Tubarão-peregrino
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O tubarão-peregrino ou tubarão-frade[5][6][7] (nome científico: Cetorhinus maximus)[8] é uma espécie de tubarões lamniformes, única representante do género Cetorhinus e da família monotípica dos cetorrinídeos (Cetorhinidae). Com até 12 metros de comprimento, este tubarão planctívoro é o segundo maior peixe conhecido, apenas menor que o tubarão-baleia.[9]
Tubarão-peregrino | |||||||||||||||||
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Comparação entre um tubarão-peregrino e um mergulhador | |||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||
Em perigo [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Cetorhinus maximus Gunnerus, 1765 | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Distribuição natural de tubarão-peregrino | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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Um alimentador de filtro de movimento lento, de tal ordem que o seu nome comum em inglês (Basking) deriva do hábito de se alimentar à superfície, parecendo estar a aquecer-se nas águas mais quentes. Possui adaptações anatómicas à alimentação por filtragem, como a boca muito alargada e rastros branquiais altamente desenvolvidos. Tem um focinho cónico e as fendas branquiais estendem-se em redor da cabeça. Serve-se dos rastros branquiais, escuros e parecidos com cerdas, para capturar o plâncton à medida que a água filtra pela boca e sobre as brânquias. Conta com numerosos e muito pequenos dentes, os quais amiúde se chegam a embrincar em fileiras de 100. Os dentes têm uma única cúspide cónica, são curvados para trás e são os mesmos em ambos os maxilares, superior e inferior.[4]
Esta espécie tem o menor tamanho de cérebro em relação ao peso de qualquer tubarão, o que reflete o seu estilo de vida relativamente passivo.[10] A espécie tem distribuição cosmopolita, embora migrando sazonalmente em função das disponibilidades de plâncton, sendo encontrado nas águas temperadas de todos os oceanos.[9] Com base em rastreamento por satélite, descobriu-se que os tubarões-peregrinos, ao contrário do que julgava com base em teorias anteriores, não hibernam.[11] O tubarão-peregrino tem sido um peixe comercialmente importante como fonte de alimento, especialmente na caça às barbatanas, mas também para a confecção de rações animais e para a extracção de óleo de fígado. A superexploração desta espécie reduziu as populações até ao ponto de algumas desaparecerem e outras necessitarem de proteção.[12]