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Musicoterapia é uma prática clínica centrada na música no contexto de tratamento, reabilitação ou prevenção de saúde e bem-estar.[1] Decorre num processo sistemático ao longo do tempo, efetuado entre um musicoterapeuta (profissional qualificado) e uma pessoa ou um grupo. Para receber acompanhamento em musicoterapia não é necessária formação ou treino musical.[2]
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O musicoterapeuta atende a necessidades emocionais, físicas, mentais, comunicativas e sociais para trabalhar o desenvolvimento de capacidades e funções inerentes à musicalidade, em qualquer etapa do ciclo de vida[3]. A musicoterapia segue protocolos com base em evidências científicas[4].
A atividade em musicoterapia é regulamentada no âmbito das profissões da saúde, no Brasil[5], na Argentina, nos EUA e em vários estados da Europa. A investigação, prática clínica, educação e formação clínica em musicoterapia estão definidas por standards de entidades profissionais que emitem licenças, de acordo com os contextos culturais, sociais e políticos.
A musicoterapia de nível primário é a principal ou única terapia designada para a pessoa ou para o grupo.
A musicoterapia hospitalar decorre em consultas e internamentos para apoio emocional, gestão da dor e de sintomas e reabilitação. O musicoterapeuta participa nas equipas multidisciplinares, em colaboração com outros técnicos (médicos, enfermeiros, psicólogos e terapeutas).
Recentemente, uma das maiores aplicações de sucesso reconhecido da musicoterapia tem sido o tratamento da dor crônica e estresse pós-traumático. Há intervenções que se dedicam especificamente à gravidez e ao parto (à pré-natalidade e à perinatalidade).
Bebês prematuros são aqueles cujo período gestacional foi de 37 semanas ou menos. Eles estão sujeitos ao risco de numerosos problemas de saúde, como padrões anormais de respiração, baixo índice de gordura e de tecido muscular corporal, além de problemas de alimentação. A coordenação para sugar e respirar não é plenamente desenvolvida, tornando a alimentação um desafio. A melhora dos bebês prematuros quando eles saem da unidade intensiva de cuidado neonatal está diretamente relacionada com os estímulos que eles receberam, como por exemplo a musicoterapia. A musicoterapia nas unidades intensivas de cuidado neonatal utiliza basicamente cinco técnicasː[6]
A musicoterapia intervém na psicose[13], na depressão e na ansiedade, ajudando a enfrentar doenças mentais como a bipolaridade, a esquizofrenia e as perturbações da personalidade. Oferece meios musicais de expressão de emoções e de articulação de sentimentos, melhorando a gestão da ansiedade, do humor e de sintomas psicóticos. Potencia o desenvolvimento de capacidades sociais de interação e a estimulação cognitiva. Promove o autoconhecimento na musicalidade individual e coletiva.
Este contexto dedica-se a melhorar a qualidade de vida e bem-estar da pessoa idosa, trabalhando o envelhecimento e frequentemente a demência.
Contexto frequentemente escolar, com crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais. Beneficiam deste contexto especialmente os pacientes com perturbações emocionais e do comportamento. Este tipo de intervenção requer frequentemente a reabilitação psicossocial dos pacientes. Incluem-se pessoas com dificuldades motoras, autistas, com deficiência mental e paralisia cerebral.
Outros contextos da musicoterapia passam pelo tratamento de dependências, inclusão social, refugiados, contexto forense em estabelecimentos prisionais e no contexto militar.
O contexto militar é histórico para a musicoterapia. As principais patologias estudadas nas forças armadas americanas foram o transtorno de estresse pós-traumático e traumatismo cranioencefálico. As principais técnicas utilizadasː grupo de percussão, audição, canto e composição de músicas. A composição de músicas é particularmente eficiente, pois cria um ambiente seguro onde o paciente pode trabalhar seus traumas e transformá-los em lembranças mais agradáveis.[14]
O primeiro registo sobre o uso terapêutico da música, até hoje encontrado, está contido nos Papiros de Lahun.[15] Também nos Livros de Samuel, Davi tocou harpa para livrar o rei Saul de um mau espírito.[16][17]
Outros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos. Apolo era o deus grego da música e da medicina. Acreditava-se que Esculápio curava doenças da mente através de música e canções. Platão dizia que a música afetava as emoções e poderia influenciar o caráter de um indivíduo. Aristóteles ensinava que a música afetava a alma, e descrevia a música como uma força capaz de purificar as emoções. Por volta de 400 a.C., Hipócrates tocava música para doentes mentais.
No Império Romano, a teoria de Boécio sobre tratamentos com música criou uma tradição ao longo da idade média na Europa.[18] Aulo Cornélio Celso advogava o som de címbalos e água corrente para o tratamento de desordens mentais.
No século IX da Idade de Ouro Islâmica, a música tinha utilização terapêutica. O cientista, psiquiatra e musicólogo Al-Farabi faz referência ao efeito terapêutico da música no seu tratado Significados do Intelecto.[19] Nos hospitais árabes do século XIII, existiam salas de música para os pacientes.[20]
No século XVII, Robert Burton escreveu, no seu clássico trabalho "A anatomia da melancolia", que música e dança eram fundamentais no tratamento de doenças mentais, especialmente melancolia.[21][22][23]
Com a discussão dos efeitos médicos da música, em termos de colocar corpo e alma em harmonia, surgiram trabalhos como o Musurgia universalis, de Athanasius Kircher, de 1650, o "Disputa sobre o efeito da música no homem", de Michael Ernst Ettmüller, de 1714, e o Veritophili, de Friedrich Erhardt Niedten, de 1717, ainda tendiam a discutir os efeitos médicos da música em termos de colocar o corpo e a alma em harmonia.
Com o aumento do conhecimento sobre o sistema nervoso, a partir de meados do século XVIII, surgiram trabalhos como "Reflexões de música antiga e moderna", de Richard Brocklesby, de 1749, o "Memórias" da Academia Francesa de Ciências, de 1737, e o "Conexão da música com a medicina", de Ernst Anton Nicolai, de 1745, enfatizavam o poder da música sobre os nervos.[24]
Depois de 1800, os livros sobre musicoterapia passaram a se basear no sistema brunoniano de medicina, argumentando que a estimulação dos nervos pela música poderia ajudar a melhorar a saúde. Por exemplo, o livro "O doutor musical" (1807), de Peter Lichtenthal, era explicitamente brunoniano. Lichtenthal, um músico, compositor e médico com ligações com a família de Mozart, falava de "doses de música" que poderiam ser determinadas por alguém que conhecesse a "escala brunoniana".[14]
A música está presente em todas as culturas do mundo. O efeito da música sobre o indivíduo depende de vivências associadas a determinados estilos musicais, por um processo de condicionamento estético. Nas culturas asiáticas, a utilização terapêutica da música pode ser associada a outras técnicas como relaxamento progressivo, treinamento autógeno, reiki, ioga ou acupuntura. Apesar de haver um subentendido consenso sobre os benefícios da música clássica ou a música psicodélica eletrônica de sons contínuos ou, no caso de acupuntura e ioga, música da Índia e música da China associadas à meditação.
Por outro lado, os musicoterapeutas, na sua formação, estudam os efeitos dos ritmos repetidos, a associação de ritmos ao transe e êxtase místico e/ou o seu efeito sobre as emoções humanas, conhecimento este relativamente bem conhecido por exemplo por produtores da música de filmes (música de suspense, ação, sensualidade etc.) e peças teatrais, incluindo a ópera.
Em África a música é vista de uma forma particular. Na maioria das culturas do mundo, a música é tradicionalmente vista como entretenimento, enquanto que, em muitas culturas africanas, a música é utilizada para recontar histórias, celebrar eventos da vida ou enviar mensagens.
Na Índia, as raízes da musicoterapia podem ser encontradas na mitologia hindu, nos textos védicos e em tradições locais. É bem possível que a musicoterapia tenha sido usada por centenas de anos na cultura indiana. Suvarna Nalapat estudou a musicoterapia no contexto indiano. Seus livros Nadalayasindhu-Ragachikilsamrutam (2008), Music Therapy in Management Education and Administration (2008) e Ragachikitsa (2008) são usados como livros-texto em cursos de musicoterapia e arte no país.[25][26][27][28][29]
Os curandeiros dos povos nativos dos Estados Unidos empregavam cantos e danças para curar seus pacientes.[30]
Na Austrália um dos primeiros grupos conhecidos a curar através do som foram os aborígenes australianos. O didjeridu é seu instrumento de cura. Por pelo menos 40 000 anos, o didjeridu foi usado para ajudar a curar "ossos quebrados, rompimento de músculos e doenças de todo tipo".[31]
A partir do século XX a musicoterapia começa a receber mais fundamentação científica interdisciplinar e uma organização sistemática facilitadora de futuros resultados esperados. Médicos, psiquiatras e músicos apresentaram ocasionalmente incidentes de tratamentos com recurso à música em revistas científicas e em literatura. Em 1903, Eva Vescelius funda a National Medical Association of New York e publica "Music and Health" com instruções para o tratamento de febre, insónia e outras doenças com a ajuda da música. A música Margaret Anderson e a enfermeira Isa Maud Ilsen oferecem serviços de musicoterapeuta a soldados canadianos durante a Primeira Guerra Mundial e em 1919 dão a primeira aula oficial de musicoterapia na Universidade Columbia.[32]
O primeiro programa de musicoterapia em grande escala começou em 1938 com o psiquiatra Ira Altshuler, no Eloise Psychiatric Hospital na periferia de Detroit (Michigan). Aqui foram treinados os primeiro internos de musicoterapia, com o começo da sistematização de metodologia[33].
O primeiro curso profissionalizante universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na Universidade Estadual de Michigan.
Em 1945 após a Segunda Guerra Mundial, o Departamento de Guerra dos Estados Unidos emitiu o boletim técnico 187 descrevendo o uso da música na recuperação dos militares hospitalizados.[34] O Exército dos Estados Unidos conduziu pesquisas que comprovaram o efeito positivo da música na recuperação de militares feridos.
A primeira associação de musicoterapia foi fundada em 1950 nos Estados Unidos, com o nome de National Association for Music Therapy.
Os modelos pioneiros da musicoterapia começaram a ser desenvolvidos com base nos trabalhos de alguns musicoterapeutas. O modelo Nordoff-Robbins surge da parceria entre Paul Nordoff e Clive Robbins estabelecida em 1958 na Sunfield, uma escola para crianças e adolescentes autistas e outras condições psiquiátricas severas no Reino Unido. O seu sucesso com crianças autistas continuou nos Estados Unidos, em colaboração com a Universidade da Pensilvânia e numa investigação de 5 anos: Music Therapy Project for Psychotic Children Under Seven at the Day Care Unit, com publicação, estágios e tratamentos.[35]
O modelo da musicoterapia analítica foi desenvolvido por Juliette Alvin, que em 1967 fundou o curso da Guildhall School of Music and Drama em Londres. Mary Priestley continuou a desenvolver o modelo analítico com base no seu trabalho na psiquiatria do Hospital de St Bernard na periferia de Londres, que levou à publicação de Music Therapy in Action.
O modelo cognitivo-comportamental da musicoterapia começa a ser desenvolvido por Clifford Madsen no Hospital Estadual de Parsons (Kansas), com a primeira publicação em 1968.
O modelo Guided Imagery and Music (GIM) foi desenvolvido no início da década de 70 por Helen Bonny, que trabalhava em Baltimore no Centro de Investigação Psiquiátrica de Maryland.
Em 1985, a World Federation of Music Therapy (WFMT) foi formalmente estabelecida em Génova, na Itália. Foi fundada por Rolando Benenzon (Argentina), Giovannia Mutti (Itália), Jacques Jost (França) Barbara Hesser (Estados Unidos), Amelia Oldfield (Reino Unido), Ruth Bright (Austrália), Heinrich Otto Moll (Alemanha), Rafael Colon (Porto Rico), Clementina Nastari (Brasil), e Tadeusz Natanson (Polónia), para promover globalmente a profissão.[36]
O neurologista Oliver Sacks publicou Musicophilia em 2007, com casos em colaboração com a musicoterapeuta Concetta Tomaino no Hospital Beth Abraham.
O processo da musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos. Alguns são receptivos, quando o musicoterapeuta toca música para o paciente. Este tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes dificuldades motoras ou em apenas uma parte do tratamento, com objetivos específicos. Na maior parte dos casos, a musicoterapia é ativa, ou seja, o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. A forma como o musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do trabalho e dos métodos que ele utiliza. Em alguns casos, as sessões são gravadas e o terapeuta realiza improvisações ou composições sobre os temas apresentados pelo paciente.
Alguns musicoterapeutas procuram interpretar musicalmente a música produzida durante a sessão. Outros preferem métodos que utilizem apenas a improvisação, sem a necessidade de interpretação. Os objetivos da produção durante uma sessão de musicoterapia são não musicais, por isso não é necessário que a pessoa possua nenhum treinamento musical para que possa participar na musicoterapia.
Modelos: Musicoterapia Criativa, Musicoterapia Analítica, Imagética Guiada e Música (GIM), Musicoterapia Benenzon, Musicoterapia Comportamental, Musicoterapia Neurológica e Musicoterapia Comunitária.
- Formação Profissional do Musicoterapeuta (formação académica, teórica e vivencial, intervenções terapêuticas diretas e supervisão)
- Formação Complementar (conhecimentos da teoria da musicoterapia, vivência de experiências didáticas proporcionadas por um musicoterapeuta)
- Formação de Informação e Sensibilização (seminários, palestras, conferências, workshops)
O profissional responsável por conduzir o processo musicoterápico é chamado musicoterapeuta.
A sua formação é feita em cursos de graduação superior em musicoterapia. Nalguns países existe licenciatura, noutros é uma especialização para profissionais da área da música (músicos, professores de música), saúde (médicos, psicólogos, arteterapeutas ou terapeutas expressivos).
A formação técnica do musicoterapeuta inclui a técnica vocal e o canto e a técnica de pelo menos um instrumento harmônico (a guitarra e o piano são os mais utilizados), de instrumentos de percussão e de um instrumento melódico (violoncelo, flauta, etc.).
A formação teórica do musicoterapeuta baseia-se na teoria da musicoterapia, na teoria musical, na filosofia, na psicologia, na neurologia e na fisiologia.
O musicoterapeuta tem frequentemente conhecimento da educação musical (como o Método Orff ou o Método Kodály), noções de expressão artística, expressão corporal, dança e técnicas grupais.
O dia do musicoterapeuta é comemorado no Brasil em 15 de setembro. Na Europa, celebra-se, a 15 de Novembro, o Dia Europeu da Musicoterapia.[39]
Em Portugal, o musicoterapeuta certificado pela via regular deverá ter um grau de mestre em musicoterapia e pelo menos dois anos de psicoterapia individual.
University of Music and Performing Arts Vienna
University of Applied Sciences Krems
University of Arts Graz
Artevelde University of Applied Sciences, Gent
Aalborg University
Open University of the University of Jyväskylä
Medical School Hamburg
SRH-University Heidelberg
Antonio Vivaldi Conservatory of Music, Alessandria
Pollini Conservatory of Music, Padova
Luisa D'Annunzio Conservatory of Musica, Pescara
ArtEZ University of the Arts, Enschede
HAN University of Applied Sciences, Nijmegen
Hogeschool Leiden
Hogeschool Utrecht, Amersfoort
Hogeschool Zuyd, Heerlen
Bergen University
Norwegian Academy of Music, Oslo
Karol Lipiński Academy of Music, Wrocław
Karol Szymanowski Academy of Music, Katowice
Academy of Music Grażyna and Kiejstut Bacewicz, Łodź
Em 1956, Fran Herman, uma das primeiros musicoterapeutas do país, começou um programa de "música terapêutica" na Casa para Crianças Incuráveis (o atual Hospital de Reabilitação Infantil Holland Bloorview, em Toronto). O seu grupo "Os tocadores das cadeiras de rodas" continuou até 1964, e é considerado o primeiro projeto coletivo de musicoterapia do país.
O compositor e pianista Alfred Rosé, um professor da Universidade de Ontário Ocidental, foi um pioneiro da musicoterapia em London no Hospital de Westminster em 1952 e no Hospital Psiquiátrico de Londres em 1956.[40] Dois outros programas de musicoterapia foram iniciados na década de 1950ː um por Norma Sharpe no Hospital Psiquiátrico de São Tomé em St. Thomas (Ontário) e o outro por Thérèse Pageau no Hospital São João de Deus (o atual Hospital Louis-Hippolyte Lafontaine) em Montreal.
Uma conferência em agosto de 1974 organizada por Norma Sharpe e seis outros musicoterapeutas levou à criação da Associação Canadense de Musicoterapia.[41] Em 2009, a organização tinha mais de quinhentos membros. O primeiro programa de treinamento em musicoterapia no país foi fundado em 1976, no Capilano College (atual Universidade Capilano), em North Vancouver, por Nancy McMaster e Carolyn Kenny.
O país é largamente reconhecido como importante na pesquisa em musicoterapia. Seus maiores centros de pesquisa são o Centro para Música e Saúde da Academia Norueguesa de Música em Oslo, e o Centro para Terapia Musical da Academia de Grieg,[42] na Universidade de Bergen. O primeiro foi desenvolvido principalmente pelo professor Even Ruud, e o segundo pelo professor Brynjulf Stige. O centro em Bergen tem uma equipe de dezoito pessoas, incluindo dois professores e quatro professores associados, assim como palestrantes e alunos de doutorado em filosofia.
Duas das maiores publicações científicas da área se localizam em Bergenː o Jornal Nórdico para Musicoterapia[43] e o "Vozesː um foro mundial para musicoterapia".[44] A maior contribuição da Noruega se situa no campo da "musicoterapia comunitária", que tende a ser orientada tanto para o serviço social quanto para a psicoterapia individual. A pesquisa no país estuda vários ambientes sociais, como centros comunitários, clínicas médicas, retiros de aposentados e prisões.
A musicoterapia existe nos Estados Unidos desde 1944, quando começou a primeira graduação de musicoterapia no mundo, na Universidade Estadual de Michigan, e a primeira pós-graduação em musicoterapia no mundo, na Universidade do Kansas.
A Associação Estadunidense de Musicoterapia foi fundada em 1998 através da fusão da Associação Nacional de Musicoterapia (fundada em 1950) e da Associação Estadunidense de Musicoterapia (fundada em 1971). Várias outras organizações nacionais existem também, como o Instituto de Música e Função Neurológica, o Centro Nordoff-Robbins de Musicoterapia e a Associação de Música e Imagem.
O primeiro programa de musicoterapia africano abriu em 1999, em Pretória, na África do Sul. A investigação revelou que, na Tanzânia, os pacientes podem receber cuidados paliativos para doenças que ameaçam a vida logo após o diagnóstico. Isto contrasta com o que acontece em muitos países ocidentais, onde se reservam os cuidados paliativos para pacientes com doenças incuráveis.
Em 2006, Hamda Farhat introduziu a musicoterapia no Líbano.
A música ao vivo já foi usada nos hospitais britânicos após as duas guerras mundiais como parte do tratamento de recuperação dos soldados. A musicoterapia tal como ela é entendida hoje, no entanto, só foi introduzida no país das décadas de 1960 e 1970 pela violoncelista Juliette Alvin. Mary Priestley, uma estudante de Juliette, criou a musicoterapia analítica. A abordagem Nordoff-Robbins para a musicoterapia surgiu a partir do trabalho de Paul Nordoff e Clive Robbins nas décadas de 1950 e 1960. Existem programas de mestrado em musicoterapia em Manchester, Bristol, Cambridge, Sul de Gales, Edimburgo e Londres. A profissão é representada pela Associação Britânica de Musicoterapia.[45]
Em 2002, o Congresso Mundial de Musicoterapia, organizado pela Federação Mundial de Musicoterapia, foi realizado em Oxford com o tema "diálogo e debate". Em novembro de 2006, o doutor Michael J. Crawford e seus colegas comprovaram que a musicoterapia auxilia no tratamento de esquizofrênicos.[13]
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