conflito organizado e prolongado entre Estados Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Guerra é um conflito armado [a] entre estados, governos, sociedades ou grupos paramilitares, como mercenários, insurgentes e milícias. Geralmente é caracterizada por extrema violência, agressão, destruição e mortalidade, usando forças militares regulares ou irregulares. A guerra refere-se às atividades e características comuns dos tipos de guerra, ou das guerras em geral.[2] Guerra total é uma guerra que não se restringe a alvos militares puramente legítimos e pode resultar em sofrimento e baixas em massa de civis ou outros não combatentes.
Enquanto alguns estudiosos da guerra consideram a guerra um aspecto universal e ancestral da natureza humana,[3] outros argumentam que é resultado de circunstâncias socioculturais, econômicas ou ecológicas específicas.[4]
A guerra pode acontecer entre países ou entre grupos menores como tribos ou facções políticas dentro do mesmo país (confronto interno). Em ambos os casos, pode-se ter a oposição dos grupos rivais isoladamente ou em conjunto. Neste último caso, tem-se a formação de aliança(s).
Podem ser consideradas como algumas das maiores guerras travadas pela humanidade a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial.
O substantivo "guerra" deriva do vocábulo do frâncico werra, que significa "peleja".[5]
A evidência mais antiga de guerra pré-histórica é um cemitério mesolítico em Jebel Sahaba, que foi determinado ter aproximadamente 14 000 anos. Cerca de quarenta e cinco por cento dos esqueletos apresentavam sinais de morte violenta.[6] Desde a ascensão do estado, cerca de 5 000 anos atrás,[7] a atividade militar ocorreu em grande parte do globo. O advento da pólvora e a aceleração dos avanços tecnológicos levaram à guerra moderna.
A guerra sempre foi alvo de intensos estudos ao longo da história. Um dos tratados mais conhecidos sobre a guerra é de um estrategista militar chinês chamado Sun Tzu em seu conhecido como A Arte da Guerra, é entendido como o tratado mais antigo sobre esse assunto.[8]
Ao longo da borda de uma lagoa seca no leste da África, pesquisadores descobriram o esqueleto do mais antigo exemplo conhecido de uma guerra em pequena escala. Em um ataque planejado, os atacantes mataram 12 caçadores-coletores em algum momento entre 9 500 e 10 500 anos atrás.[9]
Alexandre, o Grande, ordenou que todos os seus soldados raspassem a cabeça e o rosto. Ele acreditava que a barba e cabelos longos poderiam facilitar a tentativa de uma degolada.
No Japão feudal, o Exército Imperial tinha soldados especiais cuja única missão era contar o número de cabeças de inimigos cortadas em cada batalha, para fins matemáticos e estatísticos censitários - estratégicos.
A guerra mais rápida da história durou 37 minutos: no dia 27 de agosto de 1896, uma esquadra inglesa decidiu ancorar no porto de Zanzibar, na África, para assistir a uma partida de críquete. O sultão de Zanzibar não gostou e mandou que seu único navio atacasse os ingleses. Quando o navio abriu fogo, os ingleses o afundaram rapidamente e ainda destruíram o palácio do sultão, matando quinhentos soldados. Zanzibar se rendeu na hora e o sultão fugiu para a Alemanha.[10]
Durante a história humana, ocorreram conflitos[8] de larga escala, principalmente a partir do século XX, vejamos:
Ao longo da história humana, o número médio de pessoas que morrem de guerra oscilou relativamente pouco, sendo cerca de 1 a 10 pessoas morrendo por 100 000. No entanto, grandes guerras em períodos mais curtos resultaram em taxas de baixas muito mais altas, com 100-200 baixas por 100 000 em alguns anos. Embora a sabedoria convencional sustente que as baixas aumentaram nos últimos tempos devido a melhorias tecnológicas na guerra, isso geralmente não é verdade. Por exemplo, a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) teve aproximadamente o mesmo número de baixas per capita que a Primeira Guerra Mundial, embora tenha sido maior durante a Segunda Guerra Mundial.(Segunda Guerra Mundial). Dito isto, em geral, o número de vítimas da guerra não aumentou significativamente nos últimos tempos. Muito pelo contrário, em escala global, o tempo desde a Segunda Guerra Mundial tem sido incomumente pacífico.[13]
Toda guerra tem diversas causas, mas geralmente é possível identificar uma causa principal. Às vezes é difícil distinguir as causas reais de uma guerra, das justificativas e discursos adotados pelos atores envolvidos na guerra. As guerras totais geralmente envolvem várias das causas apresentadas a seguir, simultaneamente.
Dificuldades para analisar a complexidade cultural e social em determinados conflitos geraram alguns dos maiores desastres humanitários do século, como na Guerra Civil em Ruanda. Conflitos em que se usa a motivação étnica como justificativa são encontrados principalmente em países que foram colônias durante os séculos XIX e XX, onde o Estado Nacional ainda não se estruturou por completo nem há uma clara identidade nacional além dos laços familiares, de clãs ou étnicos.
A moralidade da guerra tem sido objeto de debate há milhares de anos.[18]
Os dois principais aspectos da ética na guerra, segundo a teoria da guerra justa, são o jus ad bellum e o jus in bello.[19]
A Primeira Guerra Mundial matou mais de 16 milhões de pessoas. A Segunda Guerra, mais 70 milhões. Segundo a ciência econômica convencional, a guerra desgasta a economia.[20]
A quantidade de conflitos e o grande desenvolvimento dos meios de comunicação no século XX permitiram sensibilizar populações de diversos países sobre os problemas ocorridos principalmente durante a Guerra Fria e nos anos que a seguiram. Missões de paz tornaram-se cena comum, apesar dos diversos problemas enfrentados.
Hoje, o principal produto das guerras, além da destruição, é o grande número de refugiados. A situação dos refugiados nos seus próprios países é precária e insegura.
Existem diferentes formas de classificação, sendo: segundo as causas, o desenvolvimento, a intensidade, a abrangência geográfica ou a estratégia e o tipo de armamento principal utilizado. Algumas guerras podem ser incluídas em mais de uma modalidade, quando se considera elementos como a escala geográfica ou a escala de intensidade do conflito, ou ainda as causas ou origem da conflagração. É sempre interessante notar que geralmente uma guerra possui várias causas, ou seja, causada por variáveis distintas mas simultâneas. Raramente uma guerra tem uma única causa. Porém, Sun Tzu, em seu tratado A Arte da Guerra, alerta que todas são de conquista.
Clausewitz dividia o estudo da Guerra em dois níveis, sendo o primeiro nível aquele da Guerra Total (virtual) e da Guerra Absoluta (forma de guerra total real ou possível), e o segundo nível, o da Guerra Regional, ou de delimitação de fronteiras.[25]
Considerando-se apenas a área de abrangência, as guerras modernas poderiam ser divididas em 3 níveis: Local, Regional e Global. Considerando-se simultaneamente a área geográfica de abrangência e a intensidade do confronto militar, pode-se dividir uma guerra em até 4 níveis: Guerra Mundial, Guerra Continental ou Guerra Inter-regional, Guerra Regional e Guerra Local Guerra Inter-regional.[26][27][28]
Combate próximo, de fogo com mistura de armas e/ou cargas de baioneta. Uso de cavalaria para reconhecimento e eventuais cargas rápidas. Artilharia como apoio à tropa. No mar, grandes encouraçados e duelos de artilharia.
Início da mecanização da guerra, com o desenvolvimento de tanques de guerra e outros carros de combate.
A Primeira Guerra foi basicamente uma guerra de posições (trincheiras).
A Segunda Guerra foi uma guerra de manobras. O desenvolvimento dos veículos permitiu mais mobilidade, a força aérea iniciou os bombardeios estratégicos.
Apesar das diferenças táticas e tecnológicas, os conflitos foram bastante semelhantes, com muito contacto próximo.
Neste período, foram aperfeiçoadas diversas invenções da Segunda Guerra, tais como: mísseis balísticos, propulsão a jato, helicópteros e o armamento nuclear. (ver também: Guerra Fria Árabe)
Os conflitos deste período apresentam grande variedade técnica. Países pobres ou grupos guerrilheiros utilizaram armamento pouco superior ao visto no período anterior. Armas leves, minas terrestres e técnicas de guerrilha foram comuns. Países ricos mantiveram seu arsenal atualizado e adaptaram suas táticas e estratégias aos novos armamentos disponíveis.
Televisão e satélites passaram a influenciar os conflitos. As imagens mobilizaram a opinião pública, os satélites revolucionaram a análise de dados e a captação de informações.
o colapso soviético gerou a desmobilização de diversos exércitos, mas também causou conflitos. Informática, armamento nuclear tático, mísseis e bombas "inteligentes" guiados por satélite, GPS ou laser passaram a ser usados para reduzir o custo humano entre os exércitos de países ricos. A tendência para estes países é abandonar os grandes contingentes visando a maior utilização das chamadas "tropas especiais" ou "tropas de elite". Estas tropas atuam em números menores, amplamente amparadas pela tecnologia e são treinadas especialmente para missões em guerras irregulares.
Para os países pobres, continuam valendo os níveis técnicos inferiores. Não há uma regra, conflitos podem ser travados com facções ou metralhadoras, mas raramente apresentam blindados, aviação e marinha. Tais elementos aparecem apenas em pequenas quantidades.
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