Centro de Memória Bunge
Museu em Pinheiros, Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Criado e mantido pela Fundação Bunge desde 1994, o Centro de Memória Bunge, um dos mais ricos acervos de memória empresarial do Brasil, tem como objetivos a guarda e preservação de documentação histórica, a disseminação do conhecimento e a utilização de seu acervo pela Bunge Brasil como um instrumento estratégico de gestão,[1][2][3] além de ser grande referência na preservação da história empresarial. Ocupa um edifício em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Centro de Memória Bunge | |
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Tipo | Centro de Memória Empresarial |
Inauguração | 31 de agosto de 1994 (30 anos) |
Página oficial | http://www.fundacaobunge.org.br/projetos/centro-de-memoria-bunge/ |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | São Paulo |
Coordenadas | 23° 34′ 12″ S, 46° 41′ 37″ O |
Localização em mapa dinâmico |
Patrimônio histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, acolheu o moinho da Bunge Brasil desde o século XIX.[4] Atualmente, presta gratuitamente consultoria a empresas interessadas em organizar instituições voltadas ao resgate e preservação da memória, além de atender a pesquisas externas.[1]
Para facilitar o acesso ao público e compartilhar o aprendizado construído, o Centro de Memória Bunge disponibiliza seu acervo online e conta com atividades gratuitas como Atendimento a Pesquisas, Exposições Temáticas, Visitas Técnicas e Benchmarking.
Desde 2004, o Centro de Memória Bunge promove anualmente as Jornadas Culturais, que definem-se por uma série de palestras e oficinas gratuitas ministradas por renomados profissionais, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação de acervos históricos e patrimoniais.[1][5][6][7]
Fundado em 1887 por uma declaração por meio de uma escritura pública assinada pela Princesa Isabel, o prédio, localizado no Rio de Janeiro (capital brasileira na época), abrigou as funções da Bunge Brasil até 2016.[4]
Foi palco de várias ocasiões históricas, como por exemplo ao servir de abrigo ao Rui Barbosa (Ministro da Fazenda na época) durante a eclosão da Revolta Armada (1893). Mais tarde, Bunge Brasil mudou sua planta para Duque de Caxias, na baixada fluminense.[4]
A Bunge Brasil criou, visando preservar e disseminar sua memória e, consequentemente, a memória da industrialização do Brasil, uma sala especializada para refletir os principais elementos desta história, através de imagens, objetos, documentos, maquinários e mobiliário preservados, através do Centro de Memória Bunge. Ou seja, uma Sala Histórica.[4]
“A Sala Histórica oferece aos visitantes uma viagem no tempo. Em poucos passos podemos vivenciar 130 anos de história do Moinho e do Brasil. Cria-la foi uma forma de preservar e disseminar esta memória, mas também de homenagear o Moinho Fluminense e sua história”, conta Ana Isabel Ferraz, coordenadora do Centro de Memória Bunge.[4]
Próximo de completar 90 anos de atuação no Brasil (o Grupo Bunge havia chegado ao Brasil em 1905, como acionista Sociedade Anônima Moinho Santista Indústrias Gerais), o Grupo Bunge lançou um projeto para preservar a história de suas empresas no Brasil: Centro de Memória Bunge. O Centro surgiu com a função de analisar todos os registros históricos, produzidos durante as nove décadas, por dezenas de empresas.[8]
O Centro, especializado em manter a memória de agronegócios e alimentos de empresas brasileiras, tem como finalidade incorporar a cultura do Brasil, além de constantemente encorajar seus colaboradores a celebrar as festas nacionais[9]. Seus programas buscam valorizar o passado, garantindo que os aprendizados vividos não se percam, além de premiar iniciativas que incentivam a inovação e a disseminação de conhecimento: Prêmio Fundação Bunge.[10]
Para simbolizar os quase 130 anos, a Sala foi setorizada em eixos temáticos: Trabalhador, Arquitetura e Trajetória do Moinho. A concepção da Sala Histórica foi centrada nas figuras emblemáticas:[4]
A Bunge, gigante do agronegócio, chegou ao Brasil em 1905 e instalou-se no Moinho Santista. Comprou, em 1914, o Moinho Fluminense e, mais tarde, ao final dos anos 20, a Bunge já vendia margarina, feito de gordura vegetal extraído do óleo de resíduos do algodão; sendo este, no Nordeste, matéria prima da crescente indústria têxtil da época. A Bunge sentia a necessidade de alimentar as cidades que cresciam em ritmo muito acelerado, principalmente São Paulo.[11]
A origem exata da receita do pão francês é desconhecida, mas seu advento é atribuído à elite que viajava a Europa e acabou chegando ao Brasil, ensinando os padeiros locais a copiarem.[11]
O Centro de Memória Bunge possui em seu acervo a história do pão francês,[12][13] que está ligada à fase inicial do processo de industrialização no Brasil. O pão ganhou bastante relevância pois tornou-se um item básico da cultura, da gastronomia e do cotidiano brasileiro após o processo de abertura do comércio interno para produtos importados, além de receber extrema influência da grande presença de imigrantes italianos no Brasil.[12]
Referência na área de preservação da memória empresarial, o Centro de Memória Bunge possui um acervo que reúne materiais de diversas origens e tipos, como documentos cartográficos, iconográficos, tridimensionais, textuais, registros em áudio e peças museológicas, entre outros,[8][2] que contam a história dos mais de 100 anos da Bunge no Brasil, além de contemplar temas como história da industrialização brasileira, agronegócio, propaganda e navegação.[14][1] O Centro conta com um acervo, incluindo imagens de moinhos, antigas padarias, produtos específicos e outros itens por todo o Brasil.[12]
No dia 28 de agosto de 2014, o Centro convidou o São Paulo Antiga e outros veículos de comunicação para um encontro, em comemoração aos 20 anos de existência. Foi realizada uma visita para conhecer seu rico acervo.
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