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cidadãos ou residentes da Argentina Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Argentinos são os cidadãos da Argentina ou os seus descendentes no exterior. A nação argentina é uma sociedade multiétnica, ou seja, é a nação de pessoas de diferentes origens étnicas. Como resultado, o povo argentino não considera a sua nacionalidade como uma etnia, mas como cidadania, composta por várias etnias. Além da população indígena, quase todos os argentinos ou os seus antepassados emigraram nos últimos cinco séculos.
Argentinos | ||||||||||||||||||||||||||||||
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Bandeira da Argentina | ||||||||||||||||||||||||||||||
Mapa da diáspora argentina ao redor do mundo. | ||||||||||||||||||||||||||||||
População total | ||||||||||||||||||||||||||||||
~ 44 milhões | ||||||||||||||||||||||||||||||
Regiões com população significativa | ||||||||||||||||||||||||||||||
Argentina 43 847 430 | ||||||||||||||||||||||||||||||
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Línguas | ||||||||||||||||||||||||||||||
Língua castelhana (Espanhol rioplatense) | ||||||||||||||||||||||||||||||
Religiões | ||||||||||||||||||||||||||||||
Igreja Católica | ||||||||||||||||||||||||||||||
Grupos étnicos relacionados | ||||||||||||||||||||||||||||||
espanhóis, italianos, uruguaios |
De acordo com o censo de 2010 realizado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC), a Argentina tinha uma população de 40 091 359 habitantes, dos quais 1 805 957, ou 4,6%, haviam nascido em outros países. A taxa de crescimento da população em 2008 foi estimada em 0,917% ao ano, com uma taxa de natalidade de 16,32 nascidos vivos por mil habitantes e uma taxa de mortalidade de 7,54 mortes por mil habitantes.[4]
A população argentina há muito tempo apresenta uma das mais baixas taxas de crescimento demográfico da América Latina (recentemente, cerca de um por cento ao ano) e também goza de uma taxa de mortalidade infantil relativamente baixa. Surpreendentemente, porém, sua taxa de natalidade ainda é quase duas vezes maior (2,3 filhos por mulher) do que a de países como Espanha ou Itália, apesar de serem sociedades comparáveis culturalmente e demograficamente.[5][6] A idade média é de aproximadamente 30 anos e a expectativa de vida ao nascer é de 77,14 anos.[7]
No período colonial, a população argentina foi formada pela miscigenação dos povos indígenas pré-colombianos com uma população colonizadora de origem espanhola e com alguns poucos escravos da África Subsaariana. Até meados do século XIX, a composição étnica da Argentina era muito semelhante à de outros países da América hispânica, com grande parte da população sendo formada por descendentes mestiços de homens espanhóis com mulheres indígenas.[8][9]
Entre 1870 e 1929, cerca de 6 milhões de imigrantes europeus chegaram à Argentina, a grande maioria de italianos e espanhóis. Apenas os Estados Unidos receberam mais imigrantes europeus que a Argentina.[10] Essa imigração em massa tem origem nas ideias liberais do político argentino Juan Bautista Alberdi, o qual influenciou na redação da Constituição Argentina de 1853 e cunhou a frase "gobernar es poblar" ("governar é povoar"). A partir de então, a Argentina colocou em prática ideias políticas e econômicas liberais, que incluíam a imigração irrestrita de europeus para o país, os quais forneciam a mão de obra barata para o crescimento e a prosperidade da nação.[11] Em 1908, a Argentina era um dos países mais ricos do mundo, com um rendimento per capita 70% superior ao da Itália, 90% superior ao da Espanha, 180% superior ao do Japão e 400% superior ao do Brasil.[12]
Essa imigração europeia em massa mudou o rosto da sociedade argentina,[9] tendo em vista que milhões de europeus chegaram a um país que tinha uma população relativamente pequena (a Argentina tinha 1 800 000 habitantes em 1869).[13] Devido a essa imigração em massa, o poeta mexicano Octavio Paz escreveu que "os argentinos são italianos que falam espanhol e que acham que são franceses" [14] e costuma-se dizer que "os argentinos descendem dos barcos".[15]
Porém, a ideia de que todos os argentinos são descendentes apenas de europeus é um mito que foi construído no país ao longo do século XX.[15] A maciça imigração europeia não afetou todas as regiões argentinas na mesma proporção. De acordo com o censo nacional de 1914, 30% da população argentina era estrangeira, incluindo 50% da população da cidade de Buenos Aires; todavia os imigrantes eram apenas 2% nas províncias de Catamarca e La Rioja (região Noroeste).[16][17]
Estudos genéticos mostram que, de fato, a Argentina é, depois do Uruguai, o país da América Latina onde a população tem, em geral, o maior grau de ancestralidade europeia. Porém, os mesmos estudos genéticos mostram que o argentino médio tem cerca de 19,4% de ancestralidade indígena, 78% europeia e 2,5% africana subsaariana.[18] 56% da população argentina tem DNA mitocondrial ameríndio, ou seja, descende de uma mulher indígena na linha materna.[19] Quanto mais distante de Buenos Aires, mais mestiça vai se tornando a população argentina e mais visível fica a ancestralidade indígena.[17][20]
Na Argentina, a herança europeia é a predominante, mas com significativa herança indígena, e presença de contribuição africana também. Um estudo genético realizado em 2009 revelou que a composição da Argentina é 78,50% europeia, 17,30% indígena e 4,20% africana.[21] De acordo com um estudo genético autossômico de 2012 a composição da Argentina é a seguinte: 65% europeia, 31% indígena e 4% africana. O estudo em questão observou variações regionais, com algumas partes sendo mais indígenas e outras europeias, não obstante elas todas sejam mescladas, variando apenas o grau de mistura.[22]
Em Buenos Aires, um estudo genético encontrou contribuição indígena de 15,80% e africana de 4,30%.[23] Na região de La Plata, as contribuições europeia, indígena e africana foram, respectivamente, 67,55% (+/-2,7), 25,9% (+/-4,3), e 6,5% (+/-6,4).[24]
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