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Aspidogastrea (do grego: aspis, escudo; gaster, estômato ou bolsa), é uma subclasse de Trematoda.
Aspidogastrea | |||||||||
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Classificação científica | |||||||||
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Famílias | |||||||||
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Sinónimos | |||||||||
Aspidogastrea é considerado um dos menores grupos de helmintos parasitos com apenas 60 spp. válidas um ciclo de vida relativamente simples e uma posição basal na sistemática dos Trematoda, inclusive dentro dos Platyhelminthes (LITTLEWOOD 2006). Foram listadas 60 espécies, representando 13 gêneros, dentro de 4 famílias e 2 ordens de Aspidogastrídeos, associadas com 328, determinadas ou não, espécies de hospedeiros invertebrados e vertebrados (ALVEZ, 2014). Os Trematódeos Aspidogastrídeos são um pequeno grupo de helmintos, porém mundialmente distribuídos (ALVEZ, 2014). Os Aspidogastrea são caracterizados por apresentar um aparato de fixação ventral com fileiras de alvéolos ou pequenas ventosas, ou uma fileira de rugas ou ventosas (ROHDE, 2005), e são conhecidos por parasitar moluscos como hospedeiros obrigatórios e vertebrados (peixes e tartarugas) como hospedeiros facultativos ou obrigatórios (ROHDE, 2002). Os Aspidogastrea são conhecidos por serem pouco adaptados ao parasitismo, o que é indicado devido um longo período de sobrevivência fora do hospedeiro (VAN CLEAVE; WILLIAMS, 1943; ROHDE, 1973), apresenta baixa especificidade de hospedeiros (ROHDE, 1972, 1994), um sistema nervoso complexo e uma variedade de receptores sensitivos (ROHDE, 1968; TIMOFEEVA, 1971; ROHDE; WATSON, 1989, 1990). Adicionalmente, o ciclo de vida relativamente mais simples que os Digenea e a necessidade, ao menos em parte, de apenas um molusco como hospedeiro (ex. A. conchicola) colocam o grupo em uma posição basal dentro dos Trematoda (ROHDE, 1972, 1973, 1994) assemelhando-se a um prototrematódeo (LITTLEWOOD, 2006). Mais informações a respeito de aspectos gerais da biologia dos Aspidogastrea foram apresentados por Rohde (2001, 2002, 2005, 2013). Ademais, trabalhos anteriores lidaram com uma extensiva discussão sobre o grupo, especialmente Skrjabin (1952), Dollfus (1958), Yamaguti (1963) e Rohde (1972, 1994). De um total de 60 espécies válidas de aspidogastrídeos são conhecidas as associações com 132 espécies de bivalves, 26 de gastrópodes, 2 de decápodes, 118 de peixes e 21 de tartarugas como hospedeiros obrigatórios ou facultativos (ALVEZ, 2014). A região Neártica apresenta uma maior porcentagem de associações hospedeiro-parasito (62%) entre os hospedeiros dulcícolas, enquanto o Oceano Atlântico Norte apresenta a maior porcentagem de associações hospedeiro-parasito (60%) entre os marinhos (ALVEZ, 2014).
DISSERTAÇÃO- Philippe Vieira Alves. Taxonomia de Lobatostoma spp. (Trematoda: Aspidogastrea), com ênfase nas espécies parasitando os pampos Trachinotus carolinus e T. goodei (Perciformes: Carangidae) do Litoral do Estado do Rio de Janeiro, 2014.
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