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escultor português (1912-1998) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
António Duarte Silva Santos (Caldas da Rainha, 31 de janeiro de 1912 — Lisboa, 2 de março de 1998) foi um escultor, pertencente à segunda geração de artistas modernistas portugueses. Realizou uma "obra considerável de estatuário, mas também de retratista", afirmando-se como um dos escultores de maior relevo da sua geração.[1][2][3]
António Duarte | |
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Nascimento | 1912 Caldas da Rainha |
Morte | 1998 (86 anos) |
Nacionalidade | portuguesa |
Área | Escultura |
Fez o curso de escultura na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde mais tarde seria professor (jubilado em 1984).
A sua obra – em que a pedra foi material de eleição –, afirma-se a partir da década de 1930, contribuindo para definir o sentido estético dessa fase da escultura nacional. "António Duarte é, na sua geração, o melhor retratista em escultura, renovando a obra notável de Francisco Franco dos anos 20"[4]. Datam do período inicial os bustos de Teixeira de Pascoaes e António de Navarro, que expôs na Exposição dos Independentes, SNBA, 1930; no segundo, hoje desaparecido, interpreta geometricamente os volumes, numa abordagem a que haveria regressar muitos anos mais tarde[5]. Voltaria a retratar Navarro em 1942, "numa cabeça de mármore esculpida com excelente sentido tátil que é, no seu género, uma das melhores obras de escultura nacional".[6]
Em 1951, enquanto ilustrador, passou a colaborar nos fascículos de cultura Acto[7], onde António Quadros e Orlando Vitorino eram directores e tinham sido os fundadores[8].
Nas décadas de 1950-60 a sua obra evolui; esculpe nus de "formas estilizadas com notável pureza", onde assume uma ou outra "definição abstrata", adiantando-se assim aos seus contemporâneos, "num desejo mais formal do que estético" [9] (veja-se, por exemplo, a estátua no jardim do edifício sede da Fundação Calouste Gulbenkian).
Na sua vasta obra no domínio da estatuária, espalhada por Portugal continental e ultramarino, podem destacar-se, por exemplo: Grupos de Cavalos Marinhos (Praça do Império, Belém, Lisboa, 1940); Virgem dos Pastores (Serra da Estrela); e ainda os monumentos a Camilo Castelo Branco (Lisboa, 1949), Diogo Cão (Luanda, 1948), D. Sancho I (1955), D. Pedro I (Cascais, 1965), S. António (Praça de Alvalade, Lisboa, 1972), etc.[10][11]
Em 1955-56 colaborou com o arquiteto Filipe Nobre de Figueiredo no concurso para o monumento ao Infante D. Henrique em Sagres.
Participou em inúmeras exposições, podendo destacar-se: Salão dos Independentes (1930); Exposição Internacional de Paris, 1935; Exposição do Mundo Português, 1940 (Grupos de Cavalos Marinhos, Praça do Império); Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I. (desde 1940); Bienal de S. Paulo, Brasil, 1951 e 1953; I, II e III Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, 1957, 1961 e 1986; Bienal de Veneza, 1954; Art Portugais, Bruxelas, Paris, Madrid, 1967-1968; etc.[2]
Recebeu os seguintes prémios: Prémio Mestre Manuel Pereira, S.P.N./S.N.I. (1942); Prémio Soares dos Reis, S.P.N./S.N.I. (1944, 1953); Prémio Domingos Sequeira, S.P.N./S.N.I. (1952); Medalha de Honra, Exposição Internacional de Bruxelas (1958). Foi ainda premiado com o 1º Prémio de escultura na I e II Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957, 1961).[2][12]
Após doação da coleção de arte do Mestre escultor à sua cidade natal, em 1985 foi inaugurado nas Caldas da Raínha o Atelier-Museu António Duarte.[13]
Está representado em coleções públicas e privadas, nomeadamente: Museu do Chiado, Lisboa; Museu José Malhoa, Caldas da Rainha; Museu Grão Vasco, Viseu; Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto [14]; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; etc.
Foi agraciado com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada – grau de Oficial a 4 de março de 1941 e grau de Comendador a 16 de outubro de 1987.[15][16]
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