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O cartão-postal, bilhete-postal ou simplesmente postal,[1] é uma simplificação da carta. Trata-se de um pequeno retângulo de papelão fino, com a intenção de circular pelo Correio sem envelope, tendo uma das faces destinada ao endereço do destinatário, postagem do selo, mensagem do remetente e na outra alguma figura.

Um cartão-postal
Cartão-postal brasileiro do Palácio Monroe
Cartão-postal britânico, 1890

A vantagem dos postais, como também são conhecidos, é o porte de valor inferior ao das cartas comuns e a dispensa do uso do envelope tornava a correspondência mais fácil e mais barata.

Os primeiros cartões-postais emitidos (hoje conhecidos como inteiros–postais) eram de monopólio oficial e já vinham selados. Com o decorrer dos anos outros países passaram a autorizar as indústrias a imprimirem esses cartões-postais para circularem pelos correios, depois de serem devidamente selados no valor do porte fixado.

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História

O primeiro cartão-postal foi emitido no século XIX e existem versões diferentes sobre a sua invenção:

Poderia ter sido o cidadão norte-americano H. L. Lipman, que juntamente com J. P. Charlton, patenteou em 18 de dezembro de 1862, o chamado “Lipman's Postal Card”. Entretanto não são conhecidos exemplares deste cartão de antes do início da década seguinte.

Outra versão diz que o diretor dos Correios da Confederação da Alemanha do Norte, Heinrich Von Stephan, pode ter lançado a ideia e a sugestão na Conferência Postal Germano-austríaca, em 1865.

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"Quando a mulher se torna soldado", cartão-postal francês dos anos 1910.

Por fim, Emmanuel Hermann, professor de Economia Política, da Academia Militar Wiener Neustadt, no Império Austro-húngaro que, em carta publicada no Die Neue Freie Presse, de 29 de janeiro de 1869, propôs a adoção do cartão-postal salientando a conveniência do uso de cartas mais simples que aliassem o baixo custo à simplicidade, o que poderia ser obtido com a supressão do envelope. De Marly, Diretor da Administração dos Correios da Áustria, aceitou a ideia e oito meses depois, em 1.º de outubro de 1869, foi lançado para venda o primeiro cartão-postal do mundo — Korrespondenz Karte, escrito em cor negra sobre cartão creme, levando impresso um selo de 2 Neukreuzer.

Outra versão afirma sobre o primeiro cartão-postal do mundo foi recebido por Theodore Hook em 1840; ele provavelmente postou para si mesmo.[2]

O Brasil instituiu o cartão-postal pelo Decreto n.º 7695, de 28 de abril de 1880, proposto pelo Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, conselheiro Manuel Buarque de Macedo.

Segundo Vossa Majestade Imperial se dignará ver, a primeira de tais alterações é a que estabelece o uso dos bilhetes-postais geralmente admitidos nos outros Estados e ainda em França, onde aliás houve durante algum tempo certa repugnância ou hesitação em os receber; os bilhetes-postais são de intuitiva utilidade para a correspondência particular, e, longe de restringir o número de cartas, como poderá parecer, verifica-se, ao contrário que um dos seus efeitos é aumentá-lo. Na ocasião ocupava a Direção da Repartição dos Correios, Luís Plínio de Oliveira, nomeado para o cargo em 1865, depois de ter publicado três anos antes, o “Relatório sobre a Organização dos Correios da Inglaterra, França e Azerbaijão”.
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Tipos de postais

Os postais ilustrados dividem-se em postais artísticos (reproduções e postais originais) e postais documentais (postais fotográficos).[3]

Cartões de felicitações

Em primeiro lugar, há um grande número de cartões de felicitações com feriados (Natal, Ano Novo, Páscoa).[4]

Um postal da vista

Os postais podem também constituir uma fonte de informação sobre a história social das várias áreas de trabalho, comércio e actividades de lazer de uma cidade ou região.[5][6] Com estes postais, é possível ver um representante de uma profissão já extinta, incluindo a sua aparência, vestuário e certos pormenores e postura.

Reproduções de postais

Os postais de reprodução, que podem ser portadores de obras de arte não preservadas, são selecionados como um grupo separado, uma vez que podem continuar a ser a única fonte através da qual é possível ver um monumento cultural desaparecido. Uma das fontes para reconstruir a série de imagens são precisamente os postais. Os postais reproduzidos são sobretudo uma fonte pictórica, através da qual é possível avaliar o interesse do Estado e do público em geral pelo trabalho de um determinado artista ou associação artística.

Postais comemorativos

Os cartões comemorativos, conhecidos por vários nomes como "cartões de missa", "cartões memoriais", "cartões fúnebres" e "cartões fúnebres", servem para recordar as pessoas que faleceram.[7]

Postal fotográfico

Os postais fotográficos distinguem-se pelo facto de as suas ilustrações serem fotografias. Costumava-se chamar-lhes espécies específicas. Normalmente, os postais de visualização apresentam fotografias de cidades, vistas da zona, natureza, pessoas famosas. Um postal fotográfico abre enormes possibilidades de criatividade. A combinação da arte da fotografia e do design permite-lhe transmitir exatamente os sentimentos que pretende exprimir a outra pessoa.

Cartões postais publicitários

Na segunda metade do século XX, os postais começaram a desempenhar também a função de suportes publicitários.[8][9] Foram amplamente distribuídos postais gratuitos.

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