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empresário português (1934-2017) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Américo Ferreira de Amorim GCIH • ComMAI (Mozelos, Santa Maria da Feira, 21 de julho de 1934 – Porto, 13 de julho de 2017) foi um empresário português.
Américo Amorim | |
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Nome completo | Américo Ferreira de Amorim |
Nascimento | 21 de julho de 1934 Mozelos, Santa Maria da Feira |
Morte | 13 de julho de 2017 (82 anos) Porto |
Nacionalidade | Portugal |
Ocupação | Corticeira Amorim |
Um de sete irmãos, Américo Amorim ingressou na empresa de cortiça da família, por volta dos 19 anos.
O jovem, que tinha terminado o antigo Curso Geral do Comércio, no Porto, acabara de herdar dos pais uma participação de 2,5% na Amorim & Irmãos, a sociedade proprietária da fábrica (o pai e a mãe dispunham de 20% da Amorim & Irmãos, quota que, após o seu falecimento, os oito filhos herdaram em partes iguais, ficando 2,5% para cada um).[1]
A Amorim & Irmãos — hoje Corticeira Amorim — remontava à oficina de rolhas para garrafas de vinho do Porto, criada pelo avô António Alves Amorim, estabelecido em Gaia no ano de 1870.[1]
A empresa familiar viria a conhecer dois grandes impulsos ao longo do século XX, primeiro pela mão de Henrique Amorim — um dos 11 filhos de António Amorim e, portanto, irmão do pai de Américo — e depois sob a liderança de Américo.
A gestão de Henrique enfrentou as contingências da Segunda Guerra Mundial e um incêndio que, corria o ano de 1949, devastou a fábrica, na altura já com cerca de três centenas de operários.
Já Américo conseguiria passar sem sobressaltos o período revolucionário do pós-25 de abril, fazendo negócios com as cooperativas criadas nas herdades ocupadas no Alentejo, e soube aproveitar a abertura de Portugal ao regime democrático.[1]
Com os seus irmãos, Américo Amorim fundou a Corticeira Amorim e, posteriormente, a Ipocork e a Champcork, empresas do sector dos derivados da cortiça, orientadas para a exportação.[1] Posteriormente tornou-se responsável executivo da holding Corticeira Amorim, que controla as empresas corticeiras e afins.
Através de outra holding, a Amorim - Investimentos e Participações, estendeu os seus investimentos aos sectores da energia, do turismo e da finança, sendo um dos principais accionistas do Banco BIC Português, a terceira maior instituição bancária de Angola.
Em nome individual, Amorim teve participações sociais de relevo na Galp Energia e no Banco Popular Español, onde foi terceiro maior accionista.
Foi cônsul-geral honorário da Hungria em Portugal.[2]
Na sequência de complicações de saúde que o vinham afetando, foi operado ao coração seis vezes em poucos meses, tendo vindo a falecer a 13 de julho de 2017, aos 82 anos de idade, em sua casa no Porto, vítima de uma pneumonia.[3][4]
Da Presidência da Republica Portuguesa recebeu as seguintes distinções:
A 16 de janeiro de 1997 foi feito 121.º Sócio Honorário do Ginásio Clube Figueirense[6]
Segundo a lista de 2010 da revista Forbes,[7] tornou-se no homem mais rico de Portugal, com uma fortuna avaliada em 4,0 mil milhões de dólares, ultrapassando o até então mais rico Belmiro de Azevedo.[8] Em 2009, a sua fortuna caiu 25%, para 2 mil milhões de euros, decorrente de fraco desempenho em investimentos na área financeira, mantendo-se contudo como o mais rico do país.[9] Na edição da Forbes de 2010, surge na 212.ª posição na lista das personalidades mais ricas do mundo, com uma fortuna avaliada em 4,0 mil milhões de dólares.[10]
Novamente pela revista Forbes, em 2011 é declarado o mais rico de Portugal e um dos 200 homens mais ricos do mundo. Valia 5 100 milhões de dólares (3 600 milhões de euros), mais 1 100 milhões (791 milhões de euros) do que os 4 mil milhões de dólares (2 800 milhões de euros) de 2010.[11]
Em 24 de agosto de 2011, tendo sido questionado pelo Jornal de Negócios acerca da disponibilidade para o pagamento de um imposto extraordinário sobre as grandes fortunas, declara não considerar-se rico. "Não me considero rico. Sou trabalhador", afirmou.[12]
Em 2012, ocupou o segundo lugar das pessoas mais ricas de Portugal, depois de a sua fortuna cair 24,4% para 1,9 mil milhões de euros, perdendo o primeiro lugar para Alexandre Soares dos Santos.[13]
Em 2015, foi novamente declarado o homem mais rico de Portugal, com uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de euros e, em 2016, acima dos 3 mil milhões.[14]
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