Avelãs de Caminho
freguesia do município da Anadia, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
freguesia do município da Anadia, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Avelãs de Caminho é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Avelãs de Caminho do Município de Anadia, freguesia com 6,45 km² de área[1] e 1294 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 200,6 hab./km².
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Freguesia | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização no município de Anadia | ||||
Localização de Avelãs de Caminho em Portugal | ||||
Coordenadas | 40° 28′ 45″ N, 8° 27′ 12″ O | |||
Região | Centro | |||
Sub-região | Região de Aveiro | |||
Distrito | Aveiro | |||
Município | Anadia | |||
Código | 010304 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 6,45 km² | |||
População total (2021) | 1 294 hab. | |||
Densidade | 200,6 hab./km² | |||
Código postal | 3780 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santo António |
A antiga vila e burgo de Avelãs do Caminho documenta-se desde tempos anteriores à fundação da nacionalidade. Foi durante séculos sede de um pequeno município. Do ponto de vista religioso, estava integrada na freguesia de São Vicente de Sangalhos. São relevantes as seguintes referências [3]:
Até ao primeiro terço do século XIX, existiu em Avelãs do Caminho uma companhia de ordenanças que fazia parte da capitania-mor de Sangalhos.
No âmbito das reformas do século XIX, as ordenanças foram extintas e bem assim a maioria dos pequenos municípios. O velho concelho de Avelãs do Caminho deu origem a uma freguesia civil, integrada desde o início no concelho (atual município) de Anadia. Nessa mesma época, a paróquia ficou também completamente autonomizada da paróquia de Sangalhos.
A primeira referência escrita a "Avelãs" (na forma "avellanas") pode ler-se num documento datado de 11 de Março de 934 [7], onde se faz a divisão do património de Guterre Mendes, filho de Hermenegildo Guterres, conde de Coimbra. De onde lhe vem esse nome?
Segundo relata o Padre António Nogueira Gonçalves[8] no seu Inventário Artístico de Portugal [9], depreende-se que avelanas “deveria ter sido o nome da região baixa daquela ribeira que, vinda de nascente das alturas do Boialvo, vai afluir ao Cértoma pela margem direita «ubi se avelanas infundit in certoma», relata-nos um documento de 1064 (Inventário dos bens pertencentes ao Mosteiro da Vacariça), dela tomando nome as duas actuais sedes de freguesia [Avelãs de Caminho e Avelãs de Cima] e o pequeno curso fluvial”.
Por vezes pensa-se que que a região fosse densamente povoada de aveleiras, o que ocasionaria que aquele curso fluvial (Ribeiro da Serra da Cabria) adquirisse o nome “avelanas”.
Contudo, não há evidências de que assim tenha sido. Fernando Almeida [10] nos seus estudos de toponímia, refere-se assim ao topónimo avelã:
Esta tese encaixa perfeitamente naquilo que se sabe sobre a história antiga da povoação, visto que existiu, na Idade Média, um Paço utilizado para pernoita da Comitiva Real nas suas viagens entre o norte e o sul do território.
Na carta de couto para Barrô, dada a 14 de Fevereiro 1132 por D. Afonso Henriques ao Bispo de Coimbra D. Bernardo, Avelãs de Caminho aparece pela primeira com a designação avelanas deiusanas (Avelãs de Jusão [ou de Baixo]), distinguindo-se assim da povoação homónima, Avelãs de Cima.
No trecho que se apresenta de seguida podem ler-se as confrontações daquele couto:
“(…) et inde quomodo diuiditur agualata cum sangalios et inde quomodo diuiditur agualata cum auelanas deiusanas et inde quomodo diuiditur agualata cum auellanas desusanas et inde quomodo diuiditur ista agalata cum agulata de susana (…)”.
Leitura
"(...) e ainda como confronta Aguada [de Baixo] com Sangalhos, e ainda como confronta Aguada [de Baixo] com Avelãs de Jusão e ainda como confronta Aguada com Avelãs de Cima e ainda como confronta esta Aguada [de Baixo] com Aguada de Cima (...)"
Mais tarde, a designação "de Baixo" evoluiu para "do Caminho", pelo facto de se ter verificado uma alteração no traçado da principal via que atravessava o país de norte a sul: a antiga via militar romana que ligava Braga a Lisboa. Inicialmente, aquela via atravessava Sangalhos, mas no século XII passou a cruzar Avelãs de Caminho, tendo sido entretanto rebatizada de Estrada Real.
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[12] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 204 | 144 | 635 | 253 |
2011 | 180 | 120 | 665 | 287 |
2021 | 128 | 135 | 687 | 344 |
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