Em que é a distância entre as partículas. Isto é, corresponde à interação, provocada pela força elétrica, entre próton e elétron característica de um átomo de Hidrogênio. Devido às consequências dramáticas se comparadas ao resultado do modelo clássico para essa situação, tal resolução é de extrema importância para a teoria atômica e, portanto, para a química, já que introduz os conceitos de orbital e números quânticos, a serem generalizados para outros elementos químicos, para além do Hidrogênio.[2]
será escrita da seguinte maneira:[2]:{|cellpadding="5" style="border:2px solid #000000;background: #f5f5f5; text-align: center;"
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Em que é a massa do elétron e é uma energia bem definida, isto é, representa os autovalores possíveis da energia, que, por sua vez, representam estados estacionários.
Primeiramente, torna-se prático isolar o operador laplaciano do lado esquerdo da equação e retornar a escrever a energia potencial como , por compacticidade. Logo, a equação fica:[2]
Para encontrar as funções que são soluções da equação, utiliza-se o método da separação de variáveis, baseando-se no teorema que afirma que toda solução de uma equação diferencial parcial linear pode ser escrita como uma combinação linear de um conjunto (talvez infinito) de soluções separáveis, isto é, que possuem a seguinte forma:[2]
Substituindo na equação de Schrödinger, percebe-se que a derivação só afetará uma das funções que compõem , ou seja, já que não há derivadas cruzadas, somente uma dentre as três funções , e serão afetadas para cada termo. Além disso, as derivadas parciais tornar-se-ão derivadas ordinárias, já que cada uma dessas funções depende somente da variável em relação a qual a função está sendo derivada, resultando em:[2]
Multiplicando ambos os lados da equação por , obtém-se:[2]
Ao atentar-se, percebe-se que o termo que envolve o terceiro termo aditivo do lado esquerdo da equação é a única dependência em da equação inteira. Isolando-o, obtém-se:[2]
Como o lado esquerdo, depende somente de e como o lado direito depende somente de e , podemos escrever que o lado esquerdo é uma função e o direito uma função . Logo, vale a seguinte igualdade:[2]
Contudo, como as três coordenadas esféricas são variáveis independentes, a única maneira da igualdade entre as funções ser verdadeira é se ambas forem iguais a uma constante. Tal constante é tradicionalmente escrita como sendo , em que seja, a princípio, um número qualquer. Assim, as equações foram separadas, tornando-se duas equações diferenciais ordinárias distintas: uma dependente da variável e outra dependente das variáveis e . Elas encontram-se abaixo:[2]
:{|cellpadding="5" style="border:1px solid #000000;background: ; text-align: center;"
|Equação diferencial ordinária em e
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Nota-se que a segunda equação ainda possui variáveis acopladas e, portanto, deve-se separá-las de maneira similar à anterior. Para isso, divide-se a segunda equação por e se coloca o terceiro termo do lado esquerdo para o lado direito da equação, obtendo a seguinte expressão:[2]
Novamente, temos o lado esquerdo da equação dependente somente de e o lado direito dependente somente de , podendo escrever que o lado esquerdo é uma função e o direito uma função . Logo,é válida a seguinte igualdade:[2]
E, mais uma vez, a única maneira de isso se verificar é se ambas forem iguais a uma constante. Essa constante, por motivos que ficarão claros mais adiante na resolução, é convenientemente escrita como , em que é um número qualquer, a princípio. Assim, obtemos duas novas equações:
Na primeira equação, passando os termos da esquerda para a direita e multiplicando-a pela função incógnita , obtemos:
A equação mais simples e a primeira a ser obtida é a equação da coordenada angular que, de fato, é idêntica à equação do oscilador harmônico simples.
:{|cellpadding="5" style="border:2px solid #FF0000;background: ; text-align: center;"
|Equação diferencial em
|}
É também possível escrevê-la, usando a notação , como:
Há duas maneiras principais de como escrever a solução geral dessa equação: como combinação linear de senos e cossenos ou como combinação linear de exponenciais imaginárias. Isto é:
É conveniente escolher a segunda forma, admitindo a possibilidade que possa ser tanto positivo quanto negativo, e omitindo a constante , devido à propriedade de normalização da função de onda. Assim, a solução fica:
, ou .
Quantização de
Usando a propriedade cíclica da função , isto é, que , obtemos o seguinte:
Para que essa última exponencial imaginária seja igual a 1, tem de ser um número inteiro. Esse número é denominado o número quântico magnético.