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A História do Paraná é uma série de conhecimentos da história do Brasil, dirigida para o estudo dos fatos históricos a partir das primeiras expedições exploradoras, no século XVI, até hoje.[1] Entretanto, a história estadual se inicia antes do descobrimento do Brasil. Neste momento, os primeiros moradores do que é hoje o território do estado foram os três povos indígenas, a saber: tupi-guaranis, caingangues e xoclengues.[2]
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No século XVII, o atual território do Paraná atraiu enorme interesse de portugueses e brasileiros. Estes dois povos encontraram ouro na região. Também cresceu o aprisionamento dos índios pelos bandeirantes paulistas. Até aquela época, colonizadores e jesuítas espanhóis foram os maiores colonizadores de Paranaguá, na costa, e Curitiba, no planalto, as principais vilas. No século XVIII, o fortalecimento e o desenvolvimento das atividades mineradoras em Minas Gerais colocaram o Paraná a um plano secundário. O que viria a ser hoje o estado do Paraná era uma região pertencente à capitania de São Paulo. A 5.ª Comarca de São Paulo, como era então conhecida a futura Província do Paraná, mantinha a economia restrita à agropecuária de subsistência.[3]
A província foi desmembrada em 1853. No final do século XIX a economia paranaense foi estimulada do cultivo da erva-mate. A economia ervateira era acompanhada do aproveitamento da madeira e das plantações de café. A expansão do café nas produtivas terras roxas do norte do estado propiciou enorme crescimento demográfico. Vieram ao Paraná migrantes gaúchos, paulistas, mineiros, nordestinos. Além disso, chegaram também imigrantes da Europa e do Japão. Esse vertiginoso progresso, entretanto, não aconteceu sem conflitos armados. De 1912 a 1916, agricultores carentes entraram em guerra contra forças federais e estaduais em nome de sua terra e de sua religiosidade na região do Contestado, na divisa entre o estados do Paraná e Santa Catarina. Naquele tempo, as duas unidades federativas disputavam essa região.[3]
No começo do século XX, destacaram-se importantes companhias colonizadoras, como a britânica Paraná Plantation. Na área de atuação nasceram os municípios de Londrina e Maringá. Estas duas cidades, da década de 1950 até a de 1970, se transformaram em grandes centros cafeeiros. O desenvolvimento está associado a alterações econômicas que causaram problemas sociais, especialmente no campo. Na década de 1970 calcula-se que no mínimo 1 milhão de pequenos fazendeiros e agricultores perderam sua terra e seu emprego, em função da concentração de terras e da crise agrícola causada pela geada de 1975. Esta catástrofe natural destruiu os cultivos. Diversos trabalhadores rurais sem terra se transformaram em boias-frias. Já, outros se mudaram do estado em direção ao Centro-Oeste, ao Norte do Brasil e ao Paraguai. Cresceu a migração para os centros urbanos. Esse crescimento migratório, na década de 1980, colaborou para um rápido e atrasado desenvolvimento urbano. A médias e grandes cidades passaram a conviver com um grande crescimento das favelas, formadas por desempregados do campo.[3]