Amândio Silva
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Amândio José da Silva (Porto, 11 de abril de 1923 – Porto, 27 de julho de 2000) foi um artista polifacetado, pintor, mas também designer, tendo trabalhado nas áreas de desenho, gravura, litografia, ilustração, caricatura, tapeçaria, cerâmica, cenografia e escultura.[1]
Amândio José da Silva | |
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Nascimento | 11 de abril de 1923 Porto |
Morte | 27 de julho de 2000 (77 anos) Porto |
Nacionalidade | Portuguesa |
Formou-se em Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, com 20 valores na sua prova final, tendo como Mestre de pintura Dordio Gomes.[2]
Na década de 1940 fez parte do Grupo "Independentes", onde participaram, entre outros, Júlio Resende, Fernando Lanhas, Nadir Afonso e Júlio Pomar.[3]
Foi Professor na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) desde 1962 até à sua jubilação em 1993.
Desde 1958 foi Diretor Artístico da Casa-Museu Abel Salazar; foi Diretor do Museu da Fundação de Cupertino de Miranda em Famalicão de 1972 a 1983 onde organizou a I Bienal de Artistas Novos.
Manteve uma intensa atividade com inúmeras instituições Culturais e Desportivas do Porto, nomeadamente o Cineclube do Porto, o Teatro Experimental do Porto, a Associação Cultural dos Amigos do Porto, o Clube Lyons do Porto e o Clube Nacional de Montanhismo. Foi diretor do Sport Clube do Porto. Foi Secretário geral da Direção, Diretor Técnico, Instrutor do Clube Nacional de Montanhismo. Foi guia especialista da Serra do Gerês e da Serra do Marão.
“ | “[…] O sentido comum da sua obra pictórica traduz-se na atenção que presta às problemáticas sociais e regionais, na representação de um real que lhe é próximo, porque intrínseco à sua génese- o Porto, e a partir de 1948, por afinidade, na região do Alto Douro. […]”[4] | ” |
Realizou inúmeros retratos, destacando-se dos reitores da Universidade do Porto Ruy Luís Gomes e Oliveira Ramos, expostos no Salão Nobre do Edifício da Reitoria da U.Porto.
Tem trabalhos expostos na Exponor, nas Pousadas de Miranda do Douro, Bragança, Valença do Minho e Palmela, nas coleções do Banco Comercial Português (BCP), assim como em diversas coleções particulares, oficiais e museus.
Amândio Silva dedicou-se como designer a inúmeras colaborações em publicações nomeadamente da ESBAP (1957–1968); o Boletim Informativo da Câmara Municipal do Porto (1973/74); o Boletim de Camilo, editado pela Casa de Camilo Castelo Branco (1964–1976); criação artística e gráfica na maioria das publicações do Banco Português do Atlântico (1968–1992).
É autor de inúmeras gravuras e litografias. Iniciou a edição de álbuns de litografias originais – Publicações de Arte Contemporânea. Deu colaboração artística e literária a jornais e revistas entre as quais “O Primeiro de Janeiro”, o “Diário do Norte”, o “Jornal de Notícias”, “Vértice", "Praça Nova" e "Europa 80". Ilustrou livros de Agustina Bessa Luís, Papiniano Carlos, Luís Veiga Leitão, Lucinda Araújo, Maria Almira Medina, entre outros.
Amândio Silva dedicou-se ativamente à "pintura mural", bem como à tapeçaria e ao vitral. São de destacar como as suas principais obras, as seguintes tapeçarias:[2]
A tapeçaria "Árvore", com 600x1000 cm (60 m³) era, à data (1986), a maior tapeçaria exposta em Portugal.[2]
Na modalidade Vitral, destacam-se as seguintes obras:[2]
Para além de participar em exposições coletivas nacionais, a nível internacional participou nas seguintes exposições:[2]
Exposições individuais a título póstumo:
Recebeu vários prémios, de que se destaca o Prémio Nacional de Gravura “Domingos Sequeira” na Exposição Nacional do Secretariado Nacional da Informação (1960), que se realizou no Museu Soares dos Reis no Porto, e seguidamente em Lisboa.
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