Autoplágio
Plágio dos próprios textos já publicados Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Plágio dos próprios textos já publicados Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Autoplágio é fazer plágio de si próprio, copiando trechos seus e os distribuindo em diferentes mídias como se fossem originais.[1] Por definição, "consiste na apresentação total ou parcial de textos já publicados em artigos científicos pelo mesmo autor, sem as devidas referências aos trabalhos anteriores".[2] Ou seja, ele ocorre quando uma pessoa apresenta uma obra com partes de outra obra de própria autoria, sem qualquer referência a obra anterior, mas não se aplica a textos de interesse público, como opiniões sociais, profissionais e culturais geralmente publicadas em jornais e revistas.
Para Pamplona, "enquanto o plágio é crime, o autoplágio é apenas antiético, a não ser que os direitos da primeira obra não sejam mais do autor".[3] No Brasil, como a CAPES avalia a produtividade de seus cientistas pelo número de publicações, o autoplágio torna-se um meio de burlar a avaliação do sistema. O CNPq considera o "autoplágio" como o quarto principal "crime" cometido pelos cientistas, atrás de plágio, a criação e a alteração de dados, respectivamente.[4]
Atualmente, o termo "fraude de reciclagem" também tem sido usado para descrever essa prática.
Conforme Roig (2002)[5][6] existem quatro tipos de autoplágio:
O termo "autoplágio" tem sido desafiado como sendo auto-contraditório, ou uma espécie de Oxímoro. Além disso, muitas pessoas, em sua maioria, mas não se limitando a críticos de direitos autorais e de propriedade intelectual, não acreditam que seja possível plagiar a si mesmo, usando a ideia de autoplágio como argumento Reductio ad absurdum.
Por exemplo, Stephanie J. Bird[7] argumenta que o auto plágio é um equívoco, já que, por definição, o plágio diz respeito ao uso do material dos outros. Bird identifica as questões éticas do "auto plágio" como as de "publicação dupla ou redundante". Ela também observa que, em um contexto educacional, "auto plágio" refere-se ao caso de um aluno que reenvia "a mesma redação de crédito em dois cursos diferentes". Como esclarece David B. Resnik: "O autoplágio envolve desonestidade, mas não roubo intelectual"[8].
O grande problema do autoplágio que muitos fazem duplicações ou fracionam seus trabalhos já publicados em revistas menos conhecidas para obter mais nomeações acadêmicas[9] ou para superdimensionar currículos, que são apresentados para qualificar-se para uma posição em que a quantidade de produção científica é valorizada.
Pamela Samuelson, em 1994, identificou vários fatores que ela diz justificar o reaproveitamento de um trabalho publicado anteriormente, não podendo ser assim considerado autoplágio.[10] Ela relaciona cada um desses fatores especificamente à questão ética do autoplágio, diferentemente da questão legal do uso justo dos direitos autorais, com a qual lida separadamente. Entre outros fatores que podem justificar o reaproveitamento do material publicado anteriormente, Samuelson lista os seguintes:
Samuelson afirma que tem confiado na lógica do "público diferente" ao tentar fazer a ponte entre comunidades interdisciplinares. Ela se refere à escrita para diferentes comunidades jurídicas e técnicas, dizendo: "muitas vezes há parágrafos ou sequências de parágrafos que podem ser retirados corporalmente de um artigo para o outro. E, na verdade, eu os levanto". Ela se refere à sua própria prática de converter "um artigo técnico em um artigo de revisão da lei com relativamente poucas mudanças — adicionando notas de rodapé e uma seção substantiva" para um público diferente.[10]
Samuelson descreve a deturpação como base do auto plágio. Ela também afirma: "Embora pareça não ter sido levantada em nenhum dos casos de autoplágio, a defesa de uso justo da lei de direitos autorais provavelmente forneceria um escudo contra muitas alegações potenciais de violação de direitos autorais contra autores que reutilizaram partes de seus trabalhos anteriores".[10]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.