Sé (distrito de São Paulo)
distrito da cidade de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Sé é um distrito situado na região central do município de São Paulo e é administrado pela Subprefeitura da Sé. Forma, juntamente com o distrito da República, o chamado Centro Histórico de São Paulo.
Sé | |
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Área | 2,1 km² |
População | (93°) 23.892 hab. (2022) |
Densidade | 11262 hab/ha |
Renda média | R$ 978,31 |
IDH | 0,858 - elevado (45°) |
Subprefeitura | Sé |
Região Administrativa | Centro |
Área Geográfica | 9 Centro expandido |
Distritos de São Paulo |
Trata-se do distrito em que está localizado o Pátio do Colégio, ponto no qual a cidade de São Paulo foi fundada em 1554;[1] a Praça da Sé, onde está localizado o "marco zero" do município e a Catedral Metropolitana de São Paulo; a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo; a sede do Tribunal de Justiça de São Paulo; o Edifício Martinelli; a Prefeitura Municipal; a Brasil, Bolsa, Balcão (B3); a sede do Ministério Público do Estado de São Paulo; o Edifício Altino Arantes (Banespa); o Mercado Municipal e o Mosteiro de São Bento, entre outros pontos de interesse.
O distrito é atendido pelas linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô de São Paulo e pelo Expresso Tiradentes da SPTrans.
Curiosamente, dentro desse distrito, está situada a parte mais conhecida do bairro da Liberdade, embora também haja um distrito com este nome. A parte mais movimentada da Rua Galvão Bueno, a Praça da Liberdade e a Estação Japão-Liberdade do Metrô estão localizados, oficialmente, dentro do distrito da Sé.
O distrito da Sé forma, junto com o da República, o chamado Centro Histórico de São Paulo. Porém, neste último, a ocupação efetiva iniciou-se apenas no século XIX e só ganharia força no início do século XX, após a construção do Viaduto do Chá.
A palavra Sé vem do latim sedes, significando sede, fundação. Grosso modo, a área do distrito da Sé corresponde à área de ocupação mais antiga da cidade (iniciada no Século XVI), conhecida como o "Centro Velho" (não confundir com o "Centro Histórico"), que formou-se numa espécie de colina ou platô em forma de "V", cercada pelos rios Anhangabaú, de um lado, e Tamanduateí, de outro. A grosso modo, esta área era delimitada pelas vias de ligação entre quatro pontos principais: as igrejas da Sé, do Carmo, de São Bento e de São Francisco (o que corresponde às atuais ruas Senador Feijó, Anita Garibaldi, Roberto Simonsen, Boa Vista e Líbero Badaró).[2]
A cidade de São Paulo foi fundado em 25 de janeiro de 1554, onde hoje é o Pátio do Colégio, com uma missa inaugural realizada por um grupo de 12 jesuítas, comandados por Manuel de Paiva e a mandado de Manuel da Nóbrega. Esse grupo de jesuítas também foi responsável pelo aldeamento da Vila São Paulo de Piratininga.[1]
Em 1556, sobre a então primitiva capela existente no lugar, nasceria uma igreja, junto a um grande colégio.[1]
No dia 1º de novembro do mesmo ano, ao ser inaugurada a igreja nova do colégio, foi realizada uma representação do drama da Paixão, com a ativa participação de jovens índios discípulos de Anchieta.[1]
Em 1793, o Pátio do Colégio recebeu a Casa da Ópera, construída com barro socado dentro de taipas, considerado o padrão da época. Ela foi dirigida por estudantes de direito e era também conhecida como "Teatrinho do Palácio", tendo funcionado até 1860.[1]
Em 1820, de acordo com Afonso de Taunay, a Sé tinha como apêndice as "freguesias do Bom Jesus do Brás e Santa Ephigenia". A Sé era divida em duas: a Sé Sul com nove quarteirões e a Sé Norte, com 19 quarteirões. Os limites geográficos eram definidos pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú.[1]
Em 1860, foi construída uma caixa d'água para abastecer a Freguesia da Sé na Rua Cruz Preta, conhecida atualmente como Rua Quintino Bocaiúva, e também foi feito a arborização dos principais largos paulistanos. Em 1864, foi inaugurado o Teatro São José, no Largo São Gonçalo, onde hoje corresponde aos fundos da catedral da Sé.[1]
No ano de 1872, ao final das reformas nas igrejas, o Largo da Sé recebeu instalações de iluminação a gás e, em 1873, o largo recebeu calçamento e paralelepípedo. No mesmo ano, foi construída uma escada de pedra unindo a Ladeira do Piques (atual Largo da Memória) à Rua do Paredão, atual Rua Coronel Xavier de Toledo.[1]
Em 1885, o corpo de bombeiros mudou-se para a Praça Clóvis Bevilácqua, onde permanece até os dias atuais.[1]
A região da Sé passou por transformações radicais a partir do início do século XX. Em 1911, a igreja de São Pedro da Pedra, edificada no terreno do então Largo da Sé, foi demolida para dar lugar ao edifício da Caixa Econômica Federal. Da mesma forma, a antiga igreja da Sé e várias ruas do centro desaparecem para possibilitar a criação de uma nova e grande praça, assim como também para poder receber a construção de uma nova catedral, a catedral da Sé. Foi necessário a destruíção de dois quarteirões completamente edificados para possibilitar a construção da nova praça.[1]
Em 1922, foi inaugurado o Palacete Santa Helena.[1] Possuindo arquitetura eclética com influência do art déco, foi considerado um marco do processo de verticalização urbana na capital paulista na época, contendo cinco blocos e sete andares, que comportavam duas sobrelojas, dois cinemas, quatro lojas e 276 salas multiuso. Ele foi demolido em 1971 para a construção da Estação Sé do Metrô de São Paulo.[3]
Em 1954, foi inaugurada a Catedral da Sé.[1]
Em 1978, foi inaugurada a Estação Sé do metrô, juntamente com a Praça da Sé revitalizada.[1]
Bairros da Sé:[6]
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