Boris Godunov (ópera)
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Boris Godunov é uma ópera de Modest Mussorgsky, baseada no drama homônimo de Alexander Pushkin e na História do império russo de Nikolai Karamzin. Estreou em 8 de fevereiro de 1874 no Teatro Mariinsky, em São Petersburgo.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Junho de 2013) |
Boris Godunov | |
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(personagem-título) | |
Idioma original | Russo |
Compositor | Modest Mussorgsky |
Libretista | Modest Mussorgsky |
Tipo do enredo | Épico |
Número de atos | 4, precedidos de um prólogo |
Número de cenas | 9 |
Ano de estreia | 1874 |
Local de estreia | Teatro Mariinsky, São Petersburgo |
Sob muitos aspectos, a mais "russa" de todas as óperas, é um espetáculo grandioso e sombrio em que, o povo russo, ao mesmo tempo sofredor e invencível, desempenha o papel principal. Mussorgsky investiu enorme energia nessa obra. Escreveu o libreto, que condensou o drama de Pushkin, e fez uma revisão completa da partitura após sua rejeição pelo Teatro Mariinsky. A trama era aceitável aos Romanov por descrever a desordem na Rússia no início do século XVII, muito antes de sua ascensão ao poder. Era também patriótica, retratando a resistência a uma invasão polonesa. Acima de tudo, com seus coros e árias melancólicas permeados por canções folclóricas e cantos ortodoxos, Boris Godunov assemelha-se a um vasto tableau vivant da conturbada história da Rússia e de sua alma torturada.
Diante do mosteiro de Novodevitchy, guardas mandam a multidão implorar a Boris Godunov que aceite suceder o Tsar Fyodor. Em Moscou, Boris é coroado e o povo celebra sua aparição, mas o Tsar está cheio de maus pressentimentos.
Seis anos depois, no mosteiro de Chudvov, o padre Pimen escreve a crônica da história russa. Grigory, outro monge desperta, e Pimen recorda Ivan, o terrível e seu filho, Fyodor. Pimen afirma que os assassinos de Dimitry, o jovem meio-irmão de Fyodor, confessaram a ordem de Boris e observam que hoje Dimitry teria a idade de Grigory. Num albergue perto da Lituânia, Grigory entra com dois monges mendicantes. Guardas vem prendê-lo e ele foge.
Boris reconforta sua filha, Xenia e diz ao filho, Fyodor que estude com afinco. Avalia então, triste, seu terrível destino, sempre com o sono conturbado por imagens de uma criança ensanguentada. Shuisky, vem falar de Dimitry, pretendente ao trono de Boris. O monarca responde que uma criança morta não pode desafiar tsar coroado, mas se pergunta se o menino morto era mesmo Dimitry. Quando Shuisky descreve as feridas em seu corpo, Boris vê o fantasma de Dimitry. Em pânico, implora misericórdia a Deus.
Num castelo na Polônia, Marina, a filha do governador, sonha tornar-se tsarina. O jesuíta Rangoni a exorta a converter a Rússia ortodoxa ao catolicismo. Para isso, diz, ela deve seduzir Grigory. Marina objeta, mas Rangoni a repreende. Ali perto, Grigory sonha com ela. Marina afirma que só o trono russo a tenta. Com raiva, ele responde que, uma vez coroado, rirá dela. Ela declara-lhe amor.
O Idiota tem seu último copeque roubado por moleques e pede a Boris que os mate, assim como matou Dimitry. Boris pede suas oreções, mas o místico responde que não pode rezar por Herodes. Transtornado, Boris aparece no conselho dos boiardos, imaginando que o pequeno Dimitry está vivo. Pimen relata um milagre no túmulo do menino. Sufocando, Boris nomeia o filho, seu sucessor e morre. Numa floresta, Grigory convoca o povo russo a segui-lo. A multidão se afasta e o Idiota chora lágrimas amargas pela Rússia.
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