Luís da Câmara Reis (Lisboa, 20 de abril de 1885 — Estoril, 27 de outubro de 1961), frequentemente referido como Câmara Reys, professor, jornalista e defensor da causa democrática em Portugal, fez parte do grupo de intelectuais que em 1921 fundou a revista Seara Nova. Ainda na area do jornalismo, foi diretor do jornal A republica portugueza [1] (1910-1911), e colaborou nas revistas: Serões [2] (1901-1911), Illustração portugueza[3] iniciada em 1903, Arte & vida [4] (1904-1906), Atlântida[5] (1915-1920), Homens Livres [6] (1923) e Lusitânia [7] (1924-1927).
Luís da Câmara Reis | |
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Nascimento | 20 de abril de 1885 Lisboa |
Morte | 27 de outubro de 1961 (76 anos) Estoril |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Cônjuge | Ema Romero da Câmara Reis |
Alma mater | |
Ocupação | jornalista, escritor, professor, ensaísta |
Biografia
Nasceu em Lisboa, filho de um casal de açorianos da ilha Terceira, o conselheiro Luís António dos Reis e Cristina Amélia da Câmara Lima. A mãe pertencia a uma família de literatos, pois era irmã do jornalista Teotónio Simão da Câmara Lima.[8] Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra no ano de 1907, mas optou pelo ensino. Foi professor de língua francesa do ensino secundário, mas dedicou boa parte do seu tempo ao jornalismo.[9]
Colaborou assiduamente em diversas revistas e jornais, entre os quais A Capital, O País, Gazeta de Notícias (do Rio de Janeiro) e O Intransigente (de Luanda). Dirigiu o periódico intitulado República Portuguesa (1910-1911). Republicano e democrata foi contudo desde o início um crítico das instituições republicanas, tendo-se distinguido como corajoso e persistente lutador pela causa democrática. Foi um dos fundadores da Seara Nova, periódico que dirigiu por 40 anos, desde 1921 a 1961. Empenhou-se no projecto seareiro, nos bons e maus momentos, na qualidade de crítico e de cronista.[10][11]
No campo da crítica literária deixou também obra significativa, com destaque para a sua obra As questões morais e sociais da literatura.[12] Também produziu manuais e escolares e publicou obras de ficção, com destaque para os contos.[13]
Foi casado com D. Ema Romero, conhecida musicóloga e cantora.[9]
Obras
Para além de vasta obra dispersa por periódicos, é autor das seguintes obras:
- Paris!. Lisboa, França Amado Ed. 1907;
- O melhor caminho: dois actos em prosa (1907);
- Cartas de Portugal: (para o Brazil) 1906-1907 (1907);
- «A ilha Terceira pitoresca» in Serões, Lisboa, n.º 21, março de 1907;
- Contos de Março. Lisboa, Liv. Ferreira Ed. 1909;
- Vida política. Lisboa, edição do autor, 1913;
- Natal (1921);
- Os quarenta imortais (1921);
- Conferência sobre a peça Adão e Eva de Dr. Jaime Cortesão (1921);
- Cidades antigas, terras mortas (1926);
- Petits essais litteraires (1930);
- As questões morais e sociais na literatura (3 volumes). Lisboa, Seara Nova, 1941-1946;
- Prefácio, in António Correia, Poucos conhecem os Açores, pp. IX-XVI. Lisboa, edição do autor, 1942;
- As questões morais e sociais na literatura : V : Teófilo Braga (1943);
- Divagações musicais : dos trovadores a Vila-Lôbos (1944);
- Costa do Sol (1958);
- Raúl Proença (1985).
Referências
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