Surströmming
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Surströmming é um alimento sueco que consiste em peças de arenques do Báltico fermentados em salmoura com pouco sal. Integra a culinária tradicional do norte da Suécia desde fins do século XVI.[1]
Na preparação da salmoura, é usado sal em quantidade suficiente apenas para impedir que o peixe apodreça (decomposição química). Um processo de fermentação (que converte o açúcar em ácidos, gases e álcool) de pelo menos seis meses confere ao peixe ligeiramente salgado um cheiro forte característico e um sabor ácido.[1]
O arenque do Báltico, conhecido como strömming em sueco, é menor que o arenque do Atlântico, encontrado no mar do Norte, sendo normalmente capturado nas águas do estreito de Kalmar, na primavera, antes de atingir a idade adulta. É fermentado em barris durante entre um a dois meses. Em seguida, é enlatado, mas não pasteurizado ou esterilizado. A fermentação continua, assim, dentro das latas, fazendo-as inchar após aproximadamente seis meses, através do aumento da pressão. É comum encontrar estas latas inchadas em supermercados por toda a Suécia.[2]
As latas, quando abertas, soltam um forte cheiro. Devido a este fato, geralmente as refeições com este prato são feitas ao ar livre. No entanto, abrir a lata embaixo da água atenua o odor, além de evitar que a pessoa que abra a lata seja molhada com salmoura, já que o processo de fermentação aumenta a pressão no interior da lata.[1]
É referido por alguns como sendo apenas peixe podre que cheira a peixe podre. Outros defendem que se trata da melhor das iguarias.[3]
Em abril de 2006, diversas companhias aéreas (como a Air France e a British Airways) proibiram o surströmming em seus aviões, afirmando que as latas pressurizadas são potencialmente explosivas. Com isso, o produto não está mais à venda no aeroporto de Estocolmo. Os produtores de surströmming afirmam que é um mito dizer que uma lata de peixe pode explodir.[3]