Parto
saída de um bebê do útero da grávida / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Parto ou nascimento é o termo de uma gravidez, em que um ou mais bebés deixam o útero da mulher.[1] Em 2015 ocorreram em todo o mundo 135 milhões de nascimentos.[2] Cerca de 15 milhões nasceram antes das 37 semanas de gestação,[3] enquanto entre 3 e 12% nasceram depois das 42 semanas de gestação.[4] Nos países desenvolvidos a maior parte dos partos tem lugar em hospitais,[5][6] enquanto nos países em desenvolvimento a maior parte dos nascimentos ocorre em casa com o apoio de uma parteira.[7]
O método de parto mais comum é o parto vaginal.[8] O trabalho de parto divide-se em três períodos: a diminuição da espessura e dilatação do colo do útero; a descida e expulsão do bebé; e, por último a expulsão da placenta.[9] A primeira fase tem geralmente a duração de 12 a 19 horas, a segunda fase de vinte minutos a duas horas e a terceira fase de cinco a trinta minutos.[10] A primeira fase tem início com dores abdominais ou nas costas com a duração de meio minuto e com intervalo entre elas de 10 a 30 minutos.[9] À medida que o tempo passa, as dores tornam-se mais intensas e ocorrem a intervalos cada vez menores.[10] Durante a segunda fase ocorrem as contrações que expulsam o bebé.[10] Na terceira fase é expulsa a placenta e cortado o cordão umbilical, estando recomendado que o corte seja realizado após o primeiro minuto.[11] Existem vários métodos para aliviar a dor, tais como técnicas de relaxamento, opiáceos e anestesia espinhal.[10]
Na maior parte dos nascimentos é a cabeça a primeira parte do corpo a passar pelo canal de parto. No entanto, em cerca de 4% verifica-se apresentação pélvica, em que o bebé apresenta os pés ou as nádegas virados para o canal de parto.[10][12] Durante a maior parte do trabalho de parto a mulher geralmente pode comer e caminhar à vontade. Não é recomendado fazer força durante a primeira fase ou durante a passagem da cabeça, nem a utilização de enemas.[13] Embora seja comum a realização de uma pequena incisão na abertura da vagina, denominada episiotomia, geralmente não é necessária.[10] Em 2012, foram realizados cerca de 23 milhões de nascimentos através de um procedimento cirúrgico denominado cesariana.[14] As cesarianas são recomendadas no caso de gémeos, sofrimento fetal para o bebê ou no caso de apresentação pélvica.[10] Este procedimento pode levar mais tempo a cicatrizar.[10]
Em cada ano, as complicações da gravidez e do parto são a causa de 500 000 mortes maternas, de sete milhões de problemas a longo prazo e de 50 milhões de prognósticos desfavoráveis no seguimento do parto.[15] A maior parte destes problemas ocorre nos países em desenvolvimento.[15] Entre as complicações comuns para a mãe estão a distócia, hemorragia pós-parto, eclampsia e infeções pós-parto.[15] Entre as complicações comuns para o bebé está a asfixia perinatal.[16]