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O ataque à base aérea de Shayrat aconteceu na manhã do dia 7 de abril de 2017, durante a Guerra Civil Síria, em que os Estados Unidos lançou 59 mísseis Tomahawk de origem do Mar Mediterrâneo com destino à Síria, voltado especificamente para a base aérea de Shayrat.[3][4][5] O ataque foi ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma resposta direta ao ataque químico de Khan Shaykhun, ocorrido em 4 de abril de 2017.[4][6]
Ataque de mísseis à base militar de Shayrat | |
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O destroyer USS Ross lançando um míssil Tomahawk contra a base aérea de Shayrat, na Síria. | |
Local | Homs, Síria |
Coordenadas | 34° 30′ 02″ N, 36° 53′ 57″ L |
Data | 7 de abril de 2017 21h40min (horário de Brasília) 20h40min (horário local nos Estados Unidos) 04h40min (horário local da Síria) |
Tipo de ataque | Bombardeio com mísseis de cruzeiro |
Alvo(s) | Base aérea de Shayrat |
Arma(s) | Míssil Tomahawk |
Mortes | 16 mortos (7 militares, 9 civis) (segundo o Governo da Síria)[1] |
Responsável(is) | Marinha dos Estados Unidos |
Motivo | Em resposta ao ataque químico de Khan Shaykhun |
O bombardeio foi o primeiro ataque unilateral militar dos Estados Unidos para atingir intencionalmente as forças do Partido Baath Socialista Árabe (também conhecido como Ba'th ou Ba'ath) do governo sírio durante o conflito civil.[6][7] O presidente Trump justificou o ataque, declarando: "É neste vital interesse de segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e impedir a propagação e o uso de armas químicas mortais".[8] Os americanos atacaram sob a crença de que as forças do presidente da Síria Bashar al-Assad foram responsáveis pelo ataque químico, enquanto a responsabilidade pelo ataque foi contestada pelo governo sírio, negando envolvimento no ataque químico. A resposta política ao ataque dos Estados Unidos foi centrada, com alguns membros do congresso americano chamando o ataque de "inconstitucional", enquanto alguns diplomatas internacionais afirmaram que "o ataque foi uma violação das leis internacionais".[9][10][11]
As forças de Assad lançaram bombardeios contra os rebeldes da base apenas algumas horas depois do ataque americano. A capacidade de continuar a usar a base para esses ataques foi atribuída ao aviso prévio que os Estados Unidos deram ao aliado da Síria, a Rússia, antes de atacar a base aérea.[12]
Na noite de 6 de abril, sob a Resolução dos Poderes de Guerra, Trump notificou ao Congresso dos Estados Unidos que iria atacar a Síria com mísseis.[13] De acordo com um oficial da Casa Branca, mais de 24 membros do Congresso foram informados sobre a notificação.[13] Internacionalmente, os Estados Unidos também notificaram vários países, incluindo o Canadá, Austrália e Rússia, antes do bombardeio.[14][15][16][17] O estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon (ex-presidente executivo da Breitbart News), teria se oposto à Trump, porém foi indeferido pelo assessor sênior do presidente, Jared Kushner.[18]
Foi executado o ataque à base aérea de Shayrat, na Província de Homs, acreditado pela Inteligência dos Estados Unidos como sendo o local responsável pelo ataque químico ocorrido na cidade de Khan Shaykhun,[19][6] com o objetivo primário de destruir as defesas aéreas, aviões, hangares e combustíveis.[20][6] Ao todo foram relatados 59 mísseis Tomahawks lançados a partir de dois navios de guerra da Marinha dos Estados Unidos (os destroyer's USS Ross e USS Porter), em torno de 20h40min EDT (04h40min EEST),[20][6] entretanto, posteriormente confirmou-se que foram 60 mísseis disparados, levando em conta um míssil com pouso na água após o lançamento.[21] Foi a primeira vez que os Estados Unidos realizou uma operação militar contra as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad.[8][22]
O Comando Central dos Estados Unidos recebeu um comunicado de imprensa de que os mísseis Tomahawk atingiram "aeronaves, abrigos de aeronaves, armazenamento de petróleo e logística, búnqueres de munições, sistemas de defesa e radares".[23] Os relatórios iniciais americano alegaram que "aproximadamente 20 aviões" foram destruídos e que 58 dos 59 mísseis de cruzeiro lançados "destruiu ou degradou severamente" o alvo.[24][25] De acordo com o Ministério da Defesa da Federação Russa, a "eficácia de combate do ataque foi extremamente baixa",[26] e que "apenas 23 mísseis atingiram a base, não sabendo o que aconteceu com os outros 36 mísseis".[27][28]
Foi reportado que a pista de pouso e decolagem ficou intacta e que os voos de combate da base aérea atacada retomaram em algumas horas depois do ataque.[29] Segundo os noticiários, cerca de 9 aviões foram destruídos e todos os aviões foram cogitados estarem fora de combate.[30][31] Alguns observadores concluíram que o governo russo — e portanto, também o governo sírio — foram avisados e que a Síria teve tempo suficiente para mover a maioria dos aviões para outra base. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (SOHR) disse que o ataque causou danos em 12 hangares, um depósito de combustível e uma base de defesa aérea.[32][33] Segundo o jornal online, Al-Masdar News, informou que 15 aviões-caça foram danificados ou destruídos e que a destruição dos petroleiros causou várias explosões e muito incêndio.[34]
Estima-se que houve de 7 a 9 soldados sírios mortos,[1][2] incluindo um general.[33] Militares russos também estiveram presentes na base aérea no momento em que foram atacados.[34] De acordo com a agência de notícias síria, SANA, 9 civis também foram mortos no ataque, incluindo quatro crianças.[35] O jornal também afirmou que 5 civis foram mortos aos redores de Shayrat, enquanto outros 4 foram mortos em Al-Hamrat, e que outros 7 civis foram feridos quando um dos mísseis atingiu as casas em Al-Manzul, cerca de 4 km de distância da base aérea de Shayrat.[36] Alguns observadores acreditam que o governo russo alertou o governo sírio, que teve tempo suficiente para mover os aviões para outra base.[37][38]
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