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distribuidora de combustível e loja de conveniência brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Vibra (anteriormente BR Distribuidora)[4] é uma sociedade anônima de capital aberto sediada na cidade do Rio de Janeiro. Fundada no dia 12 de novembro de 1971, foi subsidiária da Petrobras até julho de 2019.[5] Atua no segmento de distribuição e comercialização de combustíveis derivados de petróleo, biocombustíveis, além de lubrificantes, emulsões asfálticas e produtos químicos.
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Vibra | |
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Logotipo da empresa | |
Razão social | Vibra Energia S.A. |
Nome(s) anterior(es) | Petrobras Distribuidora (1971-2021) |
Empresa de capital aberto | |
Slogan | Se tem energia, Vibra. |
Cotação | B3: VBBR3 |
Atividade | Combustíveis |
Fundação | 12 de novembro de 1971 (53 anos) |
Fundador(es) | Petrobras |
Sede | Cidade Nova, Rio de Janeiro |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Presidente | Ernesto Pousada |
Empregados | 3 364 (2022)[1] |
Produtos |
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Marcas | Próprias
Licenciadas
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Serviços |
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Subsidiárias |
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Acionistas | |
Valor de mercado | R$ 16.8 bilhões (2023)[3] |
Ativos | R$ 41.1 bilhões (2022)[1] |
Lucro | R$ 1.53 bilhão (2022)[1] |
LAJIR | R$ 1.93 bilhão (2022)[1] |
Faturamento | R$ 213.3 bilhões (2022)[1] |
Website oficial | www |
Presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal com mais de 8.350 postos de serviços licenciado a bandeira Petrobras, é a maior empresa do setor de distribuição de combustíveis e lubrificantes, e uma das maiores no setor de energia do país.[1][4][6] Tem como suas principais concorrentes a Ipiranga e a Raízen (joint venture formada entre a Shell e a Cosan).[7]
Em 1971, no período conhecido como "milagre econômico brasileiro" no Governo Médici, com o PIB do país crescendo a taxas superiores a 10% ao ano, o consumo interno de derivados de petróleo estava impulsionado. Nesse contexto, e dentro de um cenário de transformações na Petrobras, foi criada a Petrobras Distribuidora, ou simplesmente BR. Nesta ocasião, recebeu os 840 postos de combustíveis já existentes no Brasil com a bandeira Petrobras e 21% do mercado de distribuição.
Em 1973, lança a linha de lubrificantes automotivos Lubrax, presente no mercado até os tempos atuais.[8]
Em 1974, assume o posto de maior distribuidora de derivados do petróleo do país.
Em 1992, cria em conjunto com o Governo do Estado de Pernambuco, por meio de sua subsidiária Gaspetro, a Copergás, passando esta a herdar a rede de gasodutos herdados da Petrobras. Nesta operação, a companhia tem 24,5% de participação, juntamente com o governo de Pernambuco (51%) e com a multinacional Mitsui Gás e Energia (24,5%). Em 2017, o Governo de Pernambuco anuncia que tem interesse na venda da sua participação na Copergás.[9]
Em 1993, numa manobra para integrar os sistemas, a Petrobras passa a utilizar o logo da BR, sendo este usado pelo Sistema Petrobras até os dias atuais.[8]
Já em 1994, inaugura a BR Mania, loja de conveniência integrada em seus postos de serviço. A BR Mania foi a primeira do setor no Brasil, existente até os dias atuais. Nas lojas, destacam-se os produtos de marca própria que contemplam uma linha completa, envolvendo hambúrguer, sanduíches naturais, salgados, doces, massas, pizzas e pratos gourmet, inclusive a tradicional feijoada. Além disso, as lojas BR Mania contam com os serviços diferenciados BR Mania Café e BR Mania Padaria, que ofertam produtos especialmente desenvolvidos para a BR Mania.[10]
Em 2000, anuncia o fechamento do seu capital. Á época, o diretor da Área Financeira da Petrobras, Ronnie Vaz Moreira, disse que a medida tem o objetivo de adequar o perfil da Petrobras ao das suas concorrentes no mercado internacional e também baratear custos, acabando com a obrigatoriedade de a BR apresentar trimestralmente seus números ao mercado. A operação foi avaliada em R$ 350 milhões.[11]
Em 2004, anuncia a compra da Agip do Brasil, que operava com a marca Liquigás, por US$ 450 milhões. A compra resultou na criação de uma subsidiária, a Liquigás Distribuidora.[12]
No ano de 2007, foi parte de um consórcio formado pelo Grupo Ultra, Petrobras e Braskem, que adquiriu os ativos do Grupo Ipiranga, do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, assumiu os postos da Ipiranga nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além da Ipiranga Asfaltos (posteriormente transformada em Stratura Asfaltos). Já os postos das regiões Sul e Sudeste ficaram nas mãos do Grupo Ultra, que, á época, não tinha participação no mercado de refino de combustíveis. Os ativos petroquímicos ficaram com a Braskem. A Petrobras desembolsou US$ 1,3 bilhão, a Braskem US$ 1,1 bilhão, enquanto o Grupo Ultra se comprometeu a trocar as ações dos minoritários da Ipiranga.[13]
Em dezembro de 2017, reabre seu capital na B3, sendo listada no Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa. Até então, o IPO da companhia havia sido o maior desde 2013, arrecadando R$ 5 bilhões por 28,75% da companhia. A venda fez parte de uma reestruturação corporativa tendo em vista a redução do endividamento da Petrobras, o maior de uma petroleira no mundo.[14]
Em 2018, anuncia a venda da Liquigás para a Ultragaz, do Grupo Ultra. Porém, em fevereiro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) decidiu vetar a compra da empresa pelo Grupo Ultra.[15] Na ocasião, a Petrobras recebeu R$ 286,2 milhões de multa rescisória pelo barramento da operação pelo CADE do Grupo Ultra.[16]
Em 2020, um consórcio formado pela Copagaz, a holding Itaúsa e a Nacional Gás anunciou a compra da Liquigás, por R$ 4 bilhões. A operação foi aprovada e concretizada em dezembro do mesmo ano.[17]
Em 2021, adquiriu a trading Comerc, em um esforço de aproximar a companhia de energias renováveis. A aquisição custou R$ 2 bilhões e inicialmente contou com uma participação de 30%.[18] Posteriormente, em 2022, adquiriu 20% da Comerc, conforme pactuado na aquisição inicial. A segunda tranche custou R$ 1,22 bilhão e fez a participação da companhia na Comerc subir para 48,70%.[19]
Até 2017, a Petrobras detinha 100% das ações da companhia, quando então vendeu 28,75% das ações por R$ 5 bilhões. A operação foi parte de um plano para reduzir o endividamento da petroleira brasileira.[14]
Em julho de 2019, ao reduzir sua participação na empresa de 71,25% para para 41,25%, arrecadando R$ 8,56 bilhões com a operação, a Petrobras vendeu o controle acionário da BR Distribuidora na bolsa de valores, tornando a companhia uma empresa privada. Pouco depois, a Petrobras colocou um lote adicional de papéis à venda, reduzindo para 37,5% das ações da BR, não descartando, porém, a venda desse restante. Segundo o Presidente da Petrobras na época, Roberto Castello Branco, a empresa iria focar na produção e exploração de óleo e gás, abrindo mão de qualquer operação distinta.[20]
A Petrobras vendeu a parte restante de suas ações na BR em julho de 2021. Foram vendidas 436 milhões de ações, movimentando um total de R$ 11,3 bilhões, com fundos de investimentos adquirindo 57,6% dessas ações. O Samambaia Master Fundo de Investimento em Ações, gerido pelo ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho, se tornou o maior acionista da BR Distribuidora, com o equivalente a 7,95% do capital social da companhia.[21][22][23]
No dia 19 de agosto de 2021, a BR Distribuidora mudou sua identidade visual, que era utilizada há mais de 40 anos, passando a se chamar Vibra. Segundo o então presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, apesar da mudança do nome a empresa continuará utilizando a sigla BR na rede de 8,3 mil postos de combustíveis em todo o país.[4][24]
Após a mudança da denominação social, em 22 de outubro de 2021 as ações da empresa passaram a ser negociadas na B3 sob novo código de negociação VBBR3. A companhia justificou a mudança de marca, alegando se tratar de novo posicionamento, focada em evolução constante.[25][26][27][28]
Em 10 de junho de 2009, é inaugurado o 1º posto do Brasil voltado para o abastecimento de veículos elétricos, no Rio de Janeiro.[29] Denominada Eletroposto, a unidade é composta por dois pontos de recarga para motos e carros com saídas de 110 ou 220 volts. O projeto, que utiliza energia solar, foi concebido com tecnologia exclusivamente nacional.[30][31]
Em 2022, inaugurou o primeiro eletroposto rodoviário para recarga ultrarrápida na rodovia Presidente Dutra (sentido Rio de Janeiro) e o primeiro posto 100% elétrico a oferecer carregadores ultrarrápidos em um ambiente exclusivamente projetado para a recarga de veículos elétricos.[1]
No mundo, existem alguns padrões sendo desenvolvidos para as Estações de Recarga de veículos elétricos.
Em 2014, o Conselho de Administração da BR Distribuidora exonerou Nestor Cuñat Cerveró do cargo de diretor financeiro da empresa. Cerveró era o diretor da área internacional da Petrobras em 2006, quando a estatal comprou 50% da Refinaria de Pasadena (EUA). A transação se tornou objeto de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU), da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) devido a suspeitas de superfaturamento.[32] O ex-diretor seria mais tarde condenado à seis anos de prisão por corrupção passiva no âmbito da Operação Lava Jato.[33]
A empresa esteve ainda envolvida em diversas denuncias de corrupção. Em 2017, o Senador Fernando Collor (PTB/AL) se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de acusado de receber mais de R$ 30 milhões em negócios da BR Distribuidora.[34] Segundo o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria concedido ascendência ao Senador Collor sobre a BR Distribuidora em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional.[35][36]
Em 2018, executivos da BR, Shell e Ipiranga foram presos em operação da PF sob suspeita de integrar uma quadrilha que controlava de forma indevida o preço final do litro do combustível na cidade de Curitiba.[37] No mesmo dia, outra operação da PF prendeu mais três gerentes da BR, também acusados de formação de cartel, no Distrito Federal.[38] O que levaria a Justiça do DF a decretar bloqueio de R$ 263 milhões de contas da companhia como medida preventiva para eventual ressarcimento de prejuízos.[39]
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