Os alveolados (Alveolata) são um grupo taxonómico pertencente ao grupo Protista. Os alveolados representam um diverso grupo de microrganismos eucarióticos caracterizados por uma apomorfia ultraestrutural: logo abaixo da membrana celular, apresentam uma camada de alvéolos corticais, ou seja, uma série de sáculos membranosos que conferem maior resistência mecânica à célula[1].
Alveolados | |||||||
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Classificação científica | |||||||
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Filos | |||||||
Ciliophora |
O grupo foi estabelecido na década de 1980 a partir de evidências microscópicas e corroborado por dados genéticos na década de 1990. Na década de 2000, análises filogenômicas trouxeram um reforço ainda maior para a monofilia do grupo. Os Alveolata são amplamente aceitos como monofiléticos e representam um dos principais e mais bem estudados grupos de organismos eucarióticos.
Os alveolados pertencem a uma das linhagens de unicelulares que derivaram do processo de endossimbiose secundária com algas vermelhas. No caso dos alveolados, houve logo na origem do grupo perda de um dos tipos de pigmentos fotossintetizantes existentes nas algas vermelhas: as ficobiliproteínas. Analise o esquema a seguir que mostra a sequência de eventos que levou ao surgimento das linhagens dentro dos alveolados.
David J. Patterson (1999), em The Diversity of Eukaryotes divide-os em Ciliophoras (protozoário muito comum, com filas de cílios); Apicomplexa (protozoário parasita sem estruturas de locomoção, excepto nos gâmetas); Dinoflagelados (principalmente flagelados marinhos, alguns dos quais apresentam cloroplastos).
1. Apicomplexa
No caso dos apicomplexos, houve modificação do cloroplasto e perda dos pigmentos fotossintetizantes, originando uma organela exclusiva do grupo, o apicoplasto. Todos os apicomplexos são parasitas intracelulares obrigatórios. Os apicomplexos ou esporozoários são todos parasitas intracelulares obrigatórios. Receberam esse nome em função da presença de uma elaborada estrutura localizada no polo apical da célula, denominada complexo apical, presente em pelo menos uma das fases do ciclo de vida desses parasitas. Esse complexo é formado por uma série de microtúbulos, por feixes de proteínas especiais e por vezículas secretoras. A função do complexo apical está relacionada com a penetração na célula do organismo hospedeiro.
2. Ciliados
Na linhagem que levou aos ciliados, houve perda total dos cloroplastos. Esses organismos são, portanto, todos heterótrofos. Os ciliados são abundantes em todos os ambientes: água doce, água salgada, solos úmidos. Em geral, são organismos de vida livre, filtradores ou predadores, porém existem linhagens parasitas. Sua principal característica é a presença de numerosos cílios em pelo menos um estágio de seu ciclo de vida, daí o nome do grupo.
3. Dinoflagelados
Na linhagem que levou aos dinoflagelados, houve o surgimento de um tipo especial de pigmento, a peridinina. Assim, nesses organismos os pigmentos fotossintetizantes são as clorofilas e as peridininas. Apesar de muitos dinoflagelados serem fotossintetizantes, há inúmeras espécies heterotróficas, que perderam os cloroplastos. O nome dinoflagelado deriva do grego dineo (girar), dado em função do modo como muitas espécies se movimentam na água, girando pela ação de dois flagelos: um longitudinal e outro transversal, ambos alojados em sulcos (um longitudinal e outro transversal), que recebem também o nome de cíngulo.
Referências
- Lopes, Sonia. «Alveolados» (PDF). IB USP. Consultado em 18 de julho de 2018
Bibliografia
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