Baixa de Quintas, também chamada de Quintas, é um bairro da capital do estado brasileiro da Bahia.[1]
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bairro no Brasil (d) |
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Localizado entre o Dois Leões, Macaúbas (ao sul), Barbalho (a oeste), Cidade Nova (a leste) e Caixa D'Água (a norte), sua principal via de acesso dá-se justamente na confluência da avenida Barros Reis com a rua Cônego Pereira. As principais vias que cortam o bairro são a Estrada da Rainha, a rua Quinta dos Lázaros e rua General Argolo.[carece de fontes]
História
No lugar, afastado do núcleo onde desenvolvia-se a cidade do Salvador, então o centro principal do Brasil Colônia, construíram os jesuítas, no século XVI uma quinta - ou seja um local para descanso, imponente construção ainda existente e onde funciona o Arquivo Público da Bahia.
Esta Quinta secular deu nome ao bairro, hoje com estrutura residencial e comercial ativa. É ali que está localizado um dos mais antigos cemitérios da capital baiana: o Cemitério da Quinta dos Lázaros, como é conhecido - junto ao Cemitério da Ordem Terceira de São Francisco e ao Cemitério Israelita.
Complexo de cemitérios
Construído a partir da década de 1850, após a epidemia de cólera morbus que assolou a cidade de Salvador, o cemitério da Quinta dos Lázaros divide o terreno com outras quatro necrópoles: dos Humildes de São Francisco, da Ordem Terceira de São Francisco e Ordem Terceira do Carmo. O cemitério israelita fora construído apenas no século XX. Situados no alto de uma encosta, esses cemitérios, segundo Clarival do Prado Valladares, foram projetos conforme “os conceitos sanitaristas e urbanísticos da época”.[2] E, como aponta João José Reis, foram pensados para atender à demanda das irmandades e confrarias da cidade, devido a primazia da Santa Casa de Misericórdia da Bahia[3] e seu cemitério do Campo Santo.
Ainda de acordo com Valladares, é característico desse conjunto de cemitérios a presença de “bromélias, crótons, filodendros e ervas [...] representativos da simbologia religiosa africana”, pois nessas necrópoles diversos líderes do candomblé foram sepultados ao longo do século passado.[4]
Segundo Flávio Souza Batista, o complexo cemiterial foi construído, respectivamente, a partir de 1856 (Quinta dos Lázaros e Ordem Terceira de São Francisco), seguidos do cemitério dos Humildes de São Francisco, em 1857 e pelo da Ordem Terceira do Carmo, em 1877 que, contudo, só ficaria definitivamente concluído em 1919 com o término das obras do pátio da capela.[5]
Referências
- Brito, George (17 de outubro de 2008). «Baixa de Quintas guarda ecos da história». A TARDE. Consultado em 1 de março de 2022
- VALLADARES, Clarival do Prado (1967). Riscadores de milagres: um estudo sobre arte genuína. [S.l.]: Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia. pp. 115–116
- REIS, João José (1991). A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras. 338 páginas
- VALLADARES. [S.l.: s.n.] 116 páginas
- BATISTA, Flávio Souza (2014). RISCOS AMBIENTAIS DO COMPLEXO DE CEMITÉRIOS QUINTA DOS LÁZAROS. Salvador: [s.n.] pp. 40–55
Ligações externas
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