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geógrafo brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Carlos Walter Porto-Gonçalves (21 de julho de 1949 - Florianópolis, 6 de setembro de 2023) foi um adepto do ambientalismo e geógrafo humano Brasileiro; autor de livros sobre geografia social. Como professor recebeu diversos prêmios na América Latina durante sua trajetória em defesa da Geografia Política e Social[1]
Carlos Walter Porto-Gonçalves | |
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Conhecido(a) por | Trabalhos sobre geografia social, crítica ao neoliberalismo |
Nascimento | 21 de julho de 1949 |
Morte | 6 de setembro de 2023 Florianópolis |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | Brasileira |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Prémios | Prêmio Chico Mendes (2004) Prêmio Casa de las Américas Cuba (2008) |
Orientador(es)(as) | Lia Osório Machado (Doutorado), Milton Santos (Mestrado) |
Orientado(a)(s) | Carlos Eduardo Mazzetto Silva, Renato Emerson Nascimento dos Santos, Lídia Lúcia Antongiovanni, Paulo Cesar Scarim |
Instituições | Universidade Federal Fluminense, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais |
Campo(s) | Geografia Humana |
Tese | 1998: Nos varadouros do mundo: da territorialidae seringalista à territorialidade seringueira |
Carlos Walter era filho do operário Walter Gonçalves Dionísio e da costureira Alade Porto Gonçalves. Segundo seu próprio depoimento, apesar de ter nascido em 21 de julho de 1949, seu pai o registrou oficialmente em data diferente da realmente ocorrida.[2][3]
Em 1972 concluiu sua graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela mesma universidade concluiria seu mestrado e doutorado, respectivamente em 1985 e 1998.[4][5]
Iniciou sua carreira profissional realizando um trabalho em Campos dos Goytacazes, em uma comunidade pesqueira na região da Lagoa Feia; na ocasião Carlos Walter faz um parecer sobre a secagem da lagoa, essencial para a subsistência da comunidade.[2]
Porto-Gonçalves foi companheiro de luta do líder seringueiro Chico Mendes em Xapuri e foi presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros de 1998 até 2000.[6][1] Apoiou e participou dos chamados “empates”, piquetes de luta formado pelas famílias seringueiras que impediam a destruição das florestas por parte dos fazendeiros.[7] Também apoiou a criação das chamadas Reservas Extrativistas (RESEXs).[7]
Tornou-se professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF), função na qual atuou entre 1987 a 2019, quando se aposentou; ainda nesta instituição também foi integrante do Programa de Pós-graduação em Geografia.[4]
Na década de 1980 fez parte da Convergência Socialista (CS), corrente política do Partido dos Trabalhadores.[7] Sua trajetória política a partir dos anos 1990 se inclina ao movimento Zapatista mexicano e a incorporação de elementos pós-modernos na sua obra acadêmica.[7]
Publica em 2001 a uma de suas obras mais importante; Amazônia, Amazônias. Nela Carlos Walter destaca os protagonistas que lutaram contra a destruição da floresta e mostra que não existe uma “Amazônia” apenas, mas várias “amazônias”. A publicação foi realizada por meio de seus 22 anos de pesquisas sobre a região, e faz críticas a expansão capitalista na região e suas desastrosas consequências.[7]
Em 2003 lança sua Tese de Doutoramento “Nos varadouros do mundo: da territorialidade seringalista à territorialidade seringueira”[7]
Em 2004 ganhou o Prêmio Chico Mendes em Ciência e Tecnologia do Ministério do Meio Ambiente.[6][1] Em 2008 ganhou o Prêmio Casa de las Américas (Cuba) por seu livro ''A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização.[8][5]
Lecionou na Universidad Nacional de Córdoba, na Argentina.[1]
Entre 2022 e 2023 foi Professor Visitante do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas – PPGICH, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).[1]
Carlos Walter, sobre seus trabalhos a respeito da Amazônia, definiu sua atuação como "a política por dentro do próprio processo de constituição social, ou seja, enquanto um processo de intervenção por meio da sociedade e não uma geografia política partindo do Estado".[1]
Ao falecer, Carlos Walter deixou a esposa e uma filha.[2]
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