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Rorqual, baleia-de-bossa ou balenopterídeo[1] é a designação comum dada aos cetáceos da família Balaenopteridae, o maior taxon do grupo das Mysticeti ou baleias-de-barbas, incluindo nove espécies repartidas por dois géneros. A designação rorqual deriva do norueguês e significa baleia com pregas. Todos os membros desta família tem um conjunto de pregas na pele que se iniciam na parte inferior da boca e se estendem até ao umbigo (excepto a baleia-sei ou rorqual-sardinheiro, que as tem mais curtas).
Os rorquais incluem a baleia-azul, o maior animal conhecido que habitou a Terra, podendo atingir as 150 toneladas de peso, e duas outras espécies que em geral ultrapassam as 50 toneladas (o rorqual-comum e o rorqual-de-bryde. Mesmo o membro menor da família, o rorqual-anão-boreal, em geral ultrapassa as 9 toneladas de peso.
As pregas de pele que deram o nome à família permitem uma grande expansão da boca quando o animal se alimenta, o que se revela de grande utilidade, dado que a baleia é obrigada a filtrar por entre as suas barbas enormes volumes de água que necessita de acumular na boca.
A designação de "Minke" por vezes dada em inglês e noutros idiomas aos membros menores da família parece derivar do nome de um arpoador norueguês ou alemão chamado Meincke, que nos princípios do século XX terá confundido um rorqual-anão com uma baleia-azul.
Os rorquais distribuem-se por todos os oceanos do planeta. A baleia-azul, o rorqual-comum, a baleia-jubarte, o rorqual-sardinheiro e os rorquais-anões têm distribuição global, encontrando-se em todos os oceanos. A baleia-de-bryde ocorre no Atlântico, Pacífico e Índico, estando apenas ausente das águas frígidas do Árctico e Antárctico.
A maioria dos rorquais são oceânicos, sendo excepção os rorquais-de-Bryde, que geralmente vivem junto às costas, e as baleias-de-bossa que passam ocasionalmente pelas águas costeiras nos seus movimentos migratórios.
Estranhamente, são as espécies maiores e as mais pequenas — a baleia-azul e os rorquais-anões — aquelas que frequentam as águas mais frias. Os rorquais-comuns tendem a não se aproximar das banquisas polares, o mesmo acontecendo com o rorqual-sardinheiro.
Dentro de cada espécie são os indivíduos mais corpulentos aqueles que tendem a avançar mais em direcção aos pólos, enquanto que os mais jovens e mais activos tendem a permanecer na águas circumpolares por mais tempo antes de iniciarem as suas migrações anuais.
A maior parte dos rorquais reproduz-se em águas temperadas, durante o Inverno do respectivo hemisfério, e depois migra para as zonas circumpolares para se alimentar nas águas ricas em plâncton e krill dessas regiões durante o verão polar.
Taxonomicamente a família Balaenopteridae (rorquais) está dividida em duas subfamílias — Balaenopterinae e Megapterinae. Cada subfamília inclui um único género — Balaenoptera e Megaptera respectivamente. Contudo, a filogenia das várias espécies de rorqual demonstra que a presente divisão é parafilética e que pode necessitar de reajustamento.
Em Novembro de 2003 foi anunciada a descoberta de um novo membro da família dos balenopterídeos: foram recolhidos nos oceanos Índico e Pacífico exemplares da Balaenoptera omurai, que se assemelha, embora seja menos corpulenta, ao rorqual-comum.
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