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A Bulgária Maior, por vezes chamada de Grande Bulgária, é um termo político que identifica as áreas associadas com o histórico Estado-nação e o moderno movimento nacionalista irredentista búlgaro que pretende incluir ao território da Bulgária atual algumas regiões como: a planície entre o Rio Danúbio e a Cordilheira dos Bálcãs (Stara Planina), o norte e o sul da Dobruja, a região de Sófia, Pirot e Vranje no vale da Morava, Trácia do Norte e partes do leste da Trácia e quase toda a região da Macedônia.
A Bulgária Maior foi sugerida pelo Tratado de San Stefano. A questão do irredentismo e do nacionalismo ganharia maior destaque após a criação da Bulgária moderna na sequência desse em 1878. No entanto, o Congresso de Berlim retomou alguns desses territórios, devolvendo-os ao controle do Império Otomano.
As revoltas nacionalistas de 1877 na Bósnia e Herzegovina (Revolta Herzegovina) e na Bulgária (Revolta de Abril) foram duramente reprimidas pelo Império Otomano.[1] Em resposta, o czar Alexandre III da Rússia, membro da Liga dos Três Imperadores, interveio militarmente em apoio da Sérvia e de Montenegro. Em fevereiro de 1878, o czar já estava às portas de Istambul. O Reino Unido pressionou o Império Russo a firmar uma negociação, temendo que a capital otomana poderia ser tomada. Em 3 de março de 1878, foi assinado o Tratado de San Stefano, em que a Bulgária absorveu a Macedônia e teria uma autonomia limitada sob protetorado russo sob o nome de Bulgária Maior. Isso, fez pender a balança nos Bálcãs em favor do Império Russo, o que fez rapidamente com que a Grã-Bretanha e o Império Austro-Húngaro pressionassem Otto von Bismarck para que o tratado fosse modificado.[1] Quase cinco meses depois, em 23 de julho, foi realizado o Congresso de Berlim, que reestruturou o mapa político dos Bálcãs, onde a Bulgária Maior foi dissolvida, mais uma vez se tornando um Estado às expensas do Império Otomano (Principado da Bulgária, que era uma entidade autônoma dentro do Império). [1]
No início do século XX, o controle sobre a Macedônia era um ponto importante da disputa entre o Império Otomano, a Bulgária, a Grécia e a Sérvia, que lutaram tanto na Primeira Guerra dos Bálcãs de 1912-1913 como na Segunda Guerra dos Bálcãs de 1913. A área foi ainda mais disputada durante a Campanha da Macedônia durante a Primeira Guerra Mundial (1915-1918).
Pouco antes de entrar na Segunda Guerra Mundial, a Bulgária teve, pacificamente assegurado o retorno da Dobruja do Sul da Romênia pelo Tratado de Craiova. A Bulgária Maior foi recriada como um Estado durante a Segunda Guerra Mundial pela Alemanha nazista, como uma recompensa à Bulgária, que tinha lutado com a Alemanha como uma das potências do Eixo. Foi concedido territórios da Grécia, designadamente, a Macedônia Oriental e partes da Trácia Ocidental, bem como a Macedônia iugoslava (Macedônia Vardar).[2] Com exceção da Dobruja, essas concessões foram revertidas com a vitória dos Aliados.
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