensão, da Globo.[1]
Lindalva Ferreira de Lima (Jequié — abril de 2019), mais conhecida como Índia Amazonenses, já tinha sido dançarina do programa Carlos Aguiar.[1] Fez parte do elenco do Velho Guerreiro como Chacrete iniciando ainda na TV Bandeirantes, em 1978. Em 1983, deixou o programa do Chacrinha e estreou no Clube do Bolinha, como Bolete, onde permaneceu até 1989. Também foi mulata do Sargentelli.[1] Participou de alguns filmes da era das pornochanchadas, como Tessa, a Gata e Aluga-se Moças.[1]
Morreu em 2019. Ela tinha insuficiência renal crônica e fazia hemodiálise há alguns anos. Foi sepultada no Cemitério Parque dos Pinheiros.
Maria da Glória Aguiar da Silva foi uma das mais famosas Chacretes. Segundo suas amigas, foi a que ganhou mais dinheiro na época. Aos 14 anos, já era casada e mãe.[6] Seu passado foi um tanto conturbado, se envolveu com um traficante e chegou a ser presa três vezes.[1]
Em 2013, fez uma participação em Amor à Vida como amiga da personagem Márcia (Elizabeth Savalla), que interpretava uma ex-chacrete na trama.[6][15] Também participou da novela Beleza Pura, em 2008, em uma cena que foi gravada no programa Caldeirão do Huck.[15]
Nos últimos anos, vivia na Comunidade da Babilônia, no bairro do Leme, Zona Sul carioca.[16] Morreu aos 76 anos, no Rio, em 12 de julho de 2023.[15]
Anna Maria de Angelo Ribeiro ficou até 1984, quando foi para o Bolinha, mas fez apenas um programa, saindo de cena em seguida. Morreu em 1998, com apenas 38 anos de idade.[1]
Lucinha Apache, nome artístico de Lucia Souza de Mattos Monteiro (1951 — 1 de abril de 2010) foi uma dançarina brasileira, chacrete do programa do Chacrinha de 1969 a 1974.[11]
Foi tema de um documentário exibido no Canal Brasil em 2010.[12]
Lucinha morreu aos em 2010, aos 59 anos, vítima de um infarto.[13]
Chegou a ser tricampeã sulamericana de hip-hop e trabalha como professora de dança. Em Porto Alegre, onde mora, também ensina a modalidade zumba em resorts.[6]
Cirlene da Silva (Brasil, 1957 - Portugal, 17 de agosto de 2013) foi uma dançarina brasileira.
Cirlene era conhecida por Marli Bang Bang e foi uma das Chacretes do Cassino do Chacrinha. Após o término do programa, Marli se mudou para Portugal e morreu de câncer de pulmão.[17]
A ex-dançarina Sandra Mattera, que se tornou conhecida por ser ajudante de palco de Chacrinha entre 1968 e 1973, morreu na manhã do dia 27 de janeiro de 2018, aos 66 anos, no Rio de Janeiro.
Ganhou o apelido do cantor Luiz Melodia. Saiu do programa para fazer shows, e dançou por todo o Brasil e até no Japão. Quando voltou, se casou e abandonou a carreira. Hoje, vende empadinhas nas ruas do Méier, no Rio.[1][6]
Leila Batista foi apelidada assim por causa da sua baixa estatura.[1][6][13] Tornou ativista e defensora do meio ambiente. Virou ecologista e morou em locais de grande conservação natural, como Bonito, em Mato Grosso do Sul, e em uma casa de pau a pique na praia de Canoa Quebrada, na cidade de Aracati.[3][6]
Quando foi Chacrete, teve uma paixão platônica pelo cantor Guilherme Arantes.[6] Após a participação no Programa, se lançou como cantora e até hoje faz shows de arrocha, em bailes e bares da periferia e do interior. É conhecida na noite como a "Rainha da Pisadinha".[3][6] Gravou cinco discos de forró.[1]
Foi escolhida a dedo por Chacrinha, mas teve que deixar o programa precocemente porque ficou grávida.[1][3][6] Afirmou que teve um caso com Silvio Santos[1] em 1971, mas terminou o romance ao descobrir que o apresentador saía também com outras duas Chacretes.[6][13] Após dar à luz, Vera foi trabalhar em um hospital como instrumentadora[3][13], onde se apaixonou por um colega, mas ele era gay.[1][6]
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