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erudito grego Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Lúcio Cornélio Alexandre Polímata (Ἀλέξανδρος ὁ Πολυΐστωρ) foi um erudito grego que foi escravizado pelos romanos durante as Guerras Mitridáticas e levado para Roma para ser um tutor. Após sua libertação, continuou a viver na Itália como cidadão romano. Foi um escritor tão produtivo que ganhou o apelido de Polímata. A maioria de seus escritos foi perdida, mas os fragmentos que restaram lançam uma luz importante sobre temas da antiguidade do leste do mar Mediterrâneo.[1]
Alexandre viveu na primeira metade do século I a.C.. Segundo a Suda foi aluno de Crates e de um de filósofo de Mileto, ao passo que Estêvão de Bizâncio afirma que ele era nativo de Cotiaeum, na Frígia Menor, e filho de Asclepíades, enquanto que o Etymologicum Magnum concorda em chamá-lo de Kotiaeus.[1] É possível que dois diferentes Alexandres foram mesclados ou confundidos.
Tornou-se um prisioneiro de guerra romano, foi vendido como escravo para um Cornélio Lêntulo para ser seu professor (paedagogus) e mais tarde foi libertado. Como um liberto romano seu nome era Cornélio Alexandre. O nomen pode vir de Cornélio Lêntulo ou de Sula Félix, pois ele recebeu a cidadania de Sula.[2]
Morreu em Laurento em um incêndio que consumiu sua casa, e sua esposa Helena é dito pela Suda ter respondido à notícia de sua perda se enforcando.
A Suda não faz nenhuma tentativa para listar as suas obras, afirmando que ele compôs livros "além da conta".
O mais importante tratado de Alexandre consistiu de quarenta e dois livros de relatos históricos e geográficos de quase todos os países do mundo antigo. Estes incluíam cinco livros Sobre Roma, a Aigyptiaca (pelo menos três livros), Sobre a Bitínia, Sobre o Mar Euxino, Sobre a Ilíria, Indica e uma História da Caldeia. Outro trabalho notável é sobre os judeus (Müller, Fragmenta Historicorum Graecorum, iii); que reproduz em paráfrase trechos relevantes de escritores judeus, de quem de outra forma nada se saberia. Como filósofo, Alexandre escreveu As Sucessões dos Filósofos, mencionado várias vezes por Diógenes Laércio em sua Vidas e Pareceres de Eminentes Filósofos.[3] Nenhuma das obras de Alexandre sobreviveu. Citações e paráfrases só podem ser encontradas, em grande parte, nas obras de Diógenes Laércio. Eusébio extraiu uma grande parte de sua Crônica dos caldeus.
Um dos alunos de Alexandre foi Caio Júlio Higino, um autor em latim, erudito e amigo de Ovídio, que foi nomeado por Augusto para ser o superintendente da biblioteca Palatina. Alexandre registrou vários pensamentos sobre contradições, destino, vida, alma e suas peças, figuras perfeitas, e curiosidades diferentes, como o conselho de não comer feijão.
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