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O árabe bagdadiano ou árabe muçulmano baghdadi é uma variante do árabe mesopotâmico falada em Bagdá, a capital do Iraque.[1][2] Durante o século XX, tornou-se a língua franca do país, utilizada principalmente no comércio e na educação.
Árabe baghdadi | ||
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Falado(a) em: | Iraque | |
Região: | Iraque, Síria Oriental, Kuwait, partes da Arábia Oriental, Província iraniana de Cuzestão | |
Total de falantes: | 15,7 milhões (2014) | |
Família: | Semítica Ocidental Central Centro-meridional Árabe Árabe iraquiano Árabe baghdadi | |
Escrita: | Alfabeto árabe | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | -- | |
ISO 639-2: | acm | |
ISO 639-3: | acm
|
Uma característica sociolinguística interessante do árabe baghdadi é a existência de três subdialetos distintos: o árabe muçulmano bagdadiano, o árabe judeu bagdadiano e o árabe cristão bagdadiano.[1] O árabe muçulmano bagdadiano pertence a um grupo chamado dialetos gilit, enquanto o árabe judeu bagdadiano e o árabe cristão bagdadiano pertencem aos dialetos qeltu - ou seja, estes dois estão ligado à variante mesopotâmio setentrional falada ao norte do país do que com o árabe iraquiano (também conhecido como mesopotâmio meridional).[1] Esta é uma das razões para o árabe muçulmano de Bagdá ser considerado como árabe iraquiano padrão.
Até a década de 1950, o árabe baghdadi continha um grande estoque de termos tomados do inglês, do turco, do persa ou do curdo.[1] Também deve ser mencionada a inclusão de elementos mongóis e turcos na variante árabe de Bagdá, devido ao papel político de uma sucessão de dinastias mongol-turcas na história do Iraque depois que a cidade foi invadida por colonizadores mongol-turcos em 1258 que fez o Iraque se tornar parte do Ilcanato.
Durante as primeiras décadas do século XX, quando a população de Bagdá era inferior a um milhão de habitantes, alguns bairros centrais da cidade tinham suas próprias características distintas de fala mantidas por gerações. Desde a década de 1960, com o movimento populacional dentro da cidade e o influxo de um grande número de pessoas vindas principalmente do sul, o árabe bagdadiano tornou-se mais padronizado e passou a incorporar algumas características de dialetos beduínos rurais e tomou emprestado termos do árabe moderno padrão.[1]
Características distintas do árabe muçulmano baghdadi incluem o uso de 'ani' em oposição ao fusha 'ana' que significa 'eu sou/estou' e a adição do sufixo 'ich' a verbos com objetos femininos diretos, por exemplo 'ani gilitlich' significa 'eu te disse', enquanto os falantes do árabe mesopotâmio setentrional dizem: 'ana qeltolki'.
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