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Médico e político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Anselmo Rodrigues (Santa Vitória do Palmar, 12 de julho de 1947), também conhecido como Anselmo Rodrigues ou mesmo Governaço, é um médico e político brasileiro filiado ao Partido Liberal (PL). Foi eleito prefeito de Pelotas em duas oportunidades (1988 e 1996).[1] Atualmente, é vereador do município.
José Anselmo Rodrigues | |
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Vereador de Pelotas | |
No cargo | |
Período | 1: 1º de janeiro de 2013 a 1º de janeiro de 2017 2: 1º de janeiro de 2021 a atualidade |
Prefeito | 1: Eduardo Leite 2: Paula Mascarenhas |
31º Prefeito de Pelotas | |
Período | 1º de janeiro de 1997 a 21 de novembro de 1998 |
Vice-prefeito | Otelmo Demari Alves |
Antecessor(a) | Irajá Rodrigues |
Sucessor(a) | Otelmo Demari Alves |
29° Prefeito de Pelotas | |
Período | 1º de janeiro de 1989 a 1º de janeiro de 1993 |
Vice-prefeito | Edgar Curvello |
Antecessor(a) | José Maria Carvalho da Silva |
Sucessor(a) | Irajá Rodrigues |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de julho de 1947 (77 anos) Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul |
Alma mater | Universidade Federal de Pelotas |
Partido | PDT (1984-2024) PL (2024-presente) |
José Anselmo Rodrigues nasceu em Santa Vitória do Palmar, extremo sul do Rio Grande do Sul, em 12 de julho de 1947.[1] Filho de pais analfabetos e trabalhadores rurais, desde cedo enfrentou o preconceito social por conta de sua situação de extrema pobreza. Já morando em Pelotas, concluiu o ensino médio no Colégio Pelotense, tendo feito algumas matérias pelo Madureza, um curso de educação de jovens e adultos. Trabalhou como comerciante e vendedor de máquinas de escrever Facit até ser aprovado no vestibular de medicina da Universidade Federal de Pelotas em 1973. Já formado, exerceu a profissão no Hospital Escola da UFPel e foi docente da mesma instituição.[2][3]
Contrariando seu partido (PDT), que queria uma candidatura sua à Câmara Municipal, Anselmo preferiu a prefeitura, conquistando apoio após atrair um grande número de filiados para a sigla na cidade. Dispondo de pouca verba, não possuía santinho e precisava andar pela cidade para espalhar sua campanha; contou com a ajuda de um amigo para improvisar cartazes, que foram prensados com um erro ortográfico em seu nome.[2] Mesmo com as dificuldades, foi eleito prefeito de Pelotas em 1988 com mais de 60 mil votos.[4] Com um plano de enxugamento do funcionalismo público chamado "Nova Prefeitura", um dos principais atos de seu governo foi a demissão de centenas de servidores municipais e a contratação de empreiteiras terceirizadas em seu lugar, o que gerou grande revolta, inclusive levando Anselmo a receber ameaças de morte.[5] Um homem demitido por ser, supostamente, funcionário fantasma o abordou empunhando um revólver em frente à prefeitura e foi contido por seguranças.[6] Como profissional da saúde, essa foi a área em que mais focou seu governo. Construiu três "superpostos de saúde" onde era possível encontrar atendimento médico completo.[3] Também criou o programa "Floresce, Pelotas" que dava refeições e atendimento médico/odontológico para crianças, mediante a apresentação de boletim escolar.[2]
Sua primeira administração foi marcada por denúncias de irregularidades administrativas, como contratos sem licitação. A Câmara Municipal o julgou inelegível,[7] mas Anselmo conseguiu recuperar seus direitos políticos a tempo da eleição de 1996. Mais tarde, culpou a "mídia marrom de Pelotas" de tentar lhe calar.[8] Também durante esse mandato, foi presidente da Associação dos Prefeitos do PDT no RS, gerando atrito dentro do partido por liderar uma oposição à candidatura de Alceu Collares ao governo do estado.[9] A mídia local passou a noticiar uma possível saída de Anselmo do partido por conta desse impasse, o que ele afirmou ser um boato falso espalhado por colegas de legenda "invejosos".[10] Também teve atrito com seu próprio vice, Edgar Curvello, que o chamou, ironicamente, de "dono do mundo" por seu modo de governar, que foi tido como individualista.[10][11]
Em 1996, voltou a concorrer a prefeito e foi eleito no segundo turno com uma vantagem de apenas 3,6% dos votos.[4] Durante o seu segundo mandato, Anselmo foi afastado em novembro de 1998 após acusações de improbidade administrativa feitas por uma CPI da Câmara Municipal que apurou irregularidades em licitações.[12] Foi cassado e condenado por uso de verbas públicas para promoção pessoal,[13] permanecendo afastado cerca de 18 meses, sendo reempossado nas vésperas da eleição municipal de 2000.[14]
Em 2012, após trabalhar como médico em diversas regiões do país, concorreu a vereador e foi o mais votado do pleito com 5.801 votos.[4] Em 2016, concorreu novamente ao cargo de prefeito, ficando em segundo lugar (perdendo para Paula Mascarenhas), com 20,23% dos votos.[15] Em 2020, foi novamente eleito vereador.[16]
Foi candidato a deputado estadual em 1994 em 2002, não sendo eleito em nenhuma das oportunidades.[17][18]
Histórico eleitoral de Anselmo Rodrigues | ||||||||
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Ano | Eleição | Cargo | Partido | Coligação | Vice | Votos | % | Resultado |
1988 | Municipal de Pelotas | Prefeito | PDT | — | Edgar Curvello (PDT) | 61.205 | 44,1 | Eleito (Turno único) |
1996 | Municipal de Pelotas | PDT/PCdoB | Otelmo Alves (PDT) | 85.472 | 51,8 | Eleito (2º Turno) | ||
2000 | Municipal de Pelotas | — | Cláudio Mendes (PDT) | 29.147 | 16,0 | Não eleito (4º Colocado) | ||
2008 | Municipal de Pelotas | — | Adriane Rodrigues (PDT) | 22.676 | 11,7 | Não eleito (4º Colocado) | ||
2012 | Municipal de Pelotas | Vereador | — | — | 5.801 | 3,1 | Eleito (mais votado) | |
2016 | Municipal de Pelotas | Prefeito | "Um governaço pelo povo" (PDT/PP/REDE/PTB/PSDC/PHS/PTC) |
Rafael Amaral (PP) | 37.967 | 20,2 | Não eleito (2º colocado) | |
2020 | Municipal de Pelotas | Vereador | — | — | 2.207 | 1,4 | Eleito (8º mais votado) | |
2024 | Municipal de Pelotas | PL | — | — | 1.610 | 0,9 | Suplente (30º mais votado) |
Com dois mandatos à frente da prefeitura, Anselmo ficou em segundo lugar, com 20,2% dos votos.
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