António da Cunha Telles
cineasta português (1935-2022) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
cineasta português (1935-2022) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
António Alexandre Cohen da Cunha Teles GOIH (Funchal, 26 de fevereiro de 1935 – Lisboa, 23 de novembro de 2022) conhecido por António da Cunha Telles, foi um cineasta, produtor e distribuidor português, um dos iniciadores do Cinema Novo português, tanto como realizador como produtor.
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António da Cunha Telles | |
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Nome completo | António Alexandre Cohen da Cunha Teles |
Nascimento | 26 de fevereiro de 1935 Funchal, Portugal |
Nacionalidade | Portugal |
Morte | 23 de novembro de 2022 (87 anos) Lisboa, Portugal |
Ocupação | Realizador, produtor e distribuidor |
Cônjuge | Renée Gagnon (1 filha) |
Outros prémios | |
Prémio Carreira do Festival Internacional de Cinema do Funchal (2005) |
Último e único filho varão de cinco de Alexandre da Cunha Telles (Funchal, São Pedro, 15 de maio de 1891 - Lisboa, 18 de março de 1936), Advogado, e de sua mulher (1925) Were Berangere Anne Kirstine Stephanie Cohen (Dinamarca, 1900 - ?), Judia Dinamarquesa. Casou com Renée Gagnon, da qual teve uma filha, Pandora Gagnon da Cunha Telles (Lisboa, 1978).
Estuda Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, acabando por se dedicar ao Cinema. Instala-se em Paris, por volta de 1956, e estuda realização no Institut des Hautes Études Cinematographiques (IDHEC), de onde sai diplomado em 1961.
Regressado a Portugal, dirige o jornal de atualidades Imagens de Portugal, assume funções diretivas nos Serviços de Cinema da Direção-Geral do Ensino Primário e orienta cursos de cinema na Mocidade Portuguesa.
Estreia-se na realização com o documentário Os Transportes (1962), encomendado pela Direção-Geral do Ensino Primário e dá início a uma atividade de produtor que o tornará indissociável do movimento do Novo Cinema português. Produz Os Verdes Anos (1963), de Paulo Rocha, e Belarmino (1964), de Fernando Lopes. Em 1967, por falta de êxito comercial dos filmes desse novo movimento, abandona, por curto período, a produção e realiza Cine-Almanaque, jornal de atualidades cinematográficas de que são exibidas doze edições.
Em 1969 começa uma carreira de realizador. A sua primeira longa-metragem é de 1970, O Cerco. Funda, entretanto, uma distribuidora (Animatógrafo), que seria responsável por uma quase revolução no tipo de cinema visto em Portugal na primeira metade dos anos 70 (Bertolucci, Oshima, Eisenstein, Tanner, Sanjines, Littín, Glauber Rocha, Vigo, Gilles Carle, Karmitz, foram alguns dos realizadores que entraram em contacto com o público português através dessa distribuidora).
Na década de 1970 realiza três filmes, sendo Meus Amigos (1974) e Continuar a Viver (1976) em nome próprio e As Armas e o Povo (1975) um filme realizado coletivamente. No final da mesma década, encontramos Cunha Telles em lugares tão ilustres como o topo da administração do Instituto Português de Cinema e da Tobis Portuguesa.
Em 1983 volta à produção, cindida a firma Animatógrafo entre um setor de distribuição (que ainda hoje mantém atividade sob a direção de Renée Gagnon – a atual Marfilmes) e um de produção, que encabeça (juntamente com a sua filha Pandora da Cunha Telles – a atual Filmes de Fundo), onde se vem dedicando quer a produções próprias, quer a assegurar produções executivas de filmes estrangeiros parcialmente rodados em Portugal, contando desde essa data com um número impressionante de películas produzidas, de realizadores como José Fonseca e Costa, Eduardo Geada, Joaquim Leitão, Edgar Pêra, António de Macedo, António-Pedro Vasconcelos, entre vários telefilmes e inúmeras produções executivas internacionais.
Realiza ainda Vidas (1984), Pandora (1996) e, mais recentemente, Kiss Me (2004), primeira e única experiência cinematográfica da manequim Marisa Cruz.
A 27 de março de 2018 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[1]
Falceu em 23 de novembro de 2022, em Lisboa.[2]
Nota: As datas correspondem ao ano de produção de cada obra, podendo por vezes não coincidir com as datas de estreia das mesmas.
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2006
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1987
1986
1985
1984
1983
"RAMOS, Jorge Leitão". Dicionário do Cinema Português (1962-1988). Editorial Caminho, SA, Lisboa, 1989
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