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competição internacional de futebol entre clubes Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Copa do Mundo de Clubes (português brasileiro) ou Campeonato do Mundo de Clubes (português europeu), oficialmente FIFA Club World Championship (2000 e 2005) e FIFA Club World Cup (2006-2023) (em inglês), também conhecida como Campeonato Mundial de Clubes ou simplesmente Mundial de Clubes, foi uma competição anual de futebol organizada pela FIFA e disputada entre os clubes campeões de todas as seis confederações continentais, CONMEBOL (América do Sul), CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe), UEFA (Europa), CAF (África), AFC (Ásia) e OFC (Oceania), além do representante do país-sede (o campeão do campeonato nacional do país organizador), exceto em 2005 e 2006. Disputada em 2000 e de 2005 a 2023,[2] está sendo continuada com o nome de Copa Intercontinental da FIFA, definindo o campeão mundial anual de clubes.[1][2]
Copa do Mundo de Clubes da FIFA | |||||||||
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O troféu entregue ao campeão mundial anual até 2023 | |||||||||
Dados gerais | |||||||||
Organização | FIFA | ||||||||
Edições | 20 | ||||||||
Outros nomes | Copa Intercontinental da FIFA (a partir de 2024)[1][2] | ||||||||
Local de disputa | Arábia Saudita (última) | ||||||||
Número de equipes | 7 | ||||||||
Sistema | torneio concentrado, eliminatório | ||||||||
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A FIFA, em seu site, se referiu ao Troféu Sir Thomas Lipton como a primeira tentativa de organizar uma Copa do Mundo de Clubes[3] e à Copa Rio Internacional de 1951 — competição organizada pela CBD com o auxílio de dirigentes da FIFA — como o primeiro torneio de dimensão mundial, global, intercontinental de clubes ou a "primeira competição mundial de clubes" de acordo com documento oficial, e outorgando o status de campeão mundial ao vencedor desta competição em 2014.[4][5][6][7][8][9][10][11]
Em outubro de 2017, a FIFA também outorgou o status de campeão mundial aos vencedores da Copa Intercontinental, após pedido do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez. Este torneio foi organizado de 1960 até 1979 por meio de uma parceria entre CONMEBOL e UEFA e a partir de 1980 pela Associação de Futebol do Japão (com supervisão dessas confederações), sendo também renomeada nesta época para Copa Toyota por motivos de patrocínio.[12][13][14] A Copa Intercontinental é entendida pela FIFA como a precursora direta da Copa do Mundo de Clubes.[14]
No entanto, a entidade não promoveu a unificação desses torneios com o seu certame, mantendo-os como competições mundiais distintas.[15][16]
Em 1999 a FIFA anunciou que no mês de janeiro de 2000, realizaria o primeiro mundial de clubes organizado pela entidade. A competição teria a participação de clubes representantes de todas as federações continentais filiadas à FIFA, mesmo que nem todos os times tenham sido campeões de suas competições continentais.
Por fim, a primeira edição da competição ocorreu em janeiro de 2000 no Brasil, e foi vencida pelo Corinthians.[17]
O anúncio da realização da Copa do Mundo de Clubes da FIFA a partir de 2000 levou o jornal O Estado de S. Paulo a supor que a edição de 1999 poderia ser a última edição da Copa Intercontinental. Porém, o mesmo jornal em sua edição de 30 de novembro de 1999 confirmou que os patrocinadores da Copa Intercontinental tinham um acerto com UEFA e CONMEBOL para a realização da mesma até 2003.[18] A FIFA, por outro lado, não conseguiu realizar sua Copa do Mundo de Clubes em 2001, 2002 e 2003, pois a edição de 2001 (prevista para julho e agosto de 2001) foi, em 18 de maio de 2001, postergada para 2003[19][20] e depois cancelada, em função de problemas com patrocinadores e parceiros da FIFA, sobretudo a ISL. Em fevereiro de 2004, a FIFA anunciou a intenção de relançar seu Mundial de Clubes. Após negociações entre a FIFA e os organizadores e patrocinadores da Copa Intercontinental (UEFA, CONMEBOL, Toyota), em maio de 2004 foi anunciado que a Intercontinental seria disputada pela última vez em 2004, e que a partir de 2005 ela seria substituída pela Copa do Mundo de Clubes da FIFA.[21][22]
A segunda edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA ocorreu, assim, em 2005, e a partir desta edição passaram a participar os campeões então vigentes das seis confederações continentais filiadas à FIFA, com critérios estabelecidos e sem convites: na primeira edição da competição em 2000, o Real Madrid participou como convidado, enquanto os representantes sul-americano e asiático já não eram os campeões vigentes daqueles continentes.[23][24][25] Participam da Copa do Mundo de Clubes da FIFA os campeões continentais de UEFA (Europa), CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe), CONMEBOL (América do Sul), AFC (Ásia), CAF (África) e OFC (Oceania), ou seja, os campeões de todas as federações continentais.
O mundial teve como nome oficial "Campeonato Mundial de Clubes da FIFA" e viria a ser incorporado definitivamente no calendário futebolístico apenas em 2005. A partir de sua primeira edição, o certame já teve cinco sedes. O torneio de 2000 foi organizado no Brasil, com a final sendo decidida no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. De 2005 a 2008, o Japão foi o país escolhido para abrigar o campeonato, tendo suas finais acontecendo no Estádio Internacional de Yokohama e voltou a recebê-lo nos anos de 2011, 2012, 2015 e 2016. Em 2009, 2010, 2017, 2018 e 2021 o certame ocorreu nos Emirados Árabes Unidos, com a decisão tendo lugar no Estádio Sheikh Zayed, em Abu Dhabi. A realização do torneio nos anos 2013, 2014 e 2022 passou pelo Marrocos e as edições de 2019 e 2020 foram sediadas no Catar.[26]
Foi durante um jogo da Copa do Mundo de Clubes que o goleiro Iker Casillas, do Real Madrid, alcançou a marca de 700 jogos pela equipe, na partida final contra o San Lorenzo que ainda rendeu o título inédito ao Real Madrid.[27]
A competição teve, até 2023, vinte edições. Os clubes da América do Sul foram campeões em quatro ocasiões, enquanto os europeus venceram as outras dezesseis. Das quatro conquistas sul-americanas, todas são de equipes brasileiras, tendo outro país do continente se sagrado, no máximo, vice-campeão do certame. Já entre as conquistas europeias, oito são da Espanha, quatro da Inglaterra e duas cada da Itália e Alemanha.
Os clubes brasileiros são os únicos não europeus que venceram a competição: Corinthians (2000 e 2012), São Paulo (2005) e Internacional (2006).[28]
A equipe com mais participação é o Auckland City, da Nova Zelândia, a qual esteve presente nos anos de 2006, 2009, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2022 e 2023. O país que mais cedeu equipes para a disputa foi o Brasil com dez representantes, já o México é o país com mais aparições na disputa com dezoito classificações.
Na primeira edição, em 2000, dividiu-se os oito participantes em dois grupos, com classificação do primeiro colocado de cada qual para a decisão, que acabou sendo uma final entre brasileiros, Corinthians e Vasco. O Real Madrid ficou em segundo no grupo A, jogando a disputa pelo terceiro lugar, em que perdeu nos penais para o Necaxa do México; o Manchester United ficou em terceiro no grupo B e quinto na classificação geral.
Nas 19 edições do sistema eliminatório efetivado, a partir de 2005, o representante sul-americano foi eliminado na semifinal seis vezes, enquanto o time europeu se classificou para todas as decisões e vencendo no tempo normal. Na fórmula estabilizada, o sul-americano e o europeu entravam diretamente na fase de semifinais, em chaves opostas.
Campeão da África, TP Mazembe (RD Congo) foi o primeiro clube de fora do continente europeu e da América do Sul a disputar uma final de Copa do Mundo de Clubes, após vencer o Internacional na semifinal da edição de 2010.[30] Em 2013, o marroquino Raja Casablanca foi a segunda equipe africana a disputar a final e a primeira representante do país-sede na decisão depois de 2000, ganhando do Atlético Mineiro. O classificado pela vaga do país-sede se classificaria para a final novamente em 2016 e 2018: o japonês Kashima Antlers e o emiradense Al Ain, que venceram Atlético Nacional e River Plate, respectivamente. A primeira presença da CONCACAF na final ocorreu na edição de 2020 (realizada em 2021 por conta da pandemia de COVID-19), após o mexicano Tigres UANL bater o Palmeiras. O primeiro asiático a chegar na final enquanto campeão da Liga dos Campeões da AFC foi o saudita Al-Hilal, ao vencer o Flamengo, pela edição de 2022.
Das seis vezes que o sul-americano jogou a disputa pelo terceiro lugar (2010, 2013, 2016, 2018, 2020 e 2022), venceu quatro e sofreu dois empates nos 120 minutos (2016 e 2020), sendo que em 2020 não se obteve êxito nas penalidades e o Palmeiras tornou-se a única equipe da CONMEBOL a ficar em quarto lugar.[31]
Ao contrário da Copa Intercontinental, em que os números apresentam equilíbrio entre CONMEBOL (22 títulos) e UEFA (21 títulos), na Copa do Mundo de Clubes da FIFA verificou-se amplo domínio do futebol europeu, que venceu 16 das 20 edições. A responsável pela mudança de quadro, segundo alguns, foi a Lei de Bosman, de dezembro de 1995, que probiu a qualificação de estrangeiro ao jogador nascido na União Europeia enquanto atuar em algum país do bloco.[32][33] Mesmo na antiga competição mundial já era perceptível uma nova ordem no futebol: de 1996 a 2004, a UEFA ganhou sete vezes e perdeu apenas duas.[34] Outro fator para a vantagem da CONMEBOL na Intercontinental é que a transferência para clubes de diferentes continentes era bem menos comum durante boa parte da existência dessa competição, seja entre jovens atletas ou jogadores consagrados.[35][36] Com a globalização do futebol, a Europa concentrou os melhores jogadores dos demais continentes.[37] Em 2010, por exemplo, a Inter de Milão foi campeã europeia e mundial sem nenhum italiano entre os 11 titulares e com uma maioria de sul-americanos.[38][39]
Em 15 de março de 2019, a FIFA lançou o projeto de uma "nova competição histórica de clubes" elaborada pelo Conselho da FIFA desde 2016 com o comitê stakeholders da entidade e outras partes interessadas, um "novo real torneio de clubes", segundo o presidente Gianni Infantino.[40][41][42] De acordo com o presidente, o novo torneio será mais rentável, terá mais jogos e diminuirá os conflitos dos calendários nacionais e as datas FIFA. A proposta foi apresentada pelo conselho da entidade durante reunião em março de 2019 em Bogotá, na Colômbia. A nova competição, inicialmente planejada para ocorrer a partir de 2021, teria a dupla função de substituir os dois torneios que a FIFA considera fracasso de público e crítica: a Copa do Mundo de Clubes e a Copa das Confederações, que teve sua última edição organizada pela Rússia em 2017.
A ideia era que a competição tivesse 24 clubes: oito da Europa, seis da América do Sul e as demais divididas entre os demais continentes. A FIFA deixou para cada confederação continental definir os critérios de classificação ao Mundial. A Associação de Clubes Europeus foi contra o formato do novo torneio.[43] Previsto para ocorrer na China em 2021, a competição teve que ser adiada indefinidamente devido a pandemia de COVID-19,[44][45] assim como sua existência e continuação pela FIFA.[46][47] O orçamento da FIFA não incluía uma edição da Copa do Mundo de Clubes em 2022, com o calendário de competições fechado até 2024 e reaberto a partir de 2025.[48]
Porém, em 16 de dezembro de 2022, foi confirmada a edição de 2022 no Marrocos após vários impasses, com o formato das edições anteriores com sete clubes e disputada no início de 2023.[49][50] Já o novo evento da FIFA foi programado para junho de 2025 nos Estados Unidos, passando a ocorrer a cada quatro anos e com a inclusão de 32 clubes e não 24 como no torneio original planejado para 2021 na China.[51] Em 17 de dezembro de 2023, o Conselho da FIFA definiu que será a primeira edição do novo torneio global da entidade denominado de Mundial de Clubes FIFA (oficialmente escrito em português).[52][53]
Em 2024, surge a nova Copa Intercontinental da FIFA, uma disputa anual entre os seis campeões continentais em sistema eliminatório. Este é o mundial anual de clubes da FIFA, sendo o "novo formato" descrito como "uma evolução do torneio anterior que, anualmente, coroa o principal clube do mundo". Haverá competições intercontinentais anexas, como a Copa África-Ásia-Pacífico e a Copa Challenger, até a definição da vaga na final global, que determinará o campeão mundial.[54][55][1][56][57]
Os critérios que eram usados para um clube participar do campeonato foram as competições continentais ao redor do mundo mais o da principal competição nacional da sede.(*) Apenas tinha a chance de disputar o certame os campeões de cada torneio, listados abaixo:
Entidade | Continente | Classificação |
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Campeão nacional do país sede | ||
Campeão da Liga dos Campeões da CAF | ||
Campeão da Copa dos Campeões da CONCACAF | ||
Campeão da Copa Libertadores da América | ||
Campeão da Liga dos Campeões da AFC | ||
Campeão da Liga dos Campeões da UEFA | ||
Campeão da Liga dos Campeões da OFC |
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