O bugio-ruivo,[4] bugio-marrom ou simplesmente bugio (nome científico:Alouatta guariba) é uma espécie de primata do Novo Mundo que habita o leste e sudeste do Brasil e a província de Misiones na Argentina.[3] A coloração consiste de um castanho escuro, com região lombar variando de uma tonalidade ruiva a alaranjada, sem dicromatismo sexual em A. g. guariba, mas com dicromatismo sexual acentuado em A. g. clamitans.[3] Sua área de distribuição pode se sobrepor com a do bugio-preto, o que permite a existência de prováveis híbridos entre as duas espécies.[3][5] Entretanto, estudos moleculares demonstram que o bugio-ruivo é mais próximo evolutivamente do bugio-de-mãos-ruivas, tendo se separado dessa espécie há cerca de 4 milhões de anos.[3][6]
[1] Bugio-ruivo | |
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Macho de A. g. clamitans em São Paulo | |
Estado de conservação | |
Vulnerável (IUCN 3.1) [2] | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Alouatta guariba ( Humboldt, 1812) | |
Distribuição geográfica | |
Distribuição geográfica do Bugio-ruivo. | |
Subespécies | |
Sinónimos[3] | |
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Os bugios são majoritariamente folívoros, comendo outros itens alimentares de forma casual: entretanto, há uma grande seletividade nas espécies de plantas consumidas por esses primatas.[7] Cerca de 3/4 da dieta é composta por folhas, sendo que cerca de 41% dessas provêm de lianas, e como mostrado em estudos na Mata de Santa Genebra em Campinas, mais da metade da dieta provém de apenas de 6 espécies.[7]
Como os outros integrantes do gênero Alouatta, o bugio-ruivo emite vocalizações em contextos de territorialidade: cerca de 92% das vocalizações se dão em momentos de contato visual com outros grupos.
São conhecidos pelo fato de que quando se sentem ameaçados, eles defecam em sua mão e jogam na pessoa, causando sensação de queimação. [8]
Possui duas subespécies:
- A. g. clamitans - encontrado ao sul do rio Doce;[3]
- A. g. guariba - encontrado ao norte do rio Doce e é considerado como criticamente em perigo pela IUCN e o IBAMA.[2][3][9]
Gregorin (2006) considerou essas duas subespécies como espécies separadas, A. fusca (sendo que este nome é sinônimo de A. guariba) e A. clamitans.[3]
Referências
- Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 149 páginas. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- Mendes, S. L., Rylands, A. B., Kierulff, M. C. M. & de Oliveira, M. M. ({{{ano}}}). Alouatta guariba (em inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2012. Página visitada em 09 de dezembro de 2012..
- GREGORIN, R. (2006). «Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil» (PDF). Revista Brasileira de Zoologia. 23 (1): 64-144
- BICCA-MARQUES, J.C.;; et al. (2008). «Survey of Alouatta caraya , the black-and-gold howler monkey, and Alouatta guariba clamitans, the brown howler monkey, in a contact zone, State of Rio Grande do Sul, Brazil: evidence for hybridization». Primates. 49 (4): 246-252. doi:10.1007/s10329-008-0091-4
- MEIRELES, C.M.;; et al. (1999). «Phylogenetic relationships among Brazilian howler monkeys, genus Alouatta (Platyrrhini, Atelidae), based on γ¹-globin pseudogene sequences» (PDF). Genetics and Molecular Biology. 22 (3): 337-344
- CHIARELLO, A.G. (1993). Dieta, Padrão de Atividades e Área de Vida de um grupo de Bugios (Alouatta fusca), na Reserva de Santa Genebra, Campinas, SP. Campinas: Universidade Estadual de Campinas - Dissertação de Mestrado. 96 páginas
- CHIARELLO, A.G. (1995). «Role of loud calls in brown howlers, Alouatta fusca». American Journal of Primatology. 36 (3): 213-22. doi:10.1002/ajp.1350360305
- COSTA, L.;; et al. (2005). «Conservação de Mamíferos no Brasil» (PDF). Megadiversidade. 1 (1): 103-112. Consultado em 10 de setembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 9 de novembro de 2013
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